O artigo discute o paradigma junguiano e suas interfaces com a metodologia qualitativa de pesquisa e a ciência pós-moderna. Primeiramente, são delineados os pressupostos básicos da ciência moderna e sua evolução para a concepção atual de ciência pós-moderna. São apresentadas as raízes filosóficas e epistemológicas do pensamento de C. G. Jung e as principais características do método qualitativo, com a finalidade de contextualizar o método junguiano de investigação da psique no panorama da pesquisa qualitativa. A Psicologia Analítica de C. G.Jung é apresentada a partir do conceito atual de paradigma, que compreende três elementos fundamentais &– ontologia, epistemologia e metodologia &–, articulados de forma consistente e coerente. Assim, o método é necessariamente resultante da ontologia e da epistemologia. Dessa forma, a partir das noções de totalidade, consciente e inconsciente coletivo e pessoal, o conhecimento decorre da possibilidade de acesso ao inconsciente pela via do símbolo. O método de investigação psicológica se dá pela apreensão dos símbolos e sua compreensão, que resulta do processamento simbólico realizado pelo pesquisador.
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