<p class="Resumo"><span lang="IT">A morte de Marielle Franco indignou segmentos sociais progressistas da política brasileira, engajados em lutas sociais feministas, antirracistas e LGBTIfóbicas. Um levante por parte dos movimentos sociais tem marcado esses mais de dois anos de lutas e, especialmente, para saber #QuemMatouMarielleFranco. Seu assassinato ocorre em ano eleitorial e, na cidade do Rio de Janeiro, vencem o pleito, ao menos, três mulheres negras, que contribuiam com o mandato da vereadora. A semente, germinada a partir do luto, se espraia por outras regiões do país, mas ainda insuficiente para uma justiça racial e de gênero na política brasileira, histórica e estruturalmente marcada pelo racismo e superexploração das mulheres. A morte brutal de Marielle – mulher, negra, favelada e lésbica – gerou mobilizações também em espaços acadêmicos, tornando-se símbolo de luta em defesa das cotas raciais e da livre expressão sexual nas universidades. Fator este que se constituiu como fundamental para compreensão da urgência da adoção de perspectivas interseccionais e consubstanciais para análise da realidade social. Este artigo aborda esses efeitos na formação profissional em Serviço Social, através da articulação do debate de raça, classe social, gênero e sexualidade com o campo audiovisual na experiência de uma Mostra dentro do maior evento acadêmico de pesquisadores(as) desta área – o XVI ENPESS, Vitória/ES.</span></p>
artista visual, diretora Cultural da Chave Mestra-Associação dos Artistas Visuais de Santa Teresa, desenvolve pesquisas na área de "Imagem e "questão social". 1 O Laboratório de Imagem (Li) é um espaço interdisciplinar e interprofissional de experimentação imagética. Através de uma dinâmica horizontal, com as instituições e movimentos sociais parceiros, pretende-se implementar uma metodologia de intervenção social que articule os recursos imagéticos expressivos, formais e temáticos da imagem em torno do conhecimento crítico sobre a realidade brasileira. Formalizado como projeto de extensão em 2015, reúne artistas visuais, estudantes, professores e pesquisadores das ciências humanas e sociais, assistentes sociais, militantes e movimentos sociais em torno do estudo/produção/pesquisa da imagem em suas mais diferentes expressões e formatos. Privilegiando o estudo imagético da "questão social", procura desmistificar o conhecimento dos processos de produção, realização, exibição e circulação de imagens na sociedade contemporânea, enfatizando o uso das novas mídias digitais como forma de acesso mais democrático ao conhecimento e criação das imagens.
Fruto do trabalho de ativistas de mídia independente do Coletivo Fotoguerilha, as imagens fotográficas apresentadas na Mostra Fotográfica desta edição da Revista Em Pauta colocam em cena atores, temas, experiências, questionamentos e reflexões acerca do lugar que as imagens ocupam na estética do século XXI. Ademais, suscitam também a reflexão e o debate sobre suas condições de produção, circulação e distribuição, principalmente em sua potência de espaço-tempo de memórias das lutas, manifestações e resistência populares à barbárie – característica inerente à ordem do capital.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.