RESUMOObjetivo: análise de desvios vocais em sujeitos com gagueira do desenvolvimento. Métodos: participaram 23 sujeitos adultos, de ambos os sexos, com graus variados de gagueira, de acordo com a Escala de severidade de Yowa. Foi realizada análise perceptivo-auditiva da voz pela escala GIRBAS, com a inclusão de aspectos adicionais, além de análise acústica de parâmetros vocais e leitura espectrográfica. Resultados: qualidade vocal alterada para 13% dos indivíduos, na vogal sustentada, com instabilidade (69,57% em grau leve e 20% em grau moderado) e rugosidade (48,70% em grau leve e 11,30% em grau moderado); alterações na normalidade na fala encadeada, com rugosidade (59,13% em grau leve e 1,74% em grau moderado) e tensão ocasional (46,08% em grau leve e 3,49% moderado). Foi encontrada grande inconsistência nos valores de tempo máximo de fonação intra-sujeito e elevada variabilidade inter-sujeitos. O padrão espectrográfico revelou instabilidade, tanto pela presença de quebra de sonoridade (21,74%), como pela presença de sub-harmônicos (30,43%), variabilidade da freqüência fundamental e qualidade vocal (8,7% para ambas). A análise dos parâmetros acústicos selecionados indicou alteração de shimmer (91,30%) e de jitter (34,78%). Conclusões: desvios vocais em gagos são discretos, mas evidenciados na tarefa de vogal sustentada, sem relação com o grau de gagueira. As alterações são sugestivas de instabilidade neuromotora no sistema fonoarticulatório.
Objetivo Verificar o efeito do feedback auditivo atrasado (delay auditory feedback) e da retroalimentação com a frequência alterada (frequency altered feedback) em indivíduos que manifestam gagueira. Métodos Foram selecionados 16 indivíduos adultos com diagnóstico de gagueira, de ambos os gêneros, faixa etária entre 17 e 49 anos e com, no mínimo, 8 anos de escolaridade. Os indivíduos foram distribuídos em dois grupos, sendo um grupo (G1) formado por oito indivíduos gagos submetidos à terapia de fala com o uso do aparelho SpeechEasy® e o outro (G2), formado por oito indivíduos gagos submetidos à terapia sem o uso do aparelho. Todos os indivíduos passaram por avaliação fonoaudiológica convencional, avaliação específica da fluência da fala, avaliação audiológica básica e treinamento de fala com ou sem o uso do aparelho. Os dados obtidos foram submetidos à análise estatística pertinente. Resultados Nos grupos G1 e G2 houve diminuição significativa do grau de gagueira e das disfluências atípicas na avaliação final, quando comparada à inicial. Conclusão Houve melhora do grau da gagueira com o treinamento de fala em ambos os grupos, com tendência do G1, que utilizou o dispositivoSpeechEasy®,para apresentar maior redução no índice de disfluências e maior ganho nas taxas de velocidade articulatória e de produção de informação.
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