RESUMOEste artigo se propõe a evidenciar algumas características presentes em muitos dos ensaios de implantação dos ciclos escolares no país, bem como as justificativas para a sua adoção. Assim o faz por entender que o domínio das representações e da cultura, bem como o das fundamentações teóricas e das razões políticas que compõem as justificativas é um dos mais significativos na constituição das múltiplas determinações das reformas educacionais. São revisitados alguns textos antológicos da Histó-ria da Educação Brasileira que situam a discussão em décadas passadas, bem como registradas iniciativas de adoção dos ciclos em diferentes períodos e em espaços diversos, recuperando-se inclusive dados de pesquisa sobre as propostas curriculares dos estados e de alguns municípios, vigentes entre 1985 e 1995. HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO BRASIL CURRÍCULOS REFORMA DO ENSINO POLÍTICAS EDUCACIONAIS ABSTRACT SCHOOL CYCLES: ELEMENTS OF A TRAJECTORY. This article proposes to show some of the characteristics present in many of the attempts to implant school cycles in the country, as well as the justification for their adoption. It states that dominion of representation of culture, as well as of the theoretical fundamentals and political logic that comprise the justifications are the most significant points among the multiple determinants of educational reform. Some basic texts in the history of Brazilian education, which locate the discussion in the past decades, are reviewed along with recorded initiatives in adopting the cycles during different periods and in diverse locations. Data from research on curriculum proposals in some of the states and cities, in effect between 1985 and 1995 is reviewed and recovered.
RESUMOO objetivo deste trabalho é examinar alguns ensaios de inovação que vêm ocorrendo no ensino de nível médio e destacar elementos que possam contribuir para sua interpretação bem como para a formulação de políticas de apoio e de orientação às escolas. Em um primeiro momento, examinam-se a centralidade do ensino médio no conjunto das reformas educativas, o direcionamento destas reformas no contexto da mudança do papel do Estado e as questões relativas à formação geral e à formação profissional. A segunda parte deste ensaio é dedicada ao exame de alguns conceitos de reforma e de inovação e à descrição e análise de relatos de experiências e ensaios de inovação realizados por escolas de nível médio. São relatos apresentados por escolas públicas estaduais que participaram da primeira fase do Programa de Expansão e Melhoria do Ensino Médio da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo 1 , entre os anos 2000 e 2001. Os relatos apresentados, com exceção daqueles referentes à gestão da aplicação dos recursos financeiros distribuídos pelo programa, referem-se a ensaios de inovação realizados pelas escolas antes de sua vinculação a ele. ENSINO MÉDIO -ENSINO DE 2º GRAU -ESCOLAS PÚBLICAS -REFORMA DO ENSINO -INOVAÇÃO O Programa de Expansão e Melhoria do Ensino Médio da Secretaria de Estado da Educaçãode São Paulo visa oferecer às escolas apoio financeiro e técnico para o desenvolvimento de seus projetos pedagógicos à luz das diretrizes para o ensino médio contidas na nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional -LDB -, Lei 9.394/96, e das Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio, Resolução n. 15 de 1998 do Conselho Nacional de Educação. Participaram, em sua primeira etapa, 192 escolas, que correspondem aproximadamente a 10% do total da rede pública estadual, escolhidas dentre um grupo de instituições que se inscreveu voluntariamente para participar. Os critérios de seleção utilizados garantiram um perfil heterogêneo do conjunto das escolas, que foram avaliadas segundo índices de evasão e repetência, equipamentos de informática e laboratórios, estabilidade do corpo docente, projetos desenvolvidos e em desenvolvimento, desempenho em avaliação externa, entre outros. Portanto, as escolas selecionadas constituíram um conjunto que variou desde as menos aquinhoadas em termos de recursos disponíveis e de baixo desempenho até as melhores, situadas no topo do ranking de avaliação, numa distribuição próxima a uma curva normal.
Este artigo examina as crescentes demandas por acesso ao ensino superior em período em que se assiste a um deslizamento do debate sobre igualdade de oportunidades do plano da educação obrigatória para o terreno da educação superior. Representando os interesses dos novos grupos de concluintes de educação básica, proliferaram, a partir do final dos anos 90, dentro de movimentos sociais voltados para segmentos desassistidos da população, cursos preparatórios ao ensino superior, gratuitos e sem fins lucrativos. No âmbito das universidades públicas do Estado de São Paulo, igualmente sensíveis às urgências sociais da inclusão, registram-se também ações favoráveis ao acesso e à permanência desses segmentos sociais nos cursos oferecidos. O artigo analisa as ambigüidades e as aberturas presentes em programas preparatórios ao ensino superior, tomando como referência o Programa Pró-Universitário, voltados aos alunos da série terminal da educação básica, pertencentes à rede estadual de ensino, desenvolvido pela Universidade de São Paulo em parceria com a Secretaria de Estado da Educação. Traz uma análise do perfil dos alunos participantes e uma reflexão sobre os efeitos desse tipo de iniciativa sobre a relação dos jovens com o saber e sobre a construção de suas identidades. Sugere que a ação afirmativa para a inclusão de jovens dos segmentos populares em instituições públicas de ensino superior requer uma proposta educativa na qual a socialização e a aprendizagem estejam intimamente ligadas. O domínio dos saberes preparatórios aos exames de acesso deixa de ser considerado apenas pelo valor instrumental e adquire outros significados como uma nova maneira de ver o mundo, relacionar-se consigo mesmo e com o outro.
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