O objetivo do estudo foi investigar a prevalência de sobrepeso e obesidade em jovens brasileiros entre 5 e 19 anos através de revisão sistemática e metanálise de dados disponibilizadas na literatura. Foi realizada busca eletrônica nas bases de dados MedLine/PubMed, Scopus, Web of Science, Scielo e Lilacs publicados de 2000 a 2018, utilizando critérios de inclusão/ gerados por sexo e idade. Modelos de metarregressão foram ajustados para identificar exclusão pré-definidos. Medidas de heterogeneidade e variabilidade foram calculadas e modelos de efeito aleatório foram usados para estimar taxas de prevalência global. Gráficos forest-plots foram possíveis fontes de heterogeneidade. Dos 1002 estudos identificados inicialmente 26 atenderam os critérios de inclusão. Nas crianças (5-9 anos) as taxas de prevalência global de sobrepeso foram equivalentes a 16,2% (IC95% 13,2-19,3; Q=411,7, p<0,001; I2=97,8%) nas moças e 14,4% (IC95% 11,5-17,3; Q=403,9, p<0,001; I2=97,7%) nos rapazes. No caso da obesidade, 9,2% (IC95% 5,9-12,3; Q=1111,7, p < 0,001; I2=99,2%) e 9,0% (IC95% 5,5-12,5; Q=1413,1, p<0,001; I2=99,4%), respectivamente.  Referente aos adolescentes (10-19 anos), nas moças 16,4% (IC95% 15,1-17,7; Q=245,6, p<0,001; I2=92,3%) para sobrepeso e 6,2% (IC95% 4,9-7,5; Q=842,9, p<0,001; I2=97,7%) para obesidade. Nos rapazes, 15,3% (IC95% 13,4-17,1; Q=493,7, p<0,001; I2=96,2%) e 6,7% (IC95% 5,0-8,5; Q=1200,4, p<0,001; I2=98,4%), respectivamente. Região geográfica, ano de coleta dos dados e critérios diagnósticos impactaram significativamente na heterogeneidade das prevalências. Foram identificadas tendências crescentes nas taxas de prevalência, ressaltando a necessidade urgente de promover estilos de vida saudáveis desde as idades jovens, a fim de abordar com eficácia a presença do excesso de peso corporal.