A maioria dos dados relatados sobre gravidez em receptores de órgãos sólidos refere-se a transplantadas renais. Este fato está associado à reabilitação e à melhoria da fertilidade em praticamente todas as pacientes, por meio do restabelecimento da função endócrina e menstrual que, em geral, ocorre entre um e 30 meses após o transplante. A incidência de rejeição em transplantados renais durante a gravidez é de 9%, dado este estatisticamente não significante em relação à população de receptoras não-grávidas. Os episódios de rejeição, quando presentes, influenciam seriamente o resultado da gestação, devido ao comprometimento da função renal. Nas receptoras de transplante renal, o índice de prematuridade oscila entre 45 e 65%, independente do esquema imunossupressor adotado ou do intervalo de tempo entre o transplante e a gestação. Dados do National Transplantation Pregnancy Registry (N.T.P.R), a partir de um estudo de caso - controle de gravidez após transplante renal, não revelou qualquer influência estatisticamente significativa a respeito da gestação sobre a função do enxerto. Concluindo, o transplante renal reabilita a paciente portadora de insuficiência renal crônica terminal para a gestação. Por outro lado, a gestação não representa fator limitante para a manutenção da função do enxerto no pós-transplante renal.
Resumo: Apresenta-se um mapeamento municipal, regional e populacional da distribuição de urologia no Brasil, baseado em dados quantitativos coletados, enforcando-se a necessidade de criar critérios sociais para a formação de novos urologistas no país. O estudo envolveu duas pesquisas realizadas em momentos diferentes, com objetivos distintos embora congruentes, e conduzidas por equipes diferentes e instituições de natureza diversa. A primeira resultou do “Perfil dos médicos no Brasil”, realizado pela fundação Osvaldo Cruz em parceria com o Conselho Federal de Medicina, Associação Médica Brasileira e Federação Nacional dos Médicos em 1995, e envolveu 2.406 urologistas. A segunda, “Quantos somos e o que necessitamos”, desenvolvida pela Comissão de Ensino e Treinamento (CET-SBU), realizada em 1997, contou com um universo de 2.996 especialistas cadastradas no banco de dados da Sociedade Brasileira de Urologia. Os resultados mostraram que o urologista brasileiro é jovem (média de 43 anos), tem em média 17 anos de formado, possui pós-graduação lato sensu (91,3%) e está concentrado nas grandes capitais brasileiras (oito delas detêm 43,5% de todos os especialistas). A maior densidade de especialistas ocorreu nas regiões com maior número de programas de residência médica (70,4% dos programas estão localizadas na Região Sudeste). Cerca de 80% de todos os urologistas estão localizadas nas regiões Sudeste (61,6%) e Sul (17,8%). No Brasil, existe um urologista para cada 52.960 habitantes, distribuídos heterogeneamente pelo país e com a discrepância de até cinco vezes a densidade de especialistas em comparação com as regiões Sudeste e Nordeste (1:33.943 e 1:161.037, respectivamente). Cerca de 30% dos especialistas não são associados à SBU. A capacidade formadora é de 130 novos especialistas por ano (média de dois por programa de residência), o que corresponde a pelo menos duas vezes mais que o número necessário para saturar o sistema. Em conclusão, o número de especialistas está crescendo pelo menos duas vezes mais que o crescimento populacional, produzindo supersaturação das capitais brasileiras do Centro-Sul do Brasil, sem corrigir a falta de urologistas em outras regiões do país.
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