In widespread informal gold mining in the Amazon Basin, mercury is used to capture the gold particles as amalgam. Releases of mercury to the environment have resulted in the contamination of freshwater fish with methylmercury. In four comparable Amazonian communities, we examined 351 of 420 eligible children between 7 and 12 years of age. In three Tapaj6s villages with the highest exosures, more than 80% of 246 children had hair-mercury concentrations above 10 peg, a limit above which adverse effects on brain development are likely to occur.

No abstract

Mercury (Hg) contamination is an issue of concern in the Amazon region due to potential health effects associated with Hg exposure in artisanal gold mining areas. The study presents a human health risk assessment associated with Hg vapor inhalation and MeHg-contaminated fish ingestion, as well as Hg determination in urine, blood, and hair, of human populations (about 325 miners and 321 non-miners) from two gold mining areas in the Brazilian Amazon (São Chico and Creporizinho, Pará State). In São Chico and Creporizinho, 73 fish specimens of 13 freshwater species, and 161 specimens of 11 species, were collected for total Hg determination, respectively. The hazard quotient (HQ) is a risk indicator which defines the ratio of the exposure level and the toxicological reference dose and was applied to determine the threat of MeHg exposure. The mean Hg concentrations in fish from São Chico and Creporizinho were 0.83 ± 0.43 and 0.36 ± 0.33 μg/g, respectively. More than 60 and 22 % of fish collected in São Chico and Creporizinho, respectively, were above the Hg limit (0.5 μg/g) recommended by WHO for human consumption. For all sampling sites, HQ resulted from 1.5 to 28.5, except for the reference area. In Creporizinho, the values of HQ are close to 2 for most sites, whereas in São Chico, there is a hot spot of MeHg contamination in fish (A2-São Chico Reservoir) with the highest risk level (HQ = 28) associated with its human consumption. Mean Hg concentrations in urine, blood, and hair samples indicated that the miners group (in São Chico: urine = 17.37 μg/L; blood = 27.74 μg/L; hair = 4.50 μg/g and in Creporizinho: urine = 13.75 μg/L; blood = 25.23 μg/L; hair: 4.58 μg/g) was more exposed to mercury compared to non-miners (in São Chico: urine = 5.73 μg/L; blood = 16.50 μg/L; hair = 3.16 μg/g and in Creporizinho: urine = 3.91 μg/L; blood = 21.04 μg/L, hair = 1.88 μg/g). These high Hg levels (found not only in miners but also in non-miners who live near the mining areas) are likely to be related to a potential hazard due to exposure to both Hg vapor by inhalation and to MeHg-contaminated fish ingestion.

No abstract

Este artigo é uma revisão das pesquisas da Seção de Meio Ambiente do Instituto Evandro Chagas/FUNASA sobre exposição ao mercúrio (Hg) no vale do rio Tapajós e Estado do Acre, e exposição ao arsênio (As) através de resíduos da exploração de manganês (Mn) realizada pela ICOMI deixados no Porto de Santana-AP. Em relação ao mercúrio, têm sido pesquisadas populações sob risco através da via respiratória ou alimentar. No primeiro caso, os trabalhadores de casas de compra e venda de ouro têm apresentado teores mais elevados de Hg em urina do que os garimpeiros estudados. No segundo caso, as populações ribeirinhas têm mostrado níveis diferenciados de exposição (Hg em cabelo). Comunidades ribeirinhas situadas em áreas não afetadas pelo mercúrio da garimpagem e com hábitos alimentares semelhantes às de área de risco têm sido avaliadas, visando a construção de parâmetros de normalidade regional. São também pesquisados os teores de Hg em materiais ambientais e na biota aquática. Os estudos de saúde humana e ambiente na cidade de Santana-AP objetivaram avaliar as fontes e possíveis vias de exposição da população da comunidade do Elesbão ao arsênio. Verificou-se a existência de fonte de risco através dos rejeitos de Mn, porém os níveis de As na água consumida pela população mostraram-se dentro dos parâmetros de normalidade. As médias encontradas em sangue e cabelo coincidem com médias de normalidade referidas na literatura, em populações não expostas, e as associações entre variáveis epidemiológicas, avaliação clínico-laboratorial e os teores de arsênio não mostraram significância estatística.