Palavras-chave Rawls, O'Neill, Contratualismo, Construtivismo.
Neste trabalho pretendemos apresentar algumas observações acerca dos desdobramentos que o debate sobre a Revolução francesa assume na Alemanha, de maneira particular, através dos posicionamentos de Kant e Fichte em 1793. Proporemos, em primeiro lugar, uma rápida contextualização histórica, para depois esboçarmos as teses a nosso ver mais significativas de Achenwall, Burke e Rehberg, todas girando em torno do eixo da centralidade da experiência para a teoria e prática políticas. Em diálogo com eles, tentaremos mostrar como se articula o pensamento de Fichte sobre a revolução, notadamente na Zurückforderung der Denkfreiheit e no primeiro Beitrag über die französische Revolution, em que a concepção da lei moral como liberdade ilimitada desempenha papel fundamental. A partir daí, por meio da diferente ênfase posta por Kant na lei moral, indicaremos o momento teórico em que este, em Über den Gemeinspruch: Das mag in der Theorie richtig sein, taugt aber nicht für die Praxis, se afasta de Fichte, com o qual são, em certa medida, compartilhadas as premissas, mas não as conclusões. Veremos que nesse sentido serão derelevância central os conceitos de direito e contrato.
Neste trabalho, nos propomos percorrer algumas etapas do debate sobre a relevância das causas finais nas investigações físicas, que levou Leibniz a confrontar sua filosofia, de modo particular, com o cartesianismo e, mais em geral, com uma concepção estritamente mecanicista da natureza. Serão seguidos aqueles indícios que se encontram na obra de Leibniz, ao procurar pelas referências a Molyneux, um dos primeiros a receber e divulgar a perspectiva leibniziana, e, além disso, um dos poucos interlocutores com os quais se instaurou um diálogo de tons cordiais. Tentaremos mostrar que, todavia, tal troca não polêmica é fruto de um desentendimento de fundo entre os dois intelectuais.
O trabalho visa propor algumas observações sobre a questão da matéria e forma das representações na Dissertação sobre forma e princípios do mundo sensível e do mundo inteligível. Após uma rápida reconstrução das principais etapas mediante as quais a questão é abordada por Kant nas décadas de 50 e 60, a análise focará nos primeiros parágrafos da Dissertação de 1770, no intuito de frisar, em especial, o papel da qualidade da sensação.
Resumo: "Rousseau est-il rationaliste?". Essa pergunta abre a primeira das análises que Robert Derathé dedica ao genebrino. Derathé insere-se em um debate já amadurecido durante aproximadamente quatro décadas, e impulsionado explicitamente por Ernst Cassirer, cujas teses Eric Weil levará às últimas consequências. Cumpriremos aqui uma incursão nas interpretações que Cassirer, Derathé e Weil propõem acerca do racionalismo de Rousseau, apontando para a peculiaridade das conclusões às quais chega cada um deles, embora todos compartilhem a recusa de ler Rousseau como mero philosophe de la sensiblerie. Nessa perspectiva, o confronto com o kantismo tornar-se-á essencial para entendermos a fecundidade das três leituras. Palavras-chave:Rousseau; Cassirer; Derathé; Weil; racionalismo.Abstract: "Rousseau est-il rationaliste?". This question opens the first of the analyses that Robert Derathé dedicates to the Genevan. Derathé fits into a debate already matured in nearly four decades, and explicitly stimulated by Ernst Cassirer, whose thesis will be brought to the last consequences by Eric Weil. Here we will do a foray in the interpretations that Cassirer, Derathé and Weil suggest about Rousseau's rationalism, pointing to the peculiarity of the conclusions to which each of them comes, although all of them share the refusal to read Rousseau as a mere philosophe de la sensiblerie. In this perspective, the comparison with the Kantianism will become essential to understand the fecundity of the three readings. Em 1853, no terceiro tomo de seu Système de Politique positive, ao pronunciar sua crítica explícita à école politique de Rousseau -definida como declamatória, incapaz de construir qualquer coisa, portanto anárquica e fadada à instauração da desigualdade -, Comte acaba reconhecendo, no entanto, que, mesmo "possuindo apenas uma doutrina aparente", o Contrat social durante os anos da Revolução francesa "inspirará maior confiança e veneração do que aquela que a Bíblia e o Alcorão jamais obtiveram" (Comte, 1853, III.vii, pp.596-597). A observação de Comte tornase, para nós, interessante basicamente por um motivo: por ela ser paradigmática. KeywordsPois, sem que seja esta a intenção do autor (ou exatamente por não ser esta a sua intenção), a crítica de Comte retoma, ao salientá-la, a eficácia do pensamento político rousseauniano. E nem tanto pelo que Comte diz em sua constatação final
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