Introdução: O transplante de medula óssea (TMO) consiste na infusão intravenosa de células progenitoras hematopoiéticas provenientes de um doador ou do próprio paciente, visando restabelecer a função medular e imune. O Complexo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (CHC/UFPR) desempenhou um papel importante para que esse tratamento chegasse ao Brasil na década de 1970, tornando-se pioneiro e um serviço de referência no país, contando atualmente com mais de 2800 transplantes realizados. Objetivo: Realizar um levantamento histórico da produção científica sobre Transplante de Células-Tronco Hematopoiéticas (TCTH) realizado no CHC/UFPR. Material e métodos: Realizou-se uma revisão de literatura incluindo artigos em inglês e português e reportagens relacionados à história do transplante de medula óssea e suas inovações no CHC/UFPR. Como ferramenta de busca foram utilizadas as seguintes bases de dados eletrônicas: National Library of Medicine e Repositório Digital Institucional da UFPR. Resultados: O Serviço de Transplante de Medula Óssea (STMO) do CHC/UFPR foi o primeiro a realizar um TMO na América Latina, em 1979. Em 1992, realizou o primeiro transplante utilizando células de cordão umbilical e em 1995, foi referenciado como primeiro centro de transplante apto a utilizar medula óssea de doadores não aparentados. Desde então, o STMO dedica-se à ampliação de conhecimentos nessa área e aprimoramento técnico do procedimento, visando melhores resultados pós-transplante. Nessa trajetória, conquistou a cobertura do procedimento pelo Sistema Único de Saúde e reconhecimento a nível internacional da qualidade do serviço prestado, tornando-se referência mundial no tratamento da Anemia de Fanconi. Conclusão: A implantação de uma técnica de sucesso realizada pelo CHC/UFPR, um hospital ainda em crescimento na época, bem como seu consequente aperfeiçoamento, fez da instituição destaque internacional. Desde então, a produção científica relacionada ao TMO teve um aumento notável, tornando possível oferecer à saúde pública brasileira um serviço de excelência.
Introdução: O transplante de células-tronco hematopoéticas (TCTH) haploidêntico é realizado entre receptores e doadores que compartilham apenas um haplótipo HLA, apresentando 50% ou um pouco mais de compatibilidade. A doação geralmente é realizada pelos pais ou irmãos do paciente. Esse tipo de transplante está cada vez mais presente nos centros transplantadores brasileiros, devido a imediata disponibilidade do doador e seu baixo custo comparado ao transplante alogênico não aparentado. Objetivo: Descrever a evolução do TCTH haploidêntico e realizar uma análise comparativa com os demais métodos de transplante de células-tronco hematopoiéticas. Material e métodos: Foi realizada uma abrangente revisão bibliográfica sobre o tema, utilizando como base de dados o MEDLINE, SciELO e LILIACS. Resultados: O TCTH haploidêntico mostra resultados compatíveis àqueles observados em outros tipos de transplante de medula óssea. Apesar de apresentar maiores taxas de infecções virais e fúngicas em relação ao HLA-compatível aparentado, o TCTH haploidêntico possui atualmente índices satisfatórios de Doença do Enxerto Contra o Hospedeiro (DECH), sobretudo quando utilizada a profilaxia com ciclofosfamida pós-transplante ou empregadas novas técnicas de manipulação de enxerto. Por fim, o desfecho adequado do TCTH haploidêntico envolve a seleção do melhor doador disponível. Embora não haja consenso sobre o parâmetro de escolha, as incompatibilidades no sistema HLA entre receptor e doador não parecem ser um fator determinante para o insucesso do tratamento. Conclusão: Publicações recentes têm demonstrado formas efetivas de superar a histocompatibilidade parcial presente nos TCTH haploidênticos, caracterizando essa modalidade de transplante uma opção de tratamento com taxas de sobrevida e complicações semelhantes ao transplante com doadores não-aparentados HLA-compatível.
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