A ascensão do modelo mercadológico baseado no acúmulo de capital, e na exploração dos recursos naturais de forma não sustentável, tem provocado mudanças significativas na vida dos povos tradicionais, indígenas, quilombolas e pequenos agricultores familiares no Brasil, e, sobretudo, na região Amazônica. Assim, este trabalho tem por objetivo evidenciar o contexto do manejo florestal comunitário – MFC, a partir de diretrizes legais e das políticas públicas de fortalecimento as cadeias produtivas deste setor. Para tanto, metodologicamente, trata-se de uma revisão de literatura baseada em artigos de periódicos que abordam a temática. Desse modo, verifica-se que um esforço conjunto entre os entes federados e a sociedade civil organizada, resultou na criação de Unidades de Conservação (UC), e na implementação de Planos de Manejo Comunitário Familiar - PMCF, com vistas a conservar os recursos florestais (madeireiros e não-madeireiros), desenvolver alternativas econômicas viáveis para as populações tradicionais, bem como, promover o desenvolvimento sustentável a partir do manejo comunitário de recursos naturais. Apesar disso, o MFC ainda enfrenta grandes desafios que vão desde a falta de regularização fundiária e linhas de créditos específicas até a vulnerabilidade na assistência técnica florestal e escala de produção. Portanto, o MFC tem perspectivas favoráveis para continuar a se desenvolver e tornar-se uma legítima fonte de produtos florestais.
Em comunidades que se formam às margens dos rios, a precária captação e tratamento de esgoto compromete a qualidade dos recursos hídricos, por isso é comum a ocorrência de altos índices de doenças provenientes de falta de saneamento básico. Devido às condições socioeconômicas e ambientais, essas populações estão propensas às doenças crônicas degenerativas, como diabetes e hipertensão. Nesse contexto, é relevante a realização de estudos que busquem alternativas em saúde e para as famílias ribeirinhas. Este trabalho teve o intuito de dimensionar um novo modelo de Unidade Básica de Saúde (UBS) como alternativa para implantação em comunidades ribeirinhas na Amazônia, e apresentar a estimativa de custo do investimento inicial do projeto. Através de uma pesquisa exploratória, foi realizado um levantamento dos requisitos para a elaboração do projeto, considerando a legislação pertinente e as normas técnicas aplicáveis. Como resultado o trabalho apresenta a proposta da UBS adaptada em uma pequena embarcação do tipo catamarã, versátil quanto a subida e descida dos níveis dos rios, com subsistemas que proporcionam autonomia para prestação de serviços de saúde e atenção básica. A UBS flutuante projetada terá estrutura capaz de prestar diversos serviços em saúde e atenção básica e o custo do investimento inicial para sua construção é de R$ 123.270,00.
A síntese da zeólita A vem sendo uma alternativa para produção de cerâmica com a finalidade de tratamento de água. A estrutura da zeólita é formada por um labirinto de escalas nanométricas de poros de dimensão molecular com arranjos irregulares de canais e cavidades que podem ser preenchidos por moléculas de água ou outras, o que confere uma característica especial chamada “peneira molecular”, justificando a sua aplicação como meio filtrante, pois isso permite a remoção total de metais pesados dissolvidos no fluído. A presente pesquisa estudou o processamento cerâmico de zeólita tipo A sintetizada em laboratório a partir de caulim amazônico para possível aplicação como cerâmica filtrante de água. A síntese foi realizada usando o método hidrotermal com calcinação em forno mufla a 800 °C por 2 h, seguido de troca catiônica (Na+) na presença de solução de 2,25 mol/L NaOH, aquecida junto ao caulim ativado condicionado num reator à temperatura de 110 °C por 4 h. As amostras foram caracterizadas pelos métodos de difração de raio X- DRX e análise termo analítico (TG/DTG/DSC/DTA), conformadas em pellets e calcinados a 500, 600 e 700 °C por 4 h. Após o tratamento térmico, as peças foram avaliadas fisicamente quanto à densidade, porosidade e resistência mecânica à passagem da água, os resultados de densidade foram submetidos a tratamento estatístico DBC com ANOVA e teste de Tukey. A conclusão estatística foi que: na temperatura de 600 °C apenas a zeo_01 apresentou resultado satisfatório, na temperatura de 700 °C os três tipos de zeólitas apresentaram resultados aceitáveis e na temperatura de 500 °C nenhuma amostra obteve densidade admissível segundo o critério de 5 % de significância na estatística F (Fisher-Snedecor). A pesquisa concluiu que o processo de síntese de zeólita A é eficiente para todas as amostras estudadas, o processamento cerâmico apresentou melhor resultado para a amostra identificada como zeo_04 na temperatura de 700 °C, pois ela atingiu resistência mecânica, porosidade aparente e índice de absorção de água satisfatórios mantendo a fase cristalográfica.
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