VIEIRA, Elisa. The city and the government of men: on the education foundations of contemporary urbanity. 2012. 96f. Dissertação (Mestrado
Este é um artigo de acesso aberto, licenciado por Creative Commons Attribution License (CC-BY 3.0), sendo permitidas reprodução, adaptação e distribuição desde que o autor e a fonte originais sejam creditados. Resumo:A partir da constatação de uma intensificação, na atualidade, de iniciativas de cunho dito formativo em contextos não escolares, este artigo, apoiado em algumas formulações de Michel Foucault, propõe-se a problematizar a educação urbana como um dos locus da governamentalidade contemporânea. Mais especificamente, empreendemos um trabalho investigativo da literatura acadêmica sobre as relações entre cidade e educação e, em especial, de documentos concernentes ao projeto da cidade educadora. A análise permitiu-nos concluir que há, em curso, a produção de um modo intensivo de governo das populações baseado em uma experiência pedagogizada da cidadania, esta consubstanciada na disseminação de práticas educativas não formais. Palavras-chave: cidade educadora, governamentalidade, Michel Foucault.Abstract: The starting point of this article is the detection of an intensifi cation of theoretical and practical initiatives considered formative in non-school contexts. Based on some formulations of Michel Foucault, we propose to discuss the urban education as a locus of contemporary governmentality. More specifi cally, we undertook an investigation of the academic literature on the relations between city and education and, particularly, of documents concerning the educating city project. The analysis allowed us to conclude that there is an ongoing production of an intensive mode of government of populations based on a pedagogized experience of citizenship involving the dissemination of non-formal educational practices.
Resumo: Com base nas reflexões da antropologia da vida cotidiana, de Nadia Seremetakis, este trabalho propõe uma análise das configurações do espaço cotidiano e das imagens da mulher no romance La Plaza del Diamante, da escritora catalã Mercè Rodoreda. Essa obra nos remete, por sua vez, a um período particularmente conflituoso da história espanhola contemporânea -a guerra civil e o primeiro franquismo -e a um espaço emblemático da resistência ao fascismo: a Barcelona dos anos 1930. A percepção que a protagonista do romance tem desse espaço-tempo tangencia os grandes fatos e concentra-se nos objetos que condensam a história e a memória da cidade. Palavras-chave: Espaço cotidiano; imagem feminina; Barcelona; Guerra Civil Espanhola; Mercè Rodoreda. Abstract:Based on the reflections of the anthropology of everyday life, by Nadia Seremetakis, this paper proposes an analysis of the everyday space settings and women's images in the novel La Plaza del Diamante, by the Catalan writer Mercè Rodoreda. At the same time, this work takes us to a particularly contentious moment of the contemporary Spain history -the civil war and the first Francoism -and to an emblematic area of resistance to fascism: the Barcelona of the 1930s. The protagonist's perception of this space-time touches the great facts and focuses on objects that encapsulate the history and memory of the city.
http://dx.doi.org/10.5007/2175-795X.2016v34n3p769A título de inscrição no debate acerca daquilo que alguns autores têm denominado pedagogização ou educacionalização do social, o presente trabalho propõe-se a abordar a performatividade discursiva em torno da intensificação de práticas educacionais para além de sua versão formal, compreendendo esse movimento como um processo sócio-histórico de inegável impacto na gestão de condutas humanas e, por extensão, na conformação de cidadãos educáveis. A análise, cuja fundamentação teórico-metodológica dialoga estreitamente com o pensamento de Michel Foucault, empreende uma contextualização cartográfica das iniciativas teóricas e práticas em torno da educação não escolar, tendo como base um conjunto de textos publicados em dez periódicos nacionais de ampla circulação na área da educação durante as últimas duas décadas (1995-2014). Tal material empírico, aqui entendido como locus de circulação e validação do que se tem produzido nas práticas pedagógicas não formais em tempos recentes, oferece ocasião privilegiada para a problematização das novas feições que o horizonte educacional vem assumindo. Trata-se, assim, de compor um inventário de tematizações, teorizações e métodos que se afirmam a reboque de práticas educacionais situadas fora do escopo clássico da instituição escolar e que, segundo nossa hipótese, portariam um proeminente acento educacionalizante a investir os modos de vida contemporâneos.
Tendo como guia um corpo-memória, que ao recuperar o passado a partir do não-dito revela sua latência no presente, em Jamás el fuego nunca (2007), de Diamela Eltit, literatura, política e História cruzam-se a todo tempo. Trata-se de uma narrativa na qual uma mulher sem nome rememora episódios passados ao mesmo tempo em que examina a banalidade do presente que compartilha com seu companheiro, o antigo líder de uma célula militante. Retomando a memória da ditadura chilena a partir daquele que talvez seja seu traço mais sinistro – o desaparecimento –, nesse romance, Eltit se aproxima da realidade histórica para acrescentar à discussão uma perspectiva irrealizável fora do horizonte da arte. Neste artigo, interessa-nos investigar em que medida a conversão desse rastro do passado em estratégia estética – ao colocar em disputa outras formas de visibilidade e inteligibilidade – dialoga com o conceito de História elaborado por Walter Benjamin.
Resumo: Este artigo objetiva apresentar, em linhas gerais, os estudos desenvolvidos atualmente por sua autora a respeito de fotorrelatos publicados ao longo da década de 1960 na Espanha e em países latino-americanos, cujo tema central é a cidade e seu cotidiano. Entre essas obras, destacam-se a coleção Fotografías al minuto, com texto de Camilo José Cela e fotos de Enrique Palazuelo, e Izas, rabizas y colipoterras, com fotografias de Joan Colom e textos também de Cela. A análise dessas e outras obras tem permitido não só uma reflexão em torno da inter-relação entre texto e imagem, como também alguns questionamentos sobre um possível ressurgimento, em plena década de 1960, do costumbrismo. Na realização desta pesquisa têm sido fundamentais desde os estudos sobre imagem até os que se dedicam à estética costumbrista e ao discurso mimético e suas transgressões.Palavras-chave: fotorrelatos; costumbrismo; cotidiano; cidade; Camilo José Cela; Enrique Palazuelo; Joan Colom. Abstract:This article aims to present, in general lines, the studies that its author has currently developed regarding photo-reports published throughout the 1960s in Spain and in Latin America countries, whose central theme is the city and its daily life. Among these works are the collection Photographs per Minute, with text by Camilo José Cela and photos by Enrique Palazuelo, and Izas, rabizas y colipoterras, with photographs by Joan Colom and texts by Cela. The analysis of these and other works has allowed not only a reflection on the interrelation between text and image, but also some questioning about a possible resurgence of Costumbrism on the mid 1960s. For this research, some studies on imagery as well as those concerning Costumbrism aesthetic and the mimetic discourse and its transgressions have been fundamental.
O principal objetivo deste trabalho é analisar o ressurgimento do gênero costumbrista na Espanha da década de 1960, quando relatos de cenas do cotidiano e retratos de tipos urbanos passaram a ser acompanhados de fotografias-documento. Nesse período, a relação entre texto literário e fotografia foi amplamente cultivada através da publicação de uma série de fotolivros, tanto na Espanha quanto na América Latina. O corpus principal desta pesquisa é o fotolivro Nuevas escenas matritenses, que reúne fotografias de Enrique Palazuelo e textos de Camilo José Cela, no qual a aproximação entre palavra e imagem ora potencializa o processo de fabulação, ora gera tensão entre os dois meios. Para a realização dessa análise, recorreu-se às reflexões de Joan Fontcuberta e André Rouillé sobre os limites e o poder transformador do realismo fotográfico, assim como às observações de Christoph Rodiek sobre a obra de Camilo José Cela e às de Karl Erik Schøllhammer sobre a relação entre palavra e imagem.
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