Este estudo qualitativo exploratório com produção de dados por meio de entrevistas em profundidade, tem por finalidade analisar os limites e as potencialidades da roda de conversa virtual, questionando a manutenção da metodologia no ‘mundo pós-pandêmico’. Para isso, foi levada em consideração o ensino remoto emergencial no contexto pandêmico, que ocorreu de forma abrupta, impondo dificuldades de adaptação a professoras, monitores/as e estudantes. Também analisamos a maneira com a qual as metodologias ativas impactaram no protagonismo dos/das participantes, bem como as contribuições das rodas de conversa para o ambiente virtual, ao prezar por um processo de ensino-aprendizagem horizontalizado, dialógico e libertador, em detrimento de uma educação bancária. Diante disso, conclui-se que as rodas de conversa virtuais, apesar dos seus limites, viabilizaram uma educação emancipatória e problematizadora durante o ensino remoto emergencial, contudo defendemos ainda o ensino presencial, sendo estas rodas virtuais como uma estratégia pontual e não principal do processo ensino-aprendizagem.
This article analyzes the offer of a curricular component in the undergraduate course Federal University of Paraiba. The module in question was offered as an optional component for students in the fourth period of the course, during the emergency remote teaching imposed by the COVID-19 in 2020. It aimed to problematize via virtual conversation circles and other participatory pedagogical strategies and address the processes of vulnerability and production of health care in different social groups. For this, a triangulation of methods (quanti-qualitative) was used by applying an electronic questionnaire and indepth interviews with the students in the module. Questionnaire data underwent descriptive analysis, whereas the interviews, thematic analysis via IRAMUTEQ. Data analysis enabled us to perceive the effects of the module as a counter-hegemonic form to the biomedical training model, providing the academic, social, and medical (re)positioning of students. We observed that medical training still follows systems of oppression such as racism, corponormativity, and patriarchy but the module enabled students to transgress this biomedical model by providing a training process which encompasses care for vulnerable populations.
A Síndrome de Burnout (SB) é marcada por exaustão, despersonalização e reduzida realização profissional, especialmente em funções assistencialistas como a dos cuidadores. Este estudo avaliou a prevalência da SB em diferentes variáveis sociodemográficas e os fatores que levam ao esgotamento de cuidadores de crianças ou adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A amostra foi composta por 46 cuidadores, que responderam a um questionário sociodemográfico e ao Copenhagen Burnout Inventory (CBI). Posteriormente, 10 cuidadores participaram de entrevistas semiestruturadas sobre os fatores que impactam no esgotamento. A maioria da amostra foi do sexo feminino (97,8%), entre 34 e 45 anos (56,5%), com relacionamento estável (67,4%), Ensino Superior Completo (50%) e ″do lar″ (23,9%). A prevalência de SB foi de 95,7% (43), não havendo diferença entre as variáveis sociodemográficas. O principal fator de impacto no esgotamento foi a dificuldade em conciliar trabalho, tarefas domésticas e o cuidado dos filhos com TEA, impactando principalmente as mães.
A avaliação neuropsicológica do Transtorno do Espectro Autista (TEA) consiste em uma investigação criteriosa de alterações e competências cognitivas e comportamentais, que, através de uma abordagem individualizada, permite o delineamento de importantes estratégias de intervenção. Devido à complexidade e heterogeneidade do perfil neuropsicológico do TEA, especialmente das funções executivas (FE), este estudo se propõe, por meio de uma revisão crítica da literatura, sintetizar e refletir sobre os achados atuais, identificando relações, contradições, lacunas e sugerir novos rumos para estudos futuros. Como resultado, notam-se prejuízos sobre os domínios da teoria da mente, habilidades sociais e comunicação; memória de longo prazo preservada; comprometimento geral sobre as FE examinadas; e prejuízos significativos sobre flexibilidade, generatividade e memória de trabalho, mesmo sem TDAH comórbido e nível intelectual comparável. Realizar previsões de um perfil diferencial em subdomínios das FE ainda tem sido um grande desafio e é essencial realizar uma análise crítica, com base no que se encontra, na literatura científica, sobre o tema.
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