Este artigo apresenta uma reflexão a respeito da teoria da linguagem benjaminiana. Walter Benjamin, filósofo e crítico literário alemão, nas primeiras décadas do século XX, produziu um estudo decisivo no qual a linguagem não pode ser considerada como mero instrumento de elaboração dos dados da realidade nem como simples abstração, mas é pensada como campo no qual emerge uma intrincada rede de relações entre conhecimento e experiência. Para o filósofo, a linguagem é o médium espiritual e histórico da experiência. O conceito de Erfahrung (experiência) atravessa toda a sua obra: desde um texto de juventude, escrito em 1913, intitulado Erfahrung (1933), em que o autor contesta o desinteresse dos entusiasmos juvenis em nome da experiência dos adultos, às teses de 1940. Esse conceito está intrinsecamente relacionado, em seus escritos, ao pensamento de que todas as manifestações e expressões humanas podem ser concebidas como linguagem e, essa, por sua vez, é então pensada na sua dimensão simbólica, ao contrário do que pretendiam os filósofos do esclarecimento quando apontavam, como condição para o verdadeiro conhecimento, uma racionalidade que separava o imaginário do pensamento. Na contramão do pensamento iluminista científico, o paradigma estético é fundamental nos escritos benjaminianos. A partir do acolhimento do conceito na imagem, evidenciam-se novas formas de conhecer. Nessa perspectiva, tentaremos discutir o pensamento de Benjamin mostrando as articulações e rupturas engendradas com as problematizações constituídas a partir das conexões existentes entre linguagem e experiência e sua relação com o campo educativo.
Resumo: O presente artigo propõe uma discussão sobre a experiência audiovisual no contexto dos espaços educativos, chamando atenção para a complexidade do momento em que vivemos. Localiza-se a Educação como importante mediação sociocultural nos processos de apropriação das linguagens e usos de diferentes suportes, especialmente o vídeo, para a expressão, criação e comunicação.
O presente trabalho relaciona os campos da comunicação e da educação a partir de uma reflexão sobre a experiência audiovisual no contexto dos espaços educativos. Aponta-se a transversalidade das mídias audiovisuais como um desafio importante para a escola, considerando-se a complexidade do momento histórico em que vivemos e seus processos de construção de subjetividades decorrentes dos novos modos de ler, ver, pensar e aprender. Procuramos encontrar, nas práticas atuais dos espaços de sala de aula, elementos que pudessem fornecer subsídios para aprofundar algumas questões relacionadas ao discurso áudio-imagético dentro de uma perspectiva histórico-cultural, recolocando a questão das poéticas tecnológicas, inserindo a técnica no universo da cultura. Nossa preocupação com relação às referências teóricas para este estudo foi a de não limitar as questões problematizadas nesta investigação a determinados guetos teóricos, sem que, para isso, o objeto de pesquisa sofresse diluições. Assim, trabalhamos com autores que nos ajudaram a transitar por diferentes campos do conhecimento e saberes. Estabelecemos diálogos com o pensamento bakhtiniano; com pesquisadores que estão refletindo sobre as produções audiovisuais contemporâneas; e com autores como José Luiz Braga e Regina Calazans; Martin-Barbero; e David Buckingham que nos permitiram uma visão ampliada sobre a contemporaneidade e as questões significativas dos campos da educação e da comunicação, especialmente as questões relacionadas aos estudos de educação para as mídias.
O texto apresenta uma resenha crítica sobre o livro Nó em Pingo d’água: sobrevivência, cultura e linguagem, publicado pela Editora Insular e pela Mórula Editorial. Fruto do trabalho colaborativo dos linguistas Daniel Silva e Adriana Lopes e da antropóloga Adriana Facina, a obra reúne artigos de autores que enfatizam não só as culturas de sobrevivência, mas também as escritas, letramentos, as histórias e testemunhos de sobrevivências.Palavras-chave: sobrevivência, narrativas, cultura, linguagem.
Na tentativa de discutir a importância das ações extensionistas universitárias e as suas relações com os campos da Arte e da Cultura, especialmente no contexto de pandemia global ocasionado pela Covid-19 nos últimos dois anos – 2020 e 2021 –, este artigo apresenta uma reflexão sobre a experiência do Coletivo Identidade Visual, grupo vinculado ao projeto de extensão Arte, Educação e Cultura Visual: interconexões, práticas e reflexões – FFP/UERJ . Palavras chaves: Extensão universitária, arte e cultura visual, pandemia.
ResumoContrapondo-se ao saber científico e a um empobrecimento cultural gerado pelo conhecimento instrumental, homogeneizante já nas primeiras décadas do século XX, Walter Benjamin alertava para a importância da experiência narrativa como condição da historicidade do ser humano. De acordo com esse autor, a dificuldade de intercambiar experiências e, consequentemente, o declínio da arte de narrar no mundo moderno, alteraram os modos de sentir e de saber do sujeito em formação. Este tem sua experiência subtraída pelo tempo linear esvaziado de sentido, homogêneo e cronológico, pelo acúmulo de informações e saberes, pelo bombardeio das "novidades" geradas nos meios comunicativos e por uma ação formadora, fundada no pensamento empírico-técnico. Este artigo discute o declínio da experiência e o desaparecimento da narrativa tradicional, retomando os limiares benjaminianos nos escritos e nos espaços de errâncias, que condensam o pensamento do filósofo em torno do processo de modernidade e suas implicações no campo educativo. Palavras-chave: Educação. Narrativa. Experiência. Modernidade. AbstractWalter Benjamin was opposed the scientific knowledge, and cultural impoverishment generated by instrumental knowledge, homogenizing, in the early decades of the twentieth century. Then he warned about the relevance of the narrative experience as a condition of the historicity of the human being. According to this author, the difficulty of interchange experiences and consequently the decline of the art of storytelling in the modern world have changed the ways of feeling and knowing the subject in formation. The experience of this subject was taken away from him by a meaningless linear time, homogeneous and chronological, by the accumulation of information and knowledge, by the bombardment of the "news" created in the means of communication and by an action, established on the empirical thinkingtechnical. This article discusses the decline of the experience and the disappearance of the traditional narrative, taking back the thresholds benjaminian in the writings and in the wandering spaces that condense the philosopher's thought about the process of modernity and its implications in the educational field. Keywords: Education. Narrative. Experience. Modernity.1 Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Professora do Instituto de Artes, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro. E-mail: eloizagurgel@uol.com.br.Esta obra foi licenciada com uma Licença Creative Commons -Atribuição 3.0 Não Adaptada.
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