A s tecnologias digitais, a internet, com suas diversas ferramentas e aplicativos, e, destacadamente, as mídias sociais, não só agilizam os processos de comunicação humana, mas são a base material de uma nova era, qualitativamente, ontologicamente, específica e diversa dos modelos anteriores. A nova e atual configuração midiática da qual o universo digital é um elemento essencial, acarreta e implica alterações profundas no modo de ser e de viver. Compreender e analisar essas mudanças é o que se faz quando se pergunta, por exemplo, qual a especificidade dos fãs quando a difusão das produções culturais não se dá mais por meio de mídias de massa, ou então, quando se indaga se as mídias em rede e abertas à participação dos usuários estão a salvo e distantes do grande capital, ou ainda, se a globalização propiciada pelas mídias digitais está sendo benéfica para a produção acadêmica em Ciências Sociais? São questões como essas a que se dedicam Nancy K. Baym no artigo "Fãs ou amigos? Enxergando a mídia social como fazem os músicos", Mario Carlón no texto "Contrato de fundação, poder e midiatização: notícias do front sobre a invasão do YouTube, ocupação dos bárbaros" e Isabel Ferin Cunha em "A globalização da investigação em Ciências Sociais: o caso dos estudos de comunicação no espaço ibero-americano e lusófono".Observando que a nova configuração midiática não se estabelece em uma única direção, Joseph Straubhaar anota como as instituições midiáticas caminham tanto para a regionalização quanto para a globalização em momentos e processos cumulativos; essa discussão interage com o artigo de Dieter Mersch que propõe uma visão muito específica sobre o tema: uma teoria negativa dos media, qual seja, a ideia que estruturalmente os meios possuem a peculiaridade de ocultar a sua medialidade para produzir ou representar algo.
Ed. 25 -Jan/jun (2023) AÇÃO MIDIÁTICA -Estudos em Comunicação, Sociedade e Cultura é a publicação científica do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal do Paraná. Com periodicidade semestral, propõe-se a permitir o debate sobre a pesquisa em comunicação. A publicação contempla artigos relacionados a dossiês temáticos, seções com temas livres e resenhas. O periódico é destinado a pesquisadores, profissionais, professores e estudantes da área, bem como dos campos que apresentam interface com a comunicação.
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