"Este artigo visa proporcionar um espaço de reflexão para o Professor que ensina Matemática, desde o planejamento de suas aulas semestrais ou anuais até a sua prática efetiva em sala de aula. A expectativa é de quebrar o paradigma tradicional do tratamento de objetos deste ensino de forma puramente matemática, e alimentar esse paradigma com alguns elementos teóricos da Didática da Matemática, que compõem a Unidade zero apresentada neste artigo. A introdução mencionada no título contempla, portanto, esse espaço de reflexão e as práticas efetivas de estudantes em formação universitária, em cursos de ciências exatas e tecnológicas de uma Universidade pública brasileira, que vêm se beneficiando desta introdução nos últimos anos. Os resultados apresentados pelos estudantes sustentam que a Unidade zero se mostra como uma alternativa promissora na aprendizagem, pois, funciona como metodologia que contribui no melhor acompanhamento, no entendimento e consolidação dos objetos matemáticos ensinados, vislumbrando-se, além da mobilização desses objetos em diferentes registros, a relação entre a teoria e a prática."
Neste artigo, temos como objetivo analisar as práticas efetivas de alunos do 2o ano do Ensino Médio quando realizam tarefas sobre a representação de sólidos geométricos no ambiente papel/lápis, a partir da manipulação de modelos de Projetos de Construção de Objetos Concretos (PCOC) “que se leem peceocê”, obtidos por prototipagem rápida na impressora 3D. Para tanto, nos apropriamos da Análise Institucional e Sequência Didática como metodologia de pesquisa. Mergulhamos os estudos no quadro teórico constituído pela Teoria Antropológica do Didático, com ênfase na sua abordagem praxeológica, para fornecer-nos elementos de análise das técnicas e discursos tecnológico-teóricos, em Geometria Espacial, mobilizados pelos alunos nas suas práticas efetivas. Os resultados obtidos revelam que os alunos conseguem representar os sólidos considerados no ambiente papel/lápis, mas não indicam e nem descrevem as técnicas que utilizam nas referidas representações durante a realização das suas práticas efetivas. Este é, portanto, um problema da instituição de referência, em particular o 2o ano do Ensino Médio, que não fornece uma formação aos alunos envolvendo as referidas indicações e descrições, conforme procedemos no desenvolvimento da nossa análise a priori em torno dos PCOC que trabalhamos com estes alunos.
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