The use of drugs during pregnancy still represents a challenge for medicine, since the majority of drugs cross the placental barrier with a potential to cause several congenital problems to the fetus, and most of them have not been clinically tested in pregnant patients. At the same time, the medicalization phenomenon, self-medication, and lack of patient information about the misuse of medicines are additional problems. Thus, the aim of this study was to evaluate the pattern of medicine consumption in high-risk pregnancies and the determinants related to this consumption pattern. In order to do so, a cross-sectional descriptive study was performed with puerperal women who had a history of high-risk pregnancy. Statistically significant associations were found between self-medication and fewer prenatal visits, and cigarette use during pregnancy and a higher number of children. According to these data, the vulnerability of this population to the risks of drug use is evident, demonstrating a gap that requires urgent interventions in health-care education.Uniterms: Medicines/adverse effects. Pregnancy/medicines use. Self-medication. Health education.O uso de medicamentos na gestação representa, ainda hoje, um desafio para a medicina, visto que grande parte dos fármacos atravessa a barreira placentária e, na maioria, não foi testada clinicamente em gestantes, podendo vir a ocasionar diversos problemas congênitos ao feto. Ao mesmo tempo, a automedicação, o fenômeno da medicalização e a falta de informação sobre os riscos do mau uso de medicamentos são problemas adicionais. Diante disto, o objetivo deste estudo consistiu em avaliar o padrão de consumo de medicamentos na gestação de alto risco e os determinantes relacionados ao seu padrão de consumo. Para tanto, realizou-se um estudo descritivo de corte transversal com puérperas, que apresentaram gestação de alto risco. Verificaram-se associações estatisticamente significativas entre automedicação e mulheres com menor número de consultas de pré-natal, uso de cigarro na gestação e maior número de filhos. De posse destes dados, fica evidente a vulnerabilidade dessa população aos riscos decorrentes do uso de medicamentos, sendo esta lacuna um campo de prática com necessidade de intervenções urgentes no âmbito da educação em saúde.Unitermos: Medicamentos/efeitos adversos. Gestação/uso de medicametos. Automedicação. Educação em saúde.
Introdução: A transexualidade é um conjunto de modo e vivências de indivíduos que se identificam com os atributos sociais e sexuais que desviam do gênero designado ao nascer. O processo transexualizador é um programa que compõe a política de saúde brasileira e compreende um conjunto de estratégias de atenção à saúde, onde estão incluídos procedimentos de diferentes graus de complexidade para o processo de transformação de indivíduos transexuais. Objetivo: Caracterizar o perfil dos usuários de um serviço de referência, os números produzidos pelo serviço e as principais demandas relativas ao processo transexualizador. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, descritivo e exploratório. Os dados foram coletados através dos registros dos usuários que estão vinculados ao processo e dos procedimentos realizados pelo serviço. Resultados: Os dados coletados (N=180) indicam que parcela significativa é integrada por mulheres trans (66%). A maioria reside na região metropolitana do Recife (81%). Em relação à faixa etária, 65% estão entre 18 e 30 anos. Já foram realizadas Cinquenta e nove (59) cirurgias de trangenitalização em mulheres trans, dezesseis (16) implantes de próteses mamárias e dezessete (17) tireoplastia. Em homens trans, dezoito (18) realizaram mamoplastia masculinizadora e três (3) realizaram histerectomia. O serviço analisado é o único do Norte-Nordeste que oferece atendimento integral à pessoa trans e por isso a procura é alta e há um estrangulamento em atender às demandas. Atualmente existe uma lista de aproximadamente 580 pessoas na fila de espera.
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