Este artigo se propõe, a partir da perspectiva histórico-cultural, apresentar uma experiência de intervenção de Psicologia da saúde, em uma sala de espera de uma Unidade Básica de Saúde na cidade de Uberlândia/MG. Trata-se de estranhar os olhares e, onde parece haver apenas um agrupamento de pessoas, de realizar uma roda de conversa semanal mediada por estagiários de Psicologia, construindo encontros e saberes que potencializam o cuidado dos sujeitos consigo mesmos e com os outros. Tendo uma compreensão teórico-prática baseada na indissociabilidade entre ética, estética e afetividade, investimos em grupos que ativassem a vida, com o intuito de desprender os sujeitos dos automatismos do cotidiano, em um movimento de descristalização dos sentidos acerca de si mesmo e dos outros. Os resultados apontam a promoção da saúde na medida em que (re)ativam potências, articulam vivências, geram reflexões, sensações e (re)significações.
ResumoPara o profissional, principalmente em formação, o registro das vivências em diário de campo permite uma reflexão e uma revisão de suas práticas. Este artigo investiga os diários de campo escritos por estagiárias de psicologia, a partir de intervenções em uma sala de espera de uma Unidade Básica de Saúde, no formato de rodas de conversa, durante o ano de 2013. A análise documental somada a análise por núcleos de significação, permitiu a discussão a partir de três núcleos: reflexões sobre a preparação das rodas de conversa; impressões e sentimentos sobre a experiência de coordenar as rodas; reflexões sobre a formação do psicólogo. O diário de campo permite uma certa materialização do vivido, e sendo registro de experiências permite que diversas situações vividas no processo de formar-se psicólogo sejam repensadas com o cuidado necessário. Palavras-chave: Diário de Campo, Formação em Psicologia, Práticas Grupais AbstractFor the professional, mainly in training, the recording in field journal allows a reflection and a review of their practices. This article analyzes the field diaries written by psychology trainees, from interventions in a waiting room of a basic health Unit, in the format of talk wheels, during the year 2013. The documentary analysis added the analysis by nuclei of signification, allowed the discussion from three nuclei: Reflections on the preparation of the conversation wheels; Impressions and feelings about the experience of coordinating the wheels; Reflections on the formation of the psychologist. The field diary allows a certain materialization of lived experience, and being a record of experiences allows several situations experienced in the process of forming a psychologist to be rethought with the necessary care.
This paper presents a practice in health psychology as part of the professional traineeship carried out in a waiting room of a Primary Health Center (Unidade Básica de Saúde) in a city in Minas Gerais state. Based on three meetings, it is discussed popular education as a theoretical and practical tool for health education in primary care. During these meetings we tried to promote health care through conversations, using aesthetic resources as facilitators and to stimulate discussions. Forming groups in a way everyone could equally participate in the discussions was crucial to encourage reflections, share experiences and question established truths.
IntroduçãoO presente trabalho consiste em um recorte da pesquisa realizada em uma escola de circo cujas reflexões versam sobre a atividade circense enquanto atividade criadora e experiência estética. Para a psicologia histórico-cultural é "através da atividade humana que o ser humano transforma o contexto social no qual se insere e nesse processo constitui a si mesmo como sujeito, ou seja, constituiu o seu psiquismo" (ZANELLA, 2005, p. 101). A atividade humana pode se caracterizar na simples repetição de algo já criado, como pode ir além, criando algo novo, imaginando novas situações, definindo-se como atividade criadora (VIGOTSKI, 1999).Por atividade criadora compreendemos, a partir de Vigotski (2009) e o círculo de Bakhtin (1976Bakhtin ( [1926Bakhtin ( ], 2003, que o sujeito parte da realidade e a transforma, transformando-se neste movimento, a partir do modo como, neste processo, (re) significa o seu contexto e a si mesmo. A atividade é criadora, então, quando o sujeito partindo dos elementos percebidos na realidade e (re) configurados na imaginação, produz algo novo. A atividade criativa ou criadora transcende o cotidiano, permitindo que o sujeito se distancie em relação a ele e, emocionando-se diferentemente, objetive uma subjetividade.Deste modo, as objetivações artísticas, neste caso a atividade circense, passam a ser compreendidas como espaço de produção de novos sentidos, como possibilidade de experimentar diferentemente o cotidiano. Esta atividade criadora se faz experiencia estética, "enquanto dimensão sensível, enquanto modo específico de relação com a realidade, pautado por uma sensibilidade que permita reconhecer a polissemia da vida e transcender o caráter prático utilitário da cultura capitalística [...]" (ZANELLA, 2006, p. 36). Ao tornar-se artista circense o sujeito não demonstra seus "dons" ou "qualidades inatas", mas apresenta qualidades provenientes de sua história, de seu desejo de ser, mas acima de tudo, neste espaço (re) descobre sua história, (re) descobre seu desejo de ser.A discussão aqui proposta centra-se na relação de alteridade, e no olhar do contemplador, que conferindo acabamento ao personagem, media a constituição dos sujeitos-aprendizes. Por acabamento Bakhtin (2003) esclarece que é o sentido de que algo tem inicio, meio e fim, e por ter fim, ter limite, é que se abre para fora de si mesmo, ou seja, produz exterioridade e permite ao contemplador produzir sua leitura, sua interpretação, seu sentido. No caso do circo, o personagem tem acabamento, o que permite ao contemplador produzir sentidos sobre ele, sentidos estes que transcendem o personagem e alcançam o sujeito/aprendiz.
In this article, we present a low-cost lab experience, enhanced by new technologies and easy to execute. The objective of the experiment is to explore the moment of inertia of a fidget spinner quantitatively. Our choice was to integrate the teaching of physics with the use of a popular toy, the fidget spinner, very popular among young people and children all over the world. There are several papers with teaching suggestions regarding the fidget spinner that have been developed recently. Various physical concepts can be demonstrated with the fidget spinner, for example, angular speed, torque, and moment of inertia. The experience developed here can be used by teachers from high schools, colleges, and universities.
ResumoOs estudos biográficos abrangem uma importante orientação teórico-metodológica que vem sendo desenvolvida nas ciências humanas e sociais, nos quais há valorização do sentido atribuído pelo sujeito aos acontecimentos ou situações narradas. Este artigo tem como objetivo discutir e comparar os métodos da história de vida, pesquisa narrativa e testimonio, por meio da análise do contexto histórico de sua emergência, da definição de seu conceito central, dos procedimentos metodológicos, de suas principais contribuições, bem como das crí-ticas mais significativas, destacando assim, suas semelhanças e diferenças.
Neste trabalho, investigamos uma experiência de baixo custo para explorar a física quando uma “folha de água” está em rotação, sob a ação das forças peso e normal. Uma porção de água com corante de alimento vermelho foi colocada em um recipiente que construímos com acrílico transparente no formato de um paralelepípedo, esse recipiente foi acoplado em um fidget spinner que permite o sistema girar em torno de seu eixo vertical. Estudamos a física envolvida nesse problema e calculamos a curva teórica que descreve o comportamento da água em rotação. Verificamos que a curva depende da largura do recipiente e da velocidade angular. Usamos o aplicativo Phyphox livre para fazer as medidas da velocidade angular e podemos comparar a curva teórica com a curva experimental. Para fazer essa comparação, fizemos um applet no software GeoGebra que possibilitou comparar a teoria com uma foto da experiência.
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