Esta pesquisa tem por objetivo analisar a expressão da intolerância racial no Facebook. Foram selecionados 5 sítios abertos, entre páginas e grupos, no site Facebook por meio do descritor “Racismo” e termos correlatos. Destes, foram coletados os comentários das 5 postagens mais relevantes. Os dados foram transcritos de modo a comporem um corpus textual que foi analisado a partir do software Iramuteq. Os resultados apresentaram 3 eixos principais: o primeiro reporta o reconhecimento do racismo; o segundo remete à importância da representatividade negra; o terceiro aborda a existência de uma democracia racial. Considerou-se relevante discutir a forma pela qual as crenças raciais são expostas no Facebook, reproduzindo manifestações de intolerância, mas também de militância, gerando um discurso que demonstra diferentes faces da segregação racial nesse contexto.
Introdução: No Brasil, o racismo é visto como inexistente, tendo em vista que se nega qualquer manifestação desse comportamento ou é atrelado à conduta do outro. Contudo, essa negação não apaga sua incidência. Objetivos: Partindo dessa evidência, que pode ser reportada no desenvolvimento das relações físicas e virtuais, esta pesquisa tem por objetivo conhecer as crenças raciais no Facebook. Métodos: Os dados para realização deste estudo foram coletados a partir do descritor "Racismo", buscado em páginas e grupos abertos no site Facebook (http://facebook.com.br/). Tais comentários foram transformados em um corpus textual analisado a partir do software Iramuteq. Resultados: A Classificação Hierárquica Descendente-CHD estruturou os comentários em 4 classes: Classe 1 "ideologia de branqueamento", (38,07% das UCEs); Classe 2 "representatividade negra", (15,34% das UCEs); Classe 3 "o mito da democracia racial", (28,41% das UCEs) e Classe 4 "inferiorização social", (18,18 % das UCEs). Conclusões: Os resultados da análise mostram como as crenças raciais são expostas no Facebook, reproduzindo manifestações ofensivas, que corroboram com o racismo que acontece no contexto físico.
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O presente artigo aborda um levantamento da prevalência de doenças psicossomáticas com repercussão na cavidade bucal em indivíduos que demandam da Polícia Militar de Alagoas (PMAL). A pesquisa teve como objetivo identificar a frequência destas lesões em policiais militares pertencentes ao 1º Batalhão da PMAL, relacionando-as a fatores como faixa etária, gênero, atividade profissional e patente. A hipótese levantada foi de que o estresse no trabalho pode contribuir para o surgimento de lesões bucais psicossomáticas nos policiais da PMAL. Trata-se de um estudo transversal analítico com abordagem quantitativa e qualitativa em pacientes que demandam do 1º Batalhão da Polícia Militar de Alagoas. A metodologia empregada baseou-se em entrevista seguida de exame clínico da cavidade bucal em cada um dos policiais incluídos na pesquisa e fundamentou-se em uma revisão bibliográfica acerca do assunto. Foram detectados através dos exames e relatos dos pacientes casos de ulceração aftosa recorrente, herpes labial, bruxismo, xerostomia, mucosa mordiscata e língua geográfica. Os estudos apontam uma prevalência de lesões similar ao observado na população em geral, não havendo diferenças significativas com relação a gênero, faixa etária, patente e atividade profissional. Ressalta-se a importância do correto diagnóstico de lesões na cavidade bucal com o propósito de orientar, tratar e proporcionar melhor qualidade de vida aos pacientes.
Devida a sua posição de vulnerabilidade no corpo, a face, é uma região anatômica com foco de alta incidência em agressões físicas e acidentes. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) o trauma está entre as principais causas de morte e invalidez do mundo, aliado ao alarmante o crescimento de todas as formas de violência em nossa sociedade atual, principalmente a agressão física interpessoal. Embora esta modalidade de crime na sua maioria não resulte em morte, são responsáveis por significativas sequelas. Este trabalho trata-se de uma revisão integrativa, com objetivo de analisar estudos sobre o perfil epidemiológico do trauma buco-maxilo-facial em vítimas de agressão física. Os artigos compilados neste estudo foram selecionados por meio das bases de dados: PubMed, Lilacs e Scielo. O levantamento compreendeu todas as publicações encontradas, segundo as bases de dados supracitadas, sem recorte temporal até o ano de 2020. Por fim, nenhuma restrição de idioma foi aplicada, utilizando os descritores padronizados: Agressão; Lesões Maxilofaciais; Epidemiologia e seus correspondentes em inglês. Após análise dos trabalhos, observou-se que as vítimas de agressão física, indicaram uma predominância do sexo masculino, a incidência das agressões prevaleceu entre a segunda e terceira década de vida, no período noturno, sobre as fraturas ósseas recorrentes em agressões físicas, o destaque é para o complexo anatômico nasal, região mandibular e do complexo zigomático-maxilar, marcadamente no terço médio da face. Por fim, fica evidente a necessidade de uma profícua atenção a estes dados que podem beneficiar a sociedade ao fundamentar estratégias governamentais preventivas para controlar os eventos que podem resultar em traumatismos desta etiologia.
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