Os extratos naturais de plantas vêm sendo utilizados com finalidades farmacológicas há milhares de anos. Seu uso na medicina popular foi propagado de cultura para cultura e descrito nas diversas literaturas. Para tanto, buscou-se analisar os benefícios da utilização de fitoterápicos frente aos sinais e sintomas recorrentes do período gravídico. Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, de cunho descritivo com abordagem qualitativa. Para o alcance dos resultados, foram analisados os resumos de 284 artigos disponíveis na íntegra, assim como, patentes obtidas a partir do cruzamento entre os descritores. Destes, 26 estudos foram selecionados por responderem a pergunta norteadora: “O uso de fitoterápicos pode auxiliar no controle de sinais e sintomas advindos da gravidez?”, seguindo-se assim para a continuidade da pesquisa. Após leitura dos estudos, identificou-se que 29 espécies de plantas são utilizadas como fitoterápicos para o tratamento de sintomas recorrentes na gestação, destacando-se o gengibre, a camomila, a hortelã e o alho. Quanto à prospecção tecnológica, foram selecionadas seis patentes que, em sua discussão relataram o potencial farmacológico do gengibre, melancia, dentre outras, frente ao tratamento das sintomatologias comuns na gestação. Dessarte observa-se que apesar do crescimento progressivo da importância dos medicamentos fitoterápicos, poucos estudos foram realizados com o intuito de se comprovar a eficácia da sua utilização frente aos sintomas característicos do período gravídico, sendo que inúmeras plantas medicinais ainda são aplicadas a partir do conhecimento popular bem empregado, ressaltando assim a importância do tema abordado.
As dermatofitoses têm alta prevalência, afetando crianças e adultos, principalmente em regiões tropicais e subtropicais. Os estudos epidemiológicos vêm demonstrando os gêneros Trichophyton, Microsporum e Epidermophyton como os mais comuns que afetam cerca de 20% da população mundial. Este estudo objetivou analisar o panorama de dermatofitoses no Estado de Sergipe, entre os anos de 2014 a 2017. Para isso, realizou-se um estudo documental, descritivo transversal e prospectivo de detecção dos casos dermatófitos no Estado de Sergipe, diagnósticos micológicos por município de residência, sexo e locais anatômicos, disponibilizados pelo Laboratório Central de Saúde Pública de Sergipe (LACEN) no período de 2014 a 2017. Os resultados das análises mostraram que dentre os 1386 exames micológicos, o número de pacientes do sexo feminino se apresentou significativamente maior em relação ao sexo masculino, no entanto os casos masculinos positivos para dermatofitose foi maior, 51,4%, bem como, a faixa etária entre 0-5 e 6-10 anos obtiveram os maiores resultados (18,04% e 17,07%). Na verificação dos municípios de residência dos pacientes estudados, nota-se uma relevância para o município de Aracaju. Quanto aos locais de infecção, houve predominância do couro cabeludo (20,73%), seguido dos membros inferiores (23,90%) e unhas (15,60%). Diante do exposto, percebe-se que tais resultados mostraram-se relevantes, pois o panorama dessa doença de notificação não compulsória nos municípios do Estado de Sergipe apresentou-se elevadas, enfatizando a necessidade de intervenções que propiciem melhorias na saúde pública e no campo social, sobretudo, por meio da adoção de medidas preventivas e de controle higiênico-sanitário.
Este estudo objetivou avaliar a tendência da mortalidade por doenças isquêmicas (DIC) do coração e cerebrovasculares (DCbV) no Brasil e regiões de 1980 a 2018. Trata-se de um estudo ecológico, que avaliou dados sobre mortalidade por DIC e DCbV no Brasil e regiões, de 1980 a 2018. Os dados de 1980 a 1996 foram provenientes da CID-9 e de 1997 a 2018 da CID-10. A taxa de bruta de mortalidade (TBM) e a taxa padronizada de mortalidade (TPM) foram calculadas. Para análise de tendência optou-se pela regressão linear simples. O Excel 2019 e o BioEstat 5.0 foram utilizados. No Brasil, a média de TPM foi de 68 casos para cada 100 mil habitantes para o grupo DIC em toda série temporal. Destaca-se um decréscimo de 45,43% na mortalidade de 1980 a 2018 em todo país. Na análise de tendência da mortalidade por DIC, somente o Nordeste e o Norte demonstraram tendência de elevação dos casos (p<0,05). No tocante a DCbV, a média nacional da TPM foi de 74,5/100 mil hab. com destaque para o sul com 91,7/100 mil. Na série temporal, o Brasil apresentou redução de 60,2% nos casos, sendo 104,7 casos/100 mil em 1980 e 41,6/100 mil em 2018. Somente o Nordeste e o Norte apresentaram tendência na elevação de casos (p<0,05). O presente estudo contribui com informações que permitem o melhor controle, prevenção e monitoramento das doenças cardiovasculares, na medida em que as intervenções se concentram em cada região do país, almejando diminuir as desigualdades na saúde pública.
Devido à falha dos protocolos de biossegurança nas cooperativas de reciclagem, os separadores de resíduos se expõem a agentes biológicos, como vírus, fungos e bactérias, tornando-se mais susceptíveis a infecções por estes agentes. Este estudo objetivou estudar o risco biológico ao qual estão expostos os cooperados na atividade de triagem/separação dos resíduos recicláveis, avaliando o uso de equipamentos de proteção individual e a ocorrência de acidentes e da prática da higienização das mãos. Para isso, realizou-se um estudo descritivo quantitativo no Estado de Alagoas, nas Cooperativas de Reciclagem de Resíduos COOPREL e COOPLUM. A ocorrência de microrganismos, provenientes do manuseio dos resíduos foi investigada através da coleta de material das mãos dos cooperados, com auxílio de swab, antes e após do processo de higienização habitual, seguida da orientada. O material coletado foi transportado e analisado quanto à presença de bactérias aeróbias e anaeróbias, bolores e leveduras. Após o cultivo e análise microbiológica, verificou-se a presença de microrganismos da família Enterobacreriaceae, bolores e leveduras. Entretanto, a coleta realizada após a higienização orientada houve significativa redução do número de bactérias em 88%; em relação à amostra inicial da coleta antes ou depois da higienizaçao habitual. Referente à presença de bolores e leveduras observou-se uma redução de 37,50%. Logo, este estudo identificou que 54% dos cooperados sofreram acidentes com material perfurocortante nos últimos doze meses, e identificou bactérias da família Enterobacteriaceae nas mãos dos cooperados (56,41%), refletindo além do risco biológico, a exacerbação do risco social representado pelas precárias condições de trabalho.
A curetagem uterina é um dos procedimentos mais realizados na rede pública de saúde, principalmente no pós-abortamento, para a extração do produto conceptual deixado na cavidade uterina. Para tanto, buscou-se neste artigo analisar o quantitativo e o total de dias de permanência hospitalar das mulheres que se submeteram à curetagem uterina após abortamento no Sistema Único de Saúde. Trata-se de um estudo ecológico de natureza básica, retrospectivo com abordagem quantitativa de caráter descritivo, realizado por meio de consulta ao Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Foram observados os números de abortos e curetagens no pós-abortamento entre 2017 a 2019 nos municípios do Estado de Sergipe. Os dados obtidos foram reorganizados e analisados por meio do programa Excel versão 2010, apresentados em tabelas com números absolutos e porcentagens. Após análise dos dados, notou-se que nos anos de 2017, 2018 e 2019, houve um total de 7.941 casos de curetagem uterina realizadas nas regiões de Sergipe. Desses, 3.196 mulheres sofreram aborto espontâneo e, realizaram esse procedimento, tendo um total de 12.362 dias de permanência hospitalar, resultando gasto médio de R$684,75. Desse modo, a curetagem uterina é a terapêutica mais utilizada em casos de abortos no ambiente hospitalar. Por ser um procedimento cirúrgico, necessita de maior tempo de internação, implicando nos altos custos para a saúde pública.
Mulheres acometidas pelo câncer de mama são submetidas constantemente a mastectomia, como principal forma de tratamento. Nesse momento, diversos sentimentos perpassam desde o diagnóstico ao tratamento, em razão da importância desse órgão à figura feminina. Para tanto, buscou-se analisar os aspectos envolvidos na autoestima de mulheres com câncer de mama e/ou submetidas à mastectomia. Para o alcance do objetivo, foi realizado um estudo de revisão integrativa da literatura de natureza qualitativa e caráter descritivo. Após leitura integral de 60 estudos indexados nas bases de dados da SciELO, BVS, LILACS, PubMed e Science Direct, obtidos a partir do cruzamento entre os descritores, selecionou-se 14 artigos científicos nos idiomas inglês (50%), português (35,7%) e espanhol (14,3%), com predominância no ano de 2019 (35,8%), seguido de 2018 (28,6%) e 2017 (21,4%), enquanto 2020 e 2021 apresentaram o mesmo quantitativo (7,1%). Nesse contexto, dentre os sentimentos negativos mais prevalentes em mulheres mastectomizadas, destacam-se sensações de inferioridade, sintomas de depressão, vergonha, isolamento, pessimismo, alterações na imagem corporal e satisfação sexual. Portanto, ressalta-se a importância da rede de apoio e da reconstrução mamária, por refletir positivamente na diminuição dos sintomas desencadeados nas diversas situações em que as mulheres perpassam durante sua luta contra o câncer de mama.
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