O início do século XXI suscitou a humanidade a uma mudança de comportamento em diversos segmentos para se adequar à pandemia desencadeada pela Covid-19. Dentre esses ambientes de transformação, a educação, embora já lidasse com as tecnologias digitais em determinados momentos, precisou se adaptar de modo radical a esses recursos. Essa realidade exigiu dos profissionais da educação habilidades até então não obrigatórias, pois mesmo quem não trabalhava com as Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) passou a fazer uso delas para o processo de aprendizagem no momento em que se enfrenta a pandemia. Nesse cenário, o objetivo deste estudo é apresentar aplicativos e recursos educacionais para o trabalho on-line nas escolas. Para esse propósito, a metodologia do estudo, qualitativa e de caráter exploratória, evidencia as possibilidades de estratégias de aprendizagem por intermédio das tecnologias digitais. Constata-se que o meio digital, com uma integração estratégica de processo de ensino-aprendizagem e tecnologias, oferece inúmeros recursos eficazes de mediação remota para uso educacional.
Este trabalho analisa a linguagem subversiva inscrita no conto “A virgem dos espinhos”, de João Gilberto Noll, com o objetivo de desvendar os interditos e as transgressões relacionadas ao erotismo sob a luz da teoria de Georges Bataille e o signo da diferença dramática, misteriosa e violenta entre o feminino e o masculino, discutida na obra de Francesco Alberoni. A proposta metodológica se baseia na estética da recepção, de Hans Robert Jauss. A contraposição do contínuo e do descontínuo como ponto fundamental da diferença entre os dois gêneros, masculino e feminino, é explicitada no texto. Propõe-se que a linguagem do conto é revestida de elementos literários que conduzem a imaginação do leitor ao mais alto grau de tensão, principalmente em relação às atitudes do sexo masculino.
O objetivo deste trabalho é desvelar o mito de Lilith e o de Circe evidenciado na personagem María, da lenda de Gustavo Adolfo Béquer, “La ajorca de oro” (2007), segundo as concepções que se apresentam na subjetividade do fantástico, à luz do modelo teórico-crítico, a estética da recepção (1994), de Hans Robert Jauss. A obra de Gustavo Adolfo Bécquer desenha-se por um requinte de textos, transformando as tradições populares, místicas, lendárias, literárias e filosóficas em preciosas fontes de diálogo. A possibilidade de uma relação inesgotável, livre e inventiva de compreensão de um texto se descobre em autores como Bataille, Bosi, Barthes, Todorov, Eco, Rouanet e outros para a criação de uma literatura de palavras verdadeiras em uma quimera. Bécquer apresenta um território aberto a pluralidades de enunciados enredando o leitor em imagens discursivas que o seduzem a um jogo aberto à imaginação. Assim, os protagonistas María e Pedro afastam-se da dimensão “real” das personagens, produzindo um efeito de divagação para suas histórias. Ele, pela dualidade em pensamentos de culpa que o leva a uma decisão pela loucura hígida ou insana; ela, por uma aproximação com estereótipos femininos de sedução que levam os homens ao aniquilamento.
A partir da análise de uma instigante passagem, relativa à imagem das mãos da personagem principal da obra São Bernardo, de Graciliano Ramos, escrita no ano de 1934, objetivamos, com este trabalho, explicitar como a vida e a arte se entrelaçam quando em pauta práticas, representações e apropriações. Esse enlace servirá como ponto de reflexão para um fazer diferenciado, em se tratando da literatura no campo da educação. Para tanto, o referencial teórico será o estudo do crítico francês Roger Chartier (1988), acerca da A história cultural: entre práticas e representações.
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