Efeitos da eletroacupuntura, aquapuntura e farmacopuntura em cadelas anestesiadas com isofluorano e submetidas à ovário-histerectomia
RESUMOAvaliaram-se os efeitos analgésicos da eletroacupuntura, aquapuntura e farmacopuntura com morfina nos acupontos VB41 e TA5 de 24 cadelas hígidas submetidas à ovário-histerectomia. Os animais foram distribuídos em quatro grupos (G) de igual número GDest, GMorf, GElet e GC e anestesiados com acepromazina, propofol e isofluorano. Após a estabilização do plano anestésico, os animais do GDest receberam 0,5mL de água destilada em cada acuponto; os do GMorf receberam 0,1mg/kg de morfina distribuído nos quatro acupontos; os do GElet foram submetidos à eletroacupuntura; e os do GC, acupuntura em pontos sham. Os animais do GC receberam, após o término do procedimento cirúrgico e antes do início da avaliação pelas escalas de dor, 2,0mg/kg de tramadol. Foram avaliadas: frequências cardíaca e respiratória, temperatura retal e glicemia. A dor foi avaliada por duas escalas, uma de analogia numérica e outra contagem variável, por três observadores. A avaliação iniciou-se imediatamente após a extubação e foi realizada a cada 15 minutos, durante duas horas. Não houve diferença entre os tratamentos em todas as variáveis. Pode-se concluir que eletroacupuntura, aquapuntura e farmacopuntura com morfina resultaram em analgesia similar ao tramadol no pós-operatório imediato de cadelas submetidas à ovário-histerectomia eletiva.
Nesse artigo se objetiva avaliar, a partir do recorte do direito à terra e ao território como dimensão essencial para reprodução da vida, a quem servem as áreas protegidas e o papel do Estado nesse contexto. As formas de apropriação tradicionais da terra não são captadas na sua complexidade, nem respeitadas na sua diversidade sendo frequente as sobreposições e desterritorializações dos povos por sobre o fundamento da defesa da natureza. O caso do acampamento agroflorestal José Lutzenberger, localizado em Antonina no estado do Paraná, na região classificada como Litoral, e em uma área de grande interesse para a preservação da biodiversidade bem representa a dimensão desse conflito entre a terra vivida e a terra intocada. O local onde desde 2004 agricultores(as) caiçaras da região reivindicam o direito ao uso, era ocupado por uma criação de búfalos, e tinha apoio de órgãos de fiscalização ambiental. Analisando o processo administrativo e demais documentos produzidos por órgãos do Estado, principalmente o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA, acredita-se que o acampamento por sua opção “política” não é “bem vindo”, e sofre o que chamamos de “racismo ambiental”. Trabalha-se com a hipótese que confrontado por um lado por outra população de bubalinos (fazenda vizinha), e pelo outro, por uma área de proteção ambiental privada, o acampamento preserva melhor do ponto de vista socioambiental e da biodiversidade que os seus vizinhos. Concluímos que a conservação deve ser realizada com a inclusão dos agricultores(as), e não em espaços considerados “santuários”.
Este trabalho é uma aproximação teórica e prática de um grupo de agricultores que saiu do Brasil em diversos momentos a partir de 1950, rumo ao leste do Paraguai, e que a partir de 1985 começou a retornar de forma organizada, são eles reconhecidos como brasiguaios. A pergunta que motivou esse trabalho foi a de compreender as razões que levaram esse grupo a circular traspassando fronteiras nacionais e reinvidicar após anos de idas e vindas uma identidade “camponesa” e uma terra da reforma agrária. Para isso, a pesquisa buscou através de trabalho de campo e documental, refletir sobre as origens do termo ‘brasiguaio’ junto aos primeiros retornados, hoje moradores do município de Novo Horizonte do Sul no Mato Grosso do Sul, e os motivos da luta pela terra no acampamento “Antonio Irmão Brasiguaio”, em Itaquiraí-MS. Através dos relatos de diversos atores envolvidos nesse processo, percebemos que, como em uma espiral, seguem em curso novos acampamentos que surgem nessas fronteiras e os acampados reivindicam direitos baseados em uma particularidade; a de ser brasiguaio.
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