O artigo apresenta a construção e avaliação das evidências de validade de conteúdo da Escala Cognitiva de Ansiedade (ECOGA), a partir de uma revisão narrativa sobre crenças cognitivas de ansiedade, em que foram identificados 17 descritores cognitivos da ansiedade clínica, classificados em quatro categorias. Tais descritores basearam a construção dos itens da escala, a qual foi avaliada quanto a sua clareza e adequação por oito juízes experientes no tema, e quanto a seu grau de compreensão por nove indivíduos com baixa escolaridade. Após essa avaliação, um item foi excluído e 11 modificados. A ECOGA, em sua versão piloto, contém 73 itens e sua estrutura fatorial ainda precisa ser conhecida para continuidade da busca de outras evidências de validade do instrumento.
Resumo Este estudo objetivou investigar evidências de validade de estrutura interna para a Escala Cognitiva de Ansiedade (ECOGA) por análise fatorial exploratória (AFE). A amostra foi formada por 874 participantes, sendo 656 da população geral, 179 de instituições de saúde e 39 de consultórios particulares com hipótese diagnóstica de transtornos de ansiedade. A maioria da amostra foi masculina (55%), solteiros (61,1%) com ensino superior incompleto (46%). A análise paralela da ECOGA, contendo inicialmente 73 itens, demonstrou a existência de até quatro fatores, a MAP com três e a Hull com um. Análises com três e quatro fatores (teoricamente aceitáveis) foram realizadas, utilizando cargas fatoriais acima de 0,40 e 0,50. O modelo teórico e psicométrico mais adequado compreendeu 31 itens e três fatores, com cargas fatoriais mínimas de 0,50. Os índices de ajuste (CFI, GFI, RMSEA) unidimensionalidade (ÚNICO e MIREAL) e confiabilidade (Orion e Cronbach) complementaram as adequadas propriedades psicométricas desta versão.
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