OBJETIVO: Verificar as habilidades de resolução de conflito de crianças com Distúrbio Específico de Linguagem e verificar se há correlação entre o tempo de terapia fonoaudiológica e o desempenho na tarefa de resolução de conflito. MÉTODOS: Os sujeitos foram 20 crianças com Distúrbio Específico de Linguagem (Grupo Pesquisa) e 40 crianças em desenvolvimento normal de linguagem (Grupo Controle), com idades entre 7 anos e 8 anos e 11 meses. Para avaliar as habilidades de resolução de conflito, cinco contextos hipotéticos de conflito foram apresentados. As estratégias propostas foram assim classificadas e pontuadas em níveis: nível 0 (soluções que não se enquadram nos demais níveis); nível 1 (soluções físicas); nível 2 (soluções unilaterais); nível 3 (soluções cooperativas); e nível 4 (soluções mútuas). RESULTADOS: A análise estatística demonstrou efeito de grupo para a variável pontuação total. Houve diferença entre os grupos para o nível de desenvolvimento modal, sendo que o Grupo Controle apresentou maior nível de desenvolvimento modal que o Grupo Pesquisa. Não houve correlação entre o tempo de terapia e a pontuação total. CONCLUSÃO: Crianças com Distúrbio Específico de Linguagem enfrentam dificuldades para resolver problemas, pois utilizam predominantemente estratégias físicas e unilaterais. Não há correlação entre o tempo de terapia e o desempenho na tarefa de resolução de conflito.
RESUMOObjetivos: (1) Investigar as habilidades de resolução de conflito (RC) de crianças em idade escolar; (2) Verificar a relação entre a ocorrência de disfluências comuns (DC) e o desenvolvimento das habilidades de RC. Métodos: Participaram do estudo 20 crianças em desenvolvimento normal de linguagem, com idades entre sete e dez anos. As crianças foram submetidas a uma triagem, na qual foram realizadas as provas de Fonologia, Consciência Fonológica e Leitura e Escrita; aquelas que obtiveram desempenho esperado para sua faixa etária passaram por avaliação, sendo realizadas as provas de RC e de Fluência. Na prova de RC, as respostas foram categorizadas em 28 categorias, para então, serem pontuadas. Na prova de fluência, foi verificada a ocorrência de DC. Resultados: Na prova de RC, as crianças obtiveram entre 5 e 14 pontos (M=10,7), porém não se observou correlação entre a pontuação total e a idade cronológica (p=0,361). Na prova de Fluência, a ocorrência de DC variou de 4 a 24 (M=10). Observou-se que não há correlação estatística significante entre a pontuação na prova de RC e a ocorrência de DC (p=0,899). Conclusões: Na prova de RC, as crianças utilizaram principalmente estratégias unilaterais para a resolução dos conflitos e as estratégias não se tornaram mais sofisticadas com o passar da idade. Ao comparar o desempenho das crianças na prova de RC à ocorrência de DC, não foi possível estabelecer relação direta entre as duas variáveis.Descritores: Cognição; Linguagem infantil; Desenvolvimento da linguagem; Comunicação; Fala INTRODUÇÃO Resolução de conflitoCognição social é um importante aspecto da cognição, que consiste na compreensão do mundo social, incluindo a compreensão sobre o conhecimento, pensamento, intenções, emoções e pontos de vista do outro, além do conhecimento sobre papéis e relações sociais (1) . Atualmente, ainda existem dúvidas sobre a exata relação entre o desenvolvimento da linguagem e da cognição social. Alguns autores(2) acreditam que habilidades sócio-cognitivas são a base para a aquisição da linguagem; outros (3) sugerem que tanto o desenvolvimento da linguagem, quanto da cognição social são decorrentes de habilidades cognitivas mais básicas e da habilidade para discriminar, codificar e arquivar informações necessárias para o desenvolvimento de representações lingüísticas e sócio-cognitivas.O desenvolvimento da cognição social é necessário para que possamos interagir adequadamente com outros indivídu-os (4)(5)
OBJETIVO: Verificar as habilidades de resolução de conflito de crianças de 7 e 8 anos em desenvolvimento normal de linguagem. MÉTODOS: Participaram do estudo 40 crianças em desenvolvimento normal de linguagem, com idades entre 7 anos e 8 anos e 11 meses. Para avaliar as habilidades de resolução de conflito foram apresentados cinco contextos hipotéticos de conflito. Após a apresentação de cada história, foi feita a seguinte pergunta: "Se você fosse ele [avaliadora aponta para o personagem da história], o que você faria?". As respostas foram agrupadas em cinco níveis e pontuadas da seguinte forma: nível 0 (soluções que não se enquadram nos demais níveis) - zero ponto; nível 1 (soluções físicas) - um ponto; nível 2 (soluções unilaterais) - dois pontos; nível 3 (soluções cooperativas) - três pontos e nível 4 (soluções mútuas) - quatro pontos. RESULTADOS: A maioria das estratégias propostas pertenciam aos níveis 2 (M=2,55±0,34) e 3 (M=1,53±1,26). Foi observada correlação significante e positiva (p=0,03, r=0,34), porém ruim, entre a faixa etária das crianças e a pontuação na prova de resolução de conflito. Esses resultados indicam que aos 7 e 8 anos as crianças ainda utilizam frequentemente estratégias unilaterais, porém já são capazes de dialogar com eficiência para solucionar problemas. CONCLUSÃO: Aos 7 e 8 anos de idade, crianças em desenvolvimento normal de linguagem utilizam com mais frequência estratégias unilaterais e cooperativas para solucionar problemas.
OBJETIVOS: Analisar a confiabilidade das transcrições fonológicas de crianças com Alteração Específica de Linguagem (AEL), e verificar se há diferença entre a confiabilidade das tarefas das crianças que eram capazes de realizar discurso na época da coleta da fonologia e daquelas que ainda não possuíam essa habilidade. MÉTODOS: Tarefas de nomeação de figuras e imitação de vocábulos de 37 crianças com AEL, de três a cinco anos, previamente coletadas e analisadas, foram transcritas pela segunda vez. Posteriormente, as pesquisadoras tiveram acesso às primeiras transcrições para realizar o cálculo de confiabilidade. Para as tarefas cujo índice de discordância foi superior a 20%, foi realizada uma terceira transcrição. Verificamos também que crianças eram capazes de realizar discurso na época da coleta da prova de fonologia. RESULTADOS: Para ambas as tarefas, houve predomínio de índice de concordância inferior a 80% (p<0,001) entre as duas primeiras transcrições, enquanto que esse índice superou 80% (p<0,001) quando comparadas a 1ª com a 2ª e a 3ª transcrições (p=0,001 para a nomeação e p<0,001 para a imitação). Houve diferença entre a 2ª e a 3ª transcrições de ambas as tarefas (p<0,001). Não houve diferença na confiabilidade das tarefas analisadas (2as transcrições: p=0,565; 3as transcrições: p=0,645). Comparando-se as crianças capazes de elaborar discurso com aquelas que não eram, observou-se diferença apenas nas 3ª transcrições da tarefa de nomeação (p=0,033). CONCLUSÃO: A confiabilidade das transcrições fonológicas de crianças com AEL foi baixa, e as tarefas de nomeação das crianças que realizaram discurso apresentaram confiabilidade mais alta.
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