O campo de extermínio como paradigma do poder soberano na contemporaneidade Estenio Ericson Botelho de Azevedo, UECEResumo: Em O que resta de Auschwitz, Agamben concebe um novo patamar da experiência biopolítica, em que o estado de exceção como norma traz consigo o "muçulmano" como figura exemplar. O que caracteriza a biopolítica na contemporaneidade para Agamben é menos a oposição, no sentido clássico, entre vida nua e forma de vida, ou ainda, a indistinção entre elas, própria ao moderno. O que o campo revela é que no homem pode haver uma cisão ainda mais profunda: nesta, a vida orgânica se isola da vida animal, produzindo-se assim uma mera existência destituída de humanidade. Esta é a figura do "muçulmano", na qual se constitui o apartamento do não-humano com relação ao humano. A partir da experiência dos campos de concentração (e extermínio), o biopoder é capaz de ultrapassar o limite da vida animal do homem ao produzir essa separação no interior da própria vida humana.Palavras-chave: soberania; campo; muçulmano.
RESUMOO surgimento de determinadas formas de punição está diretamente associado ao desenvolvimento de determinadas formas das relações sociais de produção. A tese levantada neste artigo é, pois, a da correspondência entre pena e produção material. Na linha de raciocínio aqui desenvolvida pode--se então pensar uma necessária relação entre punição e desenvolvimento das forças produtivas. Meu foco nesta exposição tem por finalidade dar ênfase às mudanças, apresentadas pelos autores, nos métodos de punição no contexto da sociedade capitalista que tem no cárcere certo lugar de centralidade.
PALAVRAS-CHAVE Punição; Produção Material;Cárcere; Capitalismo
ABSTRACTThe emergence of determined forms of punishment is directly associated with the development of determined forms of social relations of production. The thesis presented in this article is the correspondence between penalty and material production. Thereby, I can think a necessary relationship between punishment and development of productive forces. My focus in this exhibition is to emphasize the changes, presented by the authors, in the methods of punishment in the context of capitalist society which has in the prison a place of centrality.
RESUMO:Sendo parte da Comunidade Surda, propomo-nos a discutir sobre o acesso à Justiça por Pessoas Surdas, a partir da apresentação de pesquisa bibliográfica e documental realizada entre 2018 e 2019. Procuramos identificar e conhecer os principais instrumentos jurídico-normativos que garantem às Pessoas Surdas, usuárias da língua brasileira de sinais, acesso à Justiça, bem como a literatura acadêmica relacionada com essa temática. Dialogando interdisciplinarmente com Direito, Serviço Social, Estudos da Tradução, Linguística e Estudos Surdos, buscamos a compreensão da situação contemporânea dos Direitos Humanos das Pessoas Surdas sob uma leitura crítica e dialética. Apontamos importantes avanços nas garantias legais, os quais, no entanto, não estão efetivados, havendo ausência de políticas linguísticas e de acessibilidade comunicacional para atender às demandas de Surdos/as no âmbito jurídico.
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