Elisete Schwade Universidade Federal do Rio Grande do Norte -BrasilCruzar fronteiras em busca de melhores condições de vida, em diferentes escalas e por distintos meios, é um fenômeno recorrente na atualidade.Maid to order in Hong Kong: stories of migrant workers considera um grupo específi co de trabalhadoras que buscam, por meio da migração, a melhoria das condições de vida -suas e de suas famílias. Trata-se das mulheres, especialmente fi lipinas, que cruzam as fronteiras para atuar como trabalhadoras domésticas em Hong Kong.Essa é a segunda edição do livro de Nicole Constable, que revisa e amplia, com nova etapa de pesquisa, a edição publicada em 1996. As cifras impressionam, as nacionalidades se diversifi cam. Constable menciona que, em 1996, eram mais de cem mil mulheres fi lipinas; em 2006, esses dados apontam a presença de aproximadamente cem mil indonésias, 125 mil fi lipinas e alguns milhares de trabalhadoras domésticas de países como Tailândia, Índia, Sri Lanka, entre outros, contratadas em Hong Kong. Nesse sentido, o livro traz informações sobre uma década de mudanças e permanências nas complexas relações que compõem as contratações do trabalho doméstico em Hong Kong, inseridas na dinâmica política e econômica desse país. O que permanece, segundo a autora, é a experiência cotidiana das trabalhadoras domésticas em Hong Kong, notadamente no tratamento a elas dispensado pelos empregadores. Como mudança, a autora ressalta uma presença maior de mulheres oriundas da Indonésia, o que permite uma comparação acerca das diferenças culturais. Além disso, Constable menciona, também, um incremento nas organizações coletivas envolvendo as trabalhadoras domésticas.O que a contratação da trabalhadora doméstica signifi ca hoje? O que se concebe como trabalho doméstico? Quais são as semelhanças e diferenças da contratação de serviços domésticos em distintos contextos? Quais são as possibilidades de pensar sobre as desigualdades de gênero nessa situação?
Este especial reúne artículos que analizan la intersección de las sexualidades y la educación en sus diversas facetas. Estos textos abordan experiencias sobre el tema en diferentes escenarios y niveles educativos, tanto en contextos formales como no formales, así como en diferentes espacios de enseñanza y aprendizaje. Se pone el foco en explorar los vínculos y diálogos con los movimientos sociales y otros agentes sociales. El número también recopila reflexiones sobre experiencias innovadoras, buenas prácticas e implementación de políticas públicas.
IntroduçãoNos carnavais das duas últimas décadas, Campina Grande/PB, a exemplo de outras cidades nordestinas, tem recebido um número expressivo de visitantes. Mas o apelo da cidade é de outra ordem. É comum ouvir slogans como "Neste Carnaval vamos fazer a cabeça" ou "Neste Carnaval saia de alma lavada", indicando um tipo singular de "folia carnavalesca". Desde 1992, Campina Grande abriga o "Carnaval da Alma", evento anual oficialmente conhecido como "Encontro Para a Nova Consciência: O pensamento da cultura emergente".Ao encontro em Campina Grande comparecem anualmente representantes de diferentes universos confessionais, tradições de cura e artes divinatórias, o que proporciona, além da manifestação de um conjunto de práticas e vivências, reflexões sobre dilemas da contemporaneidade, entre os quais se destacam as questões da tolerância, da paz, da globalização.A princípio, um encontro que, de acordo com alguns dos seus pioneiros e assíduos frequentadores, propunha reunir pessoas dispostas a discutir questões que dizem respeito à humanidade no seu conjunto e a cada um em particular, a partir da ênfase na diversidade, na tolerância e no diálogo. Desde o início das atividades, na década da virada do milênio, esse evento articulou-se de modo significativo com
O artigo contempla experiências de jovens mulheres universitárias, oriundas de uma pequena comunidade rural no interior cearense, que se deslocam diariamente para cursar o ensino superior na cidade de Sobral. Buscamos identificar tensões na formulação de suas identidades e projetos de vida, provocadas pela experimentação do espaço urbano como parte desses deslocamentos. Atentando para as dimensões de gênero, interessa-nos compreender como os usos da cidade produzem metamorfoses no curso de vida das interlocutoras, que tem repercussões na comunidade de onde são provenientes e, principalmente, nas relações com o núcleo familiar, As trajetórias dessas mulheres, construídas entre o campo e a cidade, apontam para o trânsito por universos de significado e domínios simbólicos heterogêneos, fomentados a partir da experiência urbana, que impactam na (re)formulação de seu próprio ser, dos seus projetos e da relação com a comunidade rural e a família.
No ano de 2016, no Brasil, aconteceram ocupações escolares e em universidades de todo o país, escolas de ensino básico, institutos federais e universidades foram ocupadas por estudantes, que dentre as várias pautas, se posicionavam contrários a PEC 241, que congelava os financiamentos públicos com saúde e educação por 20 anos. Nessas ocupações questões sobre gênero, raça e sexualidades foram discutidas, proporcionando a construção de redes e grupos que após as ocupações continuaram suas articulações, dando corpo a criação de coletivos dentro dos espaços educacionais, destacando aqui os coletivos feministas. O objetivo então desse artigo é trazer dados etnográficos coletados nos anos de 2017 e 2018 que acessam as narrativas e experiências que estavam sendo construídas dentro desses espaços de reivindicações, enfatizando a relação entre contextos educacionais, gênero e sexualidades. As análises e reflexões desencadeadas em campo sinalizam que existem momentos em que acontecimentos cotidianos disparam reações e mobilizações do(a)s estudantes, provocando debates e enfrentamentos diante de pessoas e instituições. Além disso, pontuamos os diálogos entre as ativistas dos coletivos feministas educacionais com os movimentos feministas historicamente organizados e uma forte ligação com as redes sociais virtuais e os movimentos à nível nacional. Nesse campo, as relações de gênero e sexualidades estão em constantes aproximações, em alguns momentos provocando importantes articulações, e em outros negociações tensionadas. Possibilitando a construção de práticas de resistência diante de situações de desigualdades ou injustiças sociais, mas também reproduzindo e normatizando convenções sociais e discursos hegemônicos.
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