O uso de medicamentos fitoterápicos vem crescendo mundialmente entre os programas preventivos e curativos, e tem estimulado a avaliação dos extratos de plantas para o uso na odontologia como controle do biofilme dental e outras desordens bucais. As plantas do gênero Lavandula, pertencem à família Lamiaceae, e têm sido utilizadas através dos anos para uma variedade de propósitos cosméticos e terapêuticos. Sua utilização na odontologia é, na grande maioria dos estudos, devido ao seu potencial ansiolítico. Entretanto, a Lavandula angustifólia demonstra outros potencias farmacológicos, como sua atividade antimicrobiana, antifúngica, anti-inflamatória e antinociceptiva. O presente estudo teve como objetivo integrar os conhecimentos já existentes sobre os aspectos das propriedades farmacológicas da Lavandula angustifolia Miller e sua aplicação na Odontologia. Trata-se de uma revisão bibliográfica no qual foi realizada uma seleção de artigos científicos a partir das bases de dados: Lilacs, MEDLINE, BVS e Scielo, além de monografias que atenderam aos requisitos do tema abordado, no período 2008 a 2018 com exceção de artigos clássicos que se apresentaram imprescindíveis ao presente estudo. Obteve-se um total de 1.532 artigos. Foram selecionados 38 artigos como amostra, que apresentaram a temática elencada para a pesquisa e que foram divididos por sessões: aspectos botânicos da planta; aspectos bioquímicos da planta; potencial antimicrobano; potencial anti-inflamatório; potencial ansiolítico e; potencial antinociceptivo. Pode-se concluir que a Lavandula angustifóliaMiller apresenta-se como uma boa alternativa para utilização na odontologia. Entretanto, a falta de trabalhos que abordem sua utilidade na odontologia revela a necessidade de se intensificar as pesquisas sobre o assunto.Descritores: Plantas Medicinais; Odontologia; Lavandula.ReferênciasFrancisco KSF. Fitoterapia: uma opção para o tratamento odontológico. Rev Saúde. 2010;4(1):18-24.Silveira SM, Cunha Júnior A, Scheuermann GN, Secchi FL, Silvani V, Marisete K et al . Composição química e atividade antibacteriana dos óleos essenciais de Cymbopogon winterianus (citronela), Eucalyptus paniculata (eucalipto) e Lavandula angustifolia (lavanda). Rev Inst Adolfo Lutz. 2012;71(3):462-70.Koulivand PH, Ghadiri MK, Gorji A. Lavender and the nervous system. Evid Based Complement Alternat Med. 2013;2013:681304.Verma RS, Rahman LU, Chanotiya CS, Verma RK, Chauhan A, Yadav A et al. Essential oil composition of Lavandula angustifolia Mill. cultivated in the mid hills of Uttarakhand, India. J Serb Chem Soc. 2010;75(3):343-48.Biasi LA, Deschamps C. Plantas Aromáticas: do cultivo à produção de óleo essencial. Curitiba: Layer;2009.Lorenzi, H, Matos EJA. Plantas medicinais do Brasil: nativas e exóticas. 2. ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum de Estudos da Flora;2008.Índice Terapêutico Fitoterápico (ITF). Petrópolis: Editora de Publicações Biomédicas;2008.Chioca LR. Avaliação do mecanismo de ação do efeito tipo ansiolítico da inalação do óleo essencial de lavanda em camundongos [tese]. Curitiba: Universidade Federal do Paraná;2013.Zabirunnisa M, Gadagi JS, Gadde P, Myla N, Koneru J, Thatimatla C. Dental patient anxiety: Possible deal with Lavender fragrance. J Res Pharm Pract. 2014;3(3):100-3.Platt ES. Lavender: How to grow and use the fragrant herb. 2. ed. Mechanicsburg PA: Stackpole Books;2009.Hajhashemi V, Ghannadi A, Sharif B. Anti-inflammatory and analgesic properties of the leaf extracts and essential oil of Lavandula angustifolia Mill. J Ethnopharmacol. 2003;89(1):67-71.Machado MP, Ciotta MN, Deschamps C, Zanette F, Côcco LC, Biasi LA. In vitro propagation and chemical characterization of the essential oil of Lavandula angustifolia cultivated in Southern Brazil. Cienc Rural 2013;43:283-89.Porto C da, Decorti D, Kikic I. Flavour compounds of Lavandula angustifolia L. to use in food manufacturing: Comparison of three different extraction methods. Food Chem. 2009;112(4):1072-78.Duke JA. Handbook of Medicinal Herbs. Flórida: CRC;2000.Mantovani ALL, Vieira GPG, Cunha WR, Groppo M, Santos RA, Rodrigues V et al . Chemical composition, antischistosomal and cytotoxic effects of the essential oil of Lavandula angustifolia grown in Southeastern Brazil. Rev. bras. farmacogn. 2013;23(6):877-84.Jianu C, Pop G, Gruia AT, Horhat FG. Chemical Composition and Antimicrobial Activity of Essential Oils of Lavender (Lavandula angustifolia) and Lavandin (Lavandula x intermedia) Grown in Western Romania. Int J Agric Biol. 2013;15(4):772-76.Lam M, Jou Pc, Lattif Aa, Lee Y, Malbasa Cl, Mukherjee Pk et al. Photodynamic therapy with Pc 4 induces apoptosis of Candida albicans. Photochem Photobiol. 2011;87(4):904-9.Pereira CA, Romeiro RL, Costa AC, Machado AK, Junqueira JC, Jorge AO. Susceptibility of Candida albicans, staphylococcus aureus, and streptococcus mutans biofilms to photodynamic inactivation: an in vitro study. Lasers Med Sci. 2011;26(3):341-48.Neville BW, Damm DD, Allen CM, Bouquot JE. Patologia Oral e Maxilofacial. 3. ed. Rio De Janeiro: Elsevier;2009.de Rapper S, Kamatou G, Viljoen A, van Vuuren S. The in vitro antimicrobial activity of lavandula angustifolia essential oil in combination with other aroma-therapeutic oils. Evid Based Complement Alternat Med. 2013;2013:852049.Uniyal V, Bhatt RP, Saxena S, Talwar A. Antifungal activity of essential oils and their volatile constituents against respiratory tract pathogens causing Aspergilloma and Aspergillosis by gaseous contact. J Appl Nat Sci. 2012;4(1):65-70.Ribeiro BP, Pereira WS, Sousa AIP, Guerra RNM, Nascimento FRF. Alteração no perfil bioquímico induzido por reação inflamatória granulomatosa em camundondos. Rev Ciênc Saúde. 2010;12(1):73-9.Rubin E, Gorstein F, Rubin R, Schwarting R, Strayer D. Patologia. Bases clínicopatológicas da Medicina. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan;2006.Silva GL. Avaliação da atividade antioxidante, antiinflamatória e antinociceptiva do óleo essencial de lavanda (Lavandula angustifolia Mill) [dissertação]. Dissertação (Mestrado). Porto Alegre: Universidade Católica do Rio Grande do Sul;2009.Cryan, JF, Sweeney FF. The age of anxiety: role of animal models of anxiolytic action in drug discovery. Br J Pharmacol. 2011;164(4):1129-61.Barik J, Marti F, Morel C, Fernandez SP, Lanteri C, Godeheu G et al. Chronic stress triggers social aversion via glucocorticoid receptor in dopaminoceptive neurons. Science. 2013;339(6117):332-35.Martin EI, Ressler KJ, Binder E, Nemeroff CB. The neurobiology of anxiety disorders: brain imaging, genetics, and psychoneuroendocrinology. Psychiatr Clin North Am. 2009;32(3):549-75.Oler JA, Fox AS, Shelton SE, Rogers J, Dyer TD, Davidson RJ et al. Amygdalar and hippocampal substrates of anxious temperament differ in their heritability. Nature. 2010;466(7308):864-68.Loggia ML, Schweinhardt P, Villemure MC, Bushnell Mc. Effects of psychological state on pain perception in the dental environment. J Can Dent Assoc. 2008;74(7):651-56.Carvalho RWF, Falcão PGCB, Campos GJL, Bastos AS, Pereira JC, Pereira MAS et al. Ansiedade frente ao tratamento odontológico: prevalência e fatores predictores em brasileiros. Ciênc Saúde Colet. 2012;17(7):1915-22.Siviero M, Nhani VT, Prado EFGB. Análise da ansiedade como fator preditor de dor aguda em pacientes submetidos à exodontias ambulatoriais. Rev Odontol UNESP. 2008;37(4):329-36Coelho LS, Correa-Netto NF, Masukawa MY, Lima AC, Maluf S, Linardi A et al. Inhaled Lavandula angustifolia essential oil inhibits consolidation of contextual-but not tone-fear conditioning in rats. J Ethnopharmacol. 2018;215:34-41.Oliveira RRB, Góis RMO, Siqueira RS, Almeida JRGS, Lima JT, Nunes XP et al . Antinociceptive effect of the ethanolic extract of Amburana cearensis (Allemão) A.C. Sm., Fabaceae, in rodents. Rev bras farmacogn. 2009;19(3):672-76.Millan MJ. Descending control of pain. Prog Neurobiol. 2002;66(6):355-474.Julius D, Basbaum AI. Molecular mechanisms of nociception. Nature. 2001;413(6852):203-10.Centers for Disease Control and Prevention. Unintentional drug poisoning in the United States. CDC: Atlanta, 2010. Disponível em: https://www.cdc.gov/homeandrecreationalsafety/pdf/poison-issue-brief.pdf.Donatello NN. Ativação de receptores opioides periféricos e espinais pela inalação do óleo essencial de lavandula augustifolia reduz hiperalgesia mecânica em modelos animais de neuropatia e inflamação crônica [dissertação]. Palhoça: Universidade do Sul de Santa Catarina, Pós-graduação em Ciências da Saúde;2017.Maior FNS. Atividade ansiolítica e antinociceptiva do óxido de linalol em modelos animais [tese]. João Pessoa: Universidade Federal da Paraíba;2011.
Introdução: A pneumonia nosocomial é definida como infecção do parênquima pulmonar que ocorre depois de aproximadamente 48 horas de internação e os principais microrganismos envolvidos nessa infecção são bastonetes Gram-negativos, é a complicação mais comum que ocorre entre os pacientes internados em UTIs, e os microrganismos que podem gerar essas infecções respiratórias estão predispostos à colonizar do biofilme bucal. Objetivo: Realizar uma revisão de literatura acerca da Pneumonia Nosocomial relacionada à odontologia, a fim de compreender fatores como aspectos gerais, tipos de bactérias mais frequentes, fisiopatologia, epidemiologia e o tratamento. Metodologia: As buscas foram realizadas no período de 10 de Janeiro a 10 de Maio de 2019, foram utilizados artigos científicos retirados das bases de dados: SCIELO, MEDLINE, LILACS, e monografias que atendiam aos requisitos. Os artigos utilizados como referências bibliográficas foram do período entre 2008 a 2018, com exceção de artigos clássicos. A pesquisa foi realizada tanto na língua portuguesa, como em inglês e espanhol. Foram utilizados como descritores para a busca: "Pneumonia Nosocomial", "Pneumoia Hospitalar”, “Pneumonia Hospitalar e Odontologia”, “Odontologia Hospitalar”, “Pneumonia associada à ventilação mecânica”,e com um resultado de 43 artigos utilizados. Conclusão: Portanto, a Pneumonia nosocomial pode ter relação com a cavidade bucal, deste modo é necessário a implantação do cirurgião dentista no âmbito hospitalar e na Unidade Terapia Intensiva (UTI) para o melhor controle dos microrganismos que colonizam a boca na forma de biofilme bucal e que se proliferam rapidamente quando não é feita higiene adequada e/ou fazem uso de medicações que geram hipossalivação. Descritores: Pneumonia Nosocomial; Unidade Terapia Intensiva; Odontologia. Referências Batista SA, Silva Junior A, Ferreira MF, Agostini M, Torres SR. Alterações orais em pacientes internados em unidades de terapia intensiva. Rev Bras Odontol. 2015;71(2):156-59. Padovani MCRL, Souza SAB, Santanna GR, Guaré RO. Protocolo de cuidados bucais na unidade de tratamento intensivo (UTI) neonatal. Rev Bras Pesq Saúde.2012;14(1):71-80. Gandolfo MC, Pessole T, Mendes G, Albara MF, Fontana A, Freisleben EV et al. Uso dos colutórios em Odontologia. Ação Odonto.2017;2:21. Muniz KGG. Atividade antimicrobiana in vitro de enxaguatórios bucais sobre bactérias do biofilme dentário [Mmonografia]. Campina Grande: Centro de Ciências Biológicas e da Saúde - Universidade Estadual da Paraíba; 2014. Andrade DP, Pallos D, Forte LFBP, Ricardo LH. A doxiciclina como adjuvante no tratamento da periodontite. IJD. Int J Dent. 2009;8(4):202-10. Morais TMN, Silva A, Avi ALRO, Souza PHR, Knobel E, Camargo LFH. A importância da atuação odontológica em pacientes internados em unidade de terapia intensiva. Rev Bras Ter Intensiva. 2010; 18(4):412-17. Soh KL, Shariff Ghazali S, Soh KG, Abdul Raman R, Sharif Abdullah SS, Ong SL. Oral care practice for the ventilated patients in intensive care units: a pilot survey. J Infect Dev Ctries. 2012;6(4):333-39. ANVISA − Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Ministério da Saúde. Pediatria: Prevenção e controle de infecção hospitalar/ Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. – Brasília: Ministério da Saúde, 2011. Oliveira LCBS, Carneiro PPM, Fischer RG, Tinoco BEM. A presença de patógenos respiratórios no biofilme bucal de pacientes com pneumonia nosocomial. Rev bras ter intensiva. 2010;19(4):428-33. Bernardo WM, Nobre MRC, Jatene FB. A prática clinica baseada em evidências. Parte II: buscando as evidências em fontes de informação. Rev Assoc Med Bras. 2004;50(1):104-8. Sachdev M, Ready D, Brealey D, Ryu J, Bercades G, Nagle J, Borja-Boluda S, Agudo E, Petrie A, Suvan J, Donos N, Singer M, Needleman I. Changes in dental plaque following hospitalisation in a critical care unit: an observational study. Crit Care. 2013;17(5):R189. Dewhirst FE, Chen T, Izard J, Paster BJ, Tanner AC, Yu WH, Lakshmanan A, Wade WG. The human oral microbiome. J Bacteriol. 2010; 192(19):5002-17. Palmer RJ Jr. Composition and development of oral bacterial communities. Periodontol 2000. 2014;64(1):20-39. Pina-Vaz I, Barros J, Noites R, Villa-Vigil A, Pintado M, Carvalho MF. Estratégias anti-microbianas na prevenção e tratamento da infecção oral. Universidade Católica Portuguesa. Ciências da Saúde. 2011;14(55):1-12. Culler HF, Mota CM, Abe CM, Elias WP, Sircili MP, Franzolin MR. Atypical enteropathogenic Escherichia coli strains form biofilm on abiotic surfaces regardless of their adherence pattern on cultured epithelial cells. Biomed Res Int. 2014;2014:845147. Silva ACB, Cruz JS, Sampaio FC, Araújo DAM. Detecção de estreptococos orais em biofilme dental de crianças cárie-ativas e livres de cárie. Braz J Microbiol. 2008;39(4):648-51. Romeiro RL, Majewski M, Molina F, Junqueira JC, Oliveira L, Jorge AOC. Aderência de C. albicans, C. dubliniensis e C. glabrata à superfície de implantes lisos e rugosos. ImplantNews, 2009;6(1):33-37. Cruz MK, Morais TMN, Trevisani DM. Clinical assessment of the oral cavity of patients hospitalized in an intensive care unit of an emergency hospital. Rev bras ter intensiva. 2014;26(4):379-83. Bellissimo-Rodrigues F, Bellissimo-Rodrigues WT, Viana JM, Teixeira GC, Nicolini E, Auxiliadora-Martins M et al. Effectiveness of oral rinse with chlorhexidine in preventing nosocomial respiratory tract infections among intensive care unit patients. Infect Control Hosp Epidemiol. 2009;30(10):952-8. Alotaibi AK, Alshayiqi M, Ramalingam S. Does the presence of oral care guidelines affect oral care delivery by intensive care unit nurses? A survey of Saudi intensive care unit nurses. Am J Infect Control. 2014;42(8):921-22. Oliveira AC, Kovner CT, Silva RS. Infecção hospitalar em unidade de tratamento intensivo de um hospital universitário brasileiro Rev Latinoam Enfermagem. 2010;18(2):97-104. Figueiredo DA, Vianna RPT, Nascimento JA. Epidemiologia da infecção hospitalar em uma unidade de terapia intensiva de um hospital público municipal de João Pessoa-PB. Rev Bras Ciênc Saúde. 2013;17:233-40. Ribas RM, Gontijo Filho PP, Cezário RC, Silva PF, Langoni DRP, Duque AS. Fatores de risco para colonização por bactérias hospitalares multiresistentes em pacientes críticos, cirúrgicos e clínicos em um hospital universitário brasileiro. Rev Med Minas Gerais. 2009;19:193-7. Douglas IS, Price CS, Overdier KH, Wolken RF, Metzger SW, Hance KR, Howson DC. Rapid automated microscopy for microbiological surveillance of ventilator-associated pneumonia. Am J Respir Crit Care Med. 2015;191(5):566-73. Moreira BSG, Silva RMO, Esquivel DN, Fernandes JD. Pneumonia associada à ventilação mecânica: medidas preventivas conhecidas pelo enfermeiro. Rev Baiana Enferm.2011;25:99-106. Rodrigues PMA, Carmo NE, Santos LRC, Knibel MF. Pneumonia associada à ventilação mecânica: epidemiologia e impacto na evolução clínica de pacientes em uma unidade de terapia intensiva. J bras pneumol. 2009;35(11):1084-91. Palomar MÁLF, Olaechea P, López Pueyo MJ, Gimeno R, Gracia Arnillas MP, et al. Estudio nacional de vigilancia de infección nosocomial en servicios de medicina intensiva. Sociedad Española de Medicina Intensiva Crítica y Unidades Coronarias (SEMICYUC) Grupo de trabajo de enfermedades infecciosas y sepsis. 2015. Klepser ME. Aerosolized antibiotics for the treatment of nosocomial pneumonia. Medscape Medical News. 2012. Vardakas KZ, Matthaiou DK, Falagas ME. Incidence, characteristics and outcomes of patients with severe community acquired-MRSA pneumonia. Eur Respir J. 2009;34(5):1148-58. Écila CM, Silvânia PO, Beatriz RMS, Patrick LNS, Adriana CO. Incidência da pneumonia associada à ventilação mecânica em unidade de terapia intensiva. Medicina (Ribeirão Preto, Online), 2017;50(1):39-46. Souza AS. Prevalência de pneumonia associada à assistência à saúde em unidades de terapia intensiva [dissertação]. Campo Grande: Universidade Federal de Mato Grosso de Sul; 2012. Favarin SS, Camponogara S. Perfil dos pacientes internados na unidade de terapia intensiva adulto de um hospital universitário. Rev Enferm UFSM. 2012; 2:320-9. Souza AF, Guimarães AC, Ferreira EF. Avaliação da implementação de novo protocolo de higiene bucal em um centro de terapia intensiva para prevenção de pneumonia associada à ventilação mecânica. REME Rev Min Enferm. 2013;17:177-84. Amaral SM, Cortês Ade Q, Pires FR. Nosocomial pneumonia: importance of the oral environment. J Bras Pneumol. 2009;35(11):1116-24. Munro CL, Grap MJ, Jones DJ, McClish DK, Sessler CN. Chlorhexidine, toothbrushing, and preventing ventilator-associated pneumonia in critically ill adults. Am J Crit Care. 2009;18(5):428-37. Scannapieco FA, Yu J, Raghavendran K, Vacanti A, Owens SI, Wood K, Mylotte JM. A randomized trial of chlorhexidine gluconate on oral bacterial pathogens in mechanically ventilated patients. Crit Care. 2009;13(4):R117. Lorente L, Lecuona M, Jiménez A, Palmero S, Pastor E, Lafuente N, Ramos MJ, Mora ML, Sierra A. Ventilator-associated pneumonia with or without toothbrushing: a randomized controlled trial. Eur J Clin Microbiol Infect Dis. 2012;31(10):2621-29. Özçaka Ö, Başoğlu OK, Buduneli N, Taşbakan MS, Bacakoğlu F, Kinane DF. Chlorhexidine decreases the risk of ventilator-associated pneumonia in intensive care unit patients: a randomized clinical trial. J Periodontal Res. 2012;47(5):584-92. Bezerra EL, Lima AIF, Nóbrega ARR, Barroso DN, Donadi HA, Santos JGS et al. Prevalência de pneumonia em pacientes de uma unidade de terapia intensiva de um hospital- escola de fortaleza – CE. Rev Bras Promoç Saúde. 2012;25(2):20-4. Rosenthal VD, Rodrigues C, Álvarez-Moreno C, Madani N, Mitrev Z, Ye G et al. Effectiveness of a multidimensional approach for prevention of ventilator-associated pneumonia in adult intensive care units from 14 developing countries of four continents: findings of the International Nosocomial Infection Control Consortium. Crit Care Med. 2012;40(12):3121-28. Resende MM, Monteiro SG, Callegari B, Figueiredo PM, Monteiro CR, Monteiro-Neto V. Epidemiology and outcomes of ventilator-associated pneumonia in northern Brazil: an analytical descriptive prospective cohort study. BMC Infect Dis. 2013;13:119.
As maloclusões são classificadas como o terceiro maior problema de saúde bucal no mundo, perdendo apenas para cárie e doença periodontal. A mordida cruzada posterior é definida como a relação anormal vestíbulo-lingual de um ou mais dentes da maxila, com um ou mais dentes da mandíbula, quando os arcos dentários estão em relação cêntrica, podendo ser uni ou bilateral. Objetiva-se Realizar uma revisão de literatura sobre a mordida cruzada posterior. Foi feita uma seleção de artigos científicos a partir das bases de dados Lilacs e Scielo utilizando os descritores “Mordida Cruzada” e “Diagnóstico de Mordida Cruzada”. Foram incluídos trabalhos publicados entre 2000 a 2018. Dos 694 artigos encontrados e delimitados pelos critérios inclusivos, foram selecionados 49 artigos como amostra, que apresentaram a temática elencada para a pesquisa e que foram discutidos nos seguintes tópicos: a) Epidemiologia; b) Etiologia; c) Diagnóstico; d) Tratamento. As causas da mordida cruzada posterior são multifatoriais e seu diagnóstico precoce é fundamental uma vez que, a literatura mostra resultados satisfatórios, através de medidas interceptativas com um prognostico favorável quando o tratamento ocorre precocemente. O tratamento da mordida cruzada posterior de origem funcional, por contato prematuro em dentes decíduos, dentoalveolar e esquelético consiste, respectivamente, em desgaste seletivo, expansão dentoalveolar e disjunção maxilar.Descritores: Ortodontia; Aparelhos Ortodônticos; Má Oclusão; Odontopediatria.ReferênciasAlmeida MR, Pereira ALP, Almeida RR, Almeida-Pedrin RR, Silva Filho OG. Prevalência de má oclusão em crianças de 7 a 12 anos de idade. Dental Press J Orthod. 2011;16(4):123-31.Janson G, Barros SEC, Simão TM, Freitas MR. Variáveis relevantes no tratamento da má oclusão de Classe II. Rev Dental Press Ortodon Ortop Facial. 2009;14(1):149-57.Sousa RV, Pinto-Monteiro AKA, Martins CC, Granville-Garcia AF, Paiva SM. Maloclusion and socioeconomic indicators in primay dentition. Braz Oral Res. 2014;28(1):54-60.Carvalho CM, Carvalho LFPC, Forte FDS, Aragão MS, Costa LJ. Prevalência de mordida aberta anterior em crianças de 3 a 5 anos em Cabedelo/PB e relação com hábitos bucais deletérios. Pesq Bras Odontoped Clin Integr. 2009;9(2):205-10.Sousa RV, Clementino MA, Gomes MC, Martins CC, Graville-Garcia AF, Paiva SM. Maloclusion and quality of life in Brazilian preschoolers. Eur J Oral Sci. 2014;122(3):223-29.Bittencourt MA, Machado AW. Prevalência de má oclusão em crianças entre 6 e 10 anos: um panorama brasileiro. Dental Press J Orthod. 2010;15(6):113-22.Stahl F, Grabowski R, Gaebel M, Kundt G. Relationship between occlusal findings and orofacial myofunctional status in primary and mixed dentition. Part II: Prevalence or orofacial dysfunctions. J Orofac Orthop. 2007;68(2):74-90. Grabowski R, Stahl F, GaebeL M, Kundt G. Relationship between occlusal findings and orofacial myofunctional status in primary and mixed dentition. Part I: Prevalence of malocclusions. J Orofac Orthop. 2007;68(1):26-37. Locks A, Weissheimer A, Ritter DE, Ribeiro GLU, Menezes LM, Derech CDA et al. Mordida cruzada posterior: uma classificação mais didática. Rev Dent Press Ortodon Ortop Facial 2008;13(2):146-58.Pinto AS, Buschang PH, Throckmorton GS, Chen P. Morphological and positional asymmetries of yang children with functional unilateral posterior crossbite. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2001;120(5):513-20. Iodice G, Danzi G, Cimino R, Paduano S, Michelotti A. Association between posterior crossbite, skeletal, and muscle asymmetry: a systematic review. Eur J Orthod. 2016;38(6):638-51. Andrade AS, Gavião MB, Gameiro GH, De Rossi M. Characteristics of masticatory muscles in children with unilateral posterior crossbite. Braz Oral Res. 2010;24(2):204-10. Sonnesen L, Bakke M, Solow B. Bite force in pre-orthodontic children with unilateral crossbite. Eur J Orthod. 2001;23(6):741-49.World Health Organization-Who. Geneva. The world oral health report 2003: continuous improvement of oral health in the 21st century-the approach of the WHO Global Oral Health Programme. 2003. Disponível: http://www.who. int/oral_health/media/en/orh_report03_en.pdf.Tomita NE, Bijella V T, Franco LJ. Relação entre hábitos bucais e má oclusão em pré-escolares. Rev Saúde Pública. 2000;34(3):299-303.Peres KG, Traebert ES, Marcenes W. Differences between normative criteria and self-perception in the assessment of malocclusion. Rev Saude Publica. 2002;36(2):230-36.Bezerra PKM, Cavalcanti AL. Características e distribuição das maloclusões em pré-escolares. R Ci méd biol. 2006;5(2):117-23. Carvalho CM, Carvalho LFPC, Forte FDS, Aragão MS, Costa LJ. Prevalência de mordida aberta anterior em crianças de 3 a 5 anos em Cabedelo/PB e relação com hábitos bucais deletérios. Pesq Bras Odontoped Clin Integ. 2009;9:205-10. Fernandes KP, Amaral MT. Freqüência de maloclusões em escolares na faixa etária de 3 a 6 anos, Niterói, Brasil. Pesq Bras Odontoped Clin Integr. 2008;8:147-51. Gimenez CMM, Moraes ABA, Bertoz AP, Bertoz FA, Ambrosano GB. Prevalência de más oclusões na primeira infância e sua relação com as formas de aleitamento e hábitos infantis. Rev Dent Press Ortodon Ortop Facial. 2008;13(2):70-83. Pizzol KEDC, Montanha SS, Fazan ET, Boeck EM, Rastelli ANS. Prevalência dos hábitos de sucção não nutritiva e sua relação com a idade, gênero e tipo de aleitamento em pré-escolares da cidade de Araraquara. Rev CEFAC. 2012;14(3):506-15. Thomaz EBAF, Valença AMG. Prevalência de má-oclusão e fatores relacionados à sua ocorrência em pré-escolares da cidade de São Luís-MA-Brasil. RPG Rev Pós Grad. 2005;12(2):212-21.López FU, Cezar GM, Ghisleni GL, Farina JC, Beltrame KP, Ferreira ES. Prevalência de maloclusão na dentição decídua. Rev Fac Odontol Porto Alegre. 2001;43(2):8-11. Leite-Cavalcanti A, Medeiros-Bezerra PK, Moura C. Aleitamento natural, aleitamento artificial, hábitos de sucção e maloclusões em pré-escolares brasileiros. Rev Salud Pública. 2007;9(2):194-204. Macena MC, Katz CR, Rosenblatt A. Prevalence of a posterior crossbite and sucking habits in Brazilian children aged 18-59 months. Eur J Orthod. 2009;31(4):357-61.Peres KG, Barros AJ, Peres MA Victora CG. Effects of breastfeeding and sucking habits on malocclusion in a birth cohort study. Rev Saude Publica. 2007;41(3):343-50.Heimer MV, Katz CR, Rosenblatt A. Non-nutritive sucking habits, dental malocclusions, and facial morphology in Brazilian children: a longitudinal study. Eur J Orthod. 2008;30(6):580-85.Katz CR, Rosenblatt A, Gondim PP. Nonnutritive sucking habits in Brazilian children: effects on deciduous dentition and relationship with facial morphology. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2004;126(1):53-7.Scavone-Júnior H, Ferreira RI, Mendes TE, Ferreira FV. Prevalence of posterior crossbite among pacifier users: a study in the deciduous dentition. Braz Oral Res. 2007;21(2):153-58.Amary ICM, Rossi LAF, Yumoto VA, Ferreira VJA, Marchesan IQ. Hábitos deletérios – alterações de oclusão. Rev CEFAC. 2002;4(1):123-26. Albuquerque Junior HR, Barros AM, Braga JPV, Carvalho MF, Maia MCG. Hábito bucal deletério e má-oclusão em pacientes da clínica infantil do curso de Odontologia da Universidade de Fortaleza. Rev Bras em Promoção de Saúde. 2007;20(1):40-5.Corrêa-Faria P, Ramos-Jorge ML, Martins-Júnior PA, Vieira-Andrade RG, Marques LS. Malocclusion in preschool children: prevalence and determinant factors. Eur Arch Paediatr Dent. 2014;15(2):89-96. Boeck EM, Pizzol KDC, Barbosa EGP, Pires NCA, Lunardi N. Prevalência de má oclusão em crianças de 3 a 6 anos portadoras de hábito de sucção de dedo e/ou chupeta. Rev Odontol UNESP. 2013;42(2):110-16Figueiredo MA, Siqueira DF, Bommarito S, Scanavini MA. Tratamento precoce da mordida cruzada posterior com o Quadrihélice de encaixe. Rev clín ortodon Dental Press. 2007;5(6):83-94.Neves AA, Castro LA, Freire MFM. Tratamento precoce de mordida cruzada vestibular bilateral: relato de caso. J bras ortodon ortop facial. 2002;7(42):487-92.Santos-Pinto A, Rossi TC, Gandini Jr LG, Barreto GM. Avaliação da inclinação dentoalveolar e dimensões do arco superior em mordidas cruzadas posteriores tratadas com aparelho expansor removível e fixo. Rev Dent Press Ortodon Ortop Facial. 2006;11(4):91-103.Woitchunas FE, Azambuja WV, Signor J, Grando K. Avaliação das distâncias transversais em indivíduos com mordida cruzada posterior que procuraram a clínica de Ortodontia Preventiva II da Faculdade de Odontologia da Universidade de Passo Fundo. RFO Passo Fundo. 2010;15(2):190-96.Petren S, Bjerklin K, Bondemark L. Stability of unilateral posterior crossbite correction in the mixed dentition: a randomized clinical trial with a 3-year follow-up. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2011;139(1):e73-81.Moskowitz EM. The unilateral posterior functional crossbite: an opportunity to restore form and function. NY State Dent J.2005;71(5):36-9.Allen D, Rebellato J, Sheats R, Ceron AM. Skeletal and dental contributions to posterior crossbites. Angle Orthod. 2003;73(5):515-24.Ferreira R. Causas e consequências da mastigação unilateral e métodos de diagnóstico do lado mastigatório com enfoque na reabilitação neuroclusal. Mundo da Ortopedia Funcional dos Maxilares e Ortodontia. 2003;1(1):32-5.Martinelli FL, Couto PS, Ruellas AC. Three palatal arches used to correct posterior dental crossbites. Angle Orthod. 2006;76(6):1047-51.Petren S, Bjerklin K, Bondemark L. Stability of unilateral posterior crossbite correction in the mixed dentition: a randomized clinical trial with a 3-year follow-up. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2011;139(1):e73-81.Wong CA, Sinclair PM, Keim RG, Kennedy DB. Arch dimension changes from successful slow maxillary expansion of unilateral posterior crossbite. Angle Orthod. 2011;81(4):616-23.Godoy F, Godoy-Bezerra J, Rosenblatt A. Treatment of posterior crossbite comparing 2 appliances: a community-based trial. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2011;139(1):e45-52.Oliveira SR. Má oclusão Classe III, com mordida cruzada posterior unilateral e assimetria facial. Dental Press J Orthod. 2010;15(5):182-91.Ribeiro GLU, Vieira GL, Ritter D, Tanaka OM, Weissheimer A. Expansão maxilar rápida não cirúrgica em paciente adulto. Uma alternativa possível Rev clín ortodon Dental Press. 2006;5(2):70-7.Suga SS, Bonecker MJS, Sant’ana GR, Duarte DA. Caderno de dontopediatria: ortodontia na dentadura decídua: diagnóstico, planejamento e controle. São Paulo: Santos; 2001.Batista ER, Santos DCL. Mordida cruzada posterior em dentição mista. Rev Odontol Univ Cid São Paulo. 2016;29(1):66-74.
Este estudo analisou conhecimentos de saúde bucal de pais e cuidadores de crianças de 3 creches do município de Patos/PB, atendidas pelo projeto de extensão Construindo Sorrisos. A amostra foi de 107 indivíduos. Os resultados, mostraram que 74,77% destes já receberam informações sobre higiene bucal e alimentação, 100% considerando-as importantes. 85,05% relataram que seus filhos escovam os dentes diariamente predominando a frequência de 2 vezes ao dia (83,52%). 78,50% falaram que as crianças ingerem alimentos açucarados, sendo que, 64,29% ingerem-nos diariamente. 70,09 % relataram que as crianças tomam leite antes de dormir e em 77,33% dos casos é adicionado açúcar. 78,67% não escovam os dentes após esta refeição e 94,31% nunca visitou o dentista. Conclui-se que, embora os pais e educadores importem-se e tenham conhecimento sobre saúde bucal, a maioria permanece com maus hábitos em relação à saúde bucal, refletidos em escovações insuficientes e ausência da ida ao dentista.
Introdução: A utilização de produtos de origem vegetal na odontologia constitui uma alternativa na prevenção e combate de diversas patologias que acomentem os seres humanos. A Klebsiella pneumoniae é uma bactéria gram-negativa que está intimamente relacionada com a pneumonia nosocomial e que possui a capacidade de intaivar um grande numero de agentes antimicrobianos. A Lavandula Híbrida é uma espécie derivada da união da Lavandula angustifólia Miller com a Lavandula latifólia Linn. Essa espécie apresenta as variedades Abrialli, Grosso, Provence, Impress purple, e Super, sendo a variedade Grosso como a que mais demonstrou atividade antimicrobiana. Objetivo: Avaliar a atividade antibacteriana e antiaderente do óleo essencial de Lavandula Híbrida Grosso contra cepas de K. pneumoniae. Metodologia: Os ensaios foram realizados utilizando as técnicas de microdiluição em caldo em placas de 96 poços para determinação da CIM e CBM e técnica de tubos inclinados para determinação da CIMA ao vidro, na presença de 5% de sacarose. Resultados: obteve-se que o óleo essencial de Lavandula híbrida Grosso possui uma moderada atividade antibacteriana contra as cepas de K. pneumoniae visto pela CIM50 = 1.024 μg/ml, possuindo também um potencial bacteriostático. Quanto a sua atividade antiaderente, observou-se que a concentração do óleo capaz de inibir a adesão do microrganismo a parede do tudo foi de 1:32 enquanto que para o digluconato de clorexidina 0,12% foi de 1:8. Conclusão: a Lavandula Híbrida demonstra ser eficaz como agente antimicrobiano e antiaderente para o controle e prevenção da infecção por Klebseilla pneumonia.
Introdução: O traumatismo dentário é consequência de injúrias ao órgão dental que ocorrem ocasionalmente. A etiologia principal são quedas e acometem principalmente os incisivos centrais superiores, ocasionando fratura em esmalte e dentina, tendo como maiores vítimas indivíduos na primeira década de vida. Os traumas dentários são capazes de causar grandes impactos psicológicos e sociais, que influenciam diretamente na qualidade de vida do indivíduo. Objetivo: Avaliar a influência do traumatismo dentário na qualidade de vida de crianças de 8 a 10 anos de idade, que frequentam escolas públicas situadas no município de Patos–PB, Brasil. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional, quantitativo, analítico e de corte transversal, com amostra aleatória e representativa, totalizando 384 crianças. Os dados foram coletados mediante aplicação do questionário CPQ8-10, sendo após realizado exame clínico por pesquisadores calibrados (Kappa intraexaminadores, 0,91; Kappa interexaminadores, 0,84). Os resultados foram tabulados em um banco de dados e calculados através do programa SPSS (statical package for social sciences) versão 8.0. Resultados: A ocorrência de trauma foi predominante no sexo masculino, tendo acometido mais o grupo dos dentes incisivos. O tipo de trauma mais frequente foi a fratura de esmalte e verificou-se associação estatística do trauma dental com a idade (p=0,042). Houve impacto dos traumatismos dentários na qualidade de vida (p=0,011). Conclusão: Diante da elevada prevalência dos traumatismos dentário, observou-se impacto na qualidade de vida das crianças, necessitando assim de mais estudos que avaliem essa associação para que estratégias preventivas possam ser adotadas.
As plantas medicinais têm demonstrado elevado poder de cura em estado natural, além disso, esse conhecimento tradicional sobre o uso das plantas e de suas propriedades terapêuticas no combate a doenças vêm sendo transmitida entre as gerações. A busca por novos produtos com maior atividade terapêutica, tem estimulado a realização de pesquisas com produtos naturais no meio odontológico para o tratamento de doença periodontal. Logo, objetivou-se apresentar uma revisão da literatura de espécies vegetais como Malva Sylvestris, Vitis Vinífera e Punica Granatum, comuns do cotidiano no tratamento da periodontite. A periodontite é uma doença inflamatória crônica decorrente da resposta imunológica do hospedeiro à presença de fatores microbianos, causando dano tecidual, resultando em formação de bolsas periodontais, reabsorção do osso alveolar, e perda de tecidos de sustentação. O estudo trata-se de uma revisão bibliográfica do tipo narrativa e foi realizada uma seleção de artigos científicos recuperados a partir das bases de dados: BVS Brasil (Biblioteca Virtual em Saúde), Scielo (Scientific Eletronic Library Online), Pubmed (National Center for Biotechnology Information) e Portal Periódico Capes no período de 05 a 28 de Fevereiro de 2018. Conclui-se que a Malva, Uva e Romã possuem ação terapêutica e estão entre os fitoterápicos com grande influência na cavidade bucal, que funcionam como auxiliares no tratamento de afecções orais sendo alternativas de fácil acesso, já que a atuação profissional frente à ação farmacológica dos vários medicamentos fitoterápicos e contraindicações tem sido importante nos últimos anos.Descritores: Fitoterapia; Plantas Medicinais; Periodontite.ReferênciasPasa M, Soares J, Guarim G. Estudo etnobotânico na comunidade de Conceição-Açu (alto da bacia do rio Aricá Açu, MT, Brasil). Acta bot bras. 2005;19(2):195-207.Agra MF, Silva KN, Basílio IJLD, Freitas PF, Barbosa-Filho JM. Survey of medicinal plants used in the region Northeast of Brazil. Rev bras farmacogn. 2008;18(3):472-508.Jesus NZT, Lima JCS, Silva RM, Espinosa MM, Martins DTO. Levantamento etnobotânico de plantas popularmente utilizadas como antiúlceras e antiinflamatórias pela comunidade de Pirizal, Nossa Senhora do Livramento-MT, Brasil. Rev bras farmacogn. 2009;19(1a):130-39.Amaral JF do. Atividade antiinflamatória, antinociceptiva e gastroprotetora do óleo essencial de Croton sonderianus Muell. Arg [dissertação]. Fortaleza: Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina; 2004.Rosa C, Câmara SG, Béria JU. Representações e intenção de uso da fitoterapia na atenção básica à saúde. Ciênc saúde coletiva. 2011;16(1):311-18.Calixto JB. Biodiversidade como fonte de medicamentos. Cienc Cult. 2003;55(3):37-9.Dewick P. Medicinal Natural Products: A Biosynthetic Approach, 3.ed. Chichester: Wiley; 2009.Middleton E, Kandaswami C, Theoharides TC. The effects of plant flavonoids on mammalian cells: Implications for inflammation, heart disease, and cancer. Pharmacol Rev. 2000;52(4):673-751.Simões CMO, Schenkel EP, Gosmann G, Mello JCP, Mentz LA, Petrovick PR(Orgs). Farmacognosia: da planta ao medicamento. 6.ed. Porto Alegre: Editora da UFRGS: Florianópolis: Editora da UFSC, 2010.Coutinho MAS, Muzitano MF, Costa SS. Flavonoids: Potential therapeutic agents for the inflammatory process. Rev Virtual Quim. 2009;1(3):241-56.Agra MF, Freitas PF, Barbosa-Filho JM. Synopsis of the plants known as medicinal and poisonous in Northeast of Brazil. Rev bras farmacogn. 2007;17(1):114-40.Lima V, Bezerra MM, Leitão RFC, Brito GAC, Rocha FAC, Ribeiro RA. Principais mediadores inflamatórios envolvidos na fisiopatologia da periodontite- papel de moduladores farmacológicos. R Periodontia. 2008;18(3):7-19.Madianos PN, Bobetsis YA, Kinane DF. Generation of inflammatory stimuli: how bacteria set up inflammatory responses in the gingiva. J Clin Periodontol. 2005;32(Suppl 6):57-71.Sorsa T, Tjäderhane L, Salo T. Matrix metalloproteinases (MMPs) in oral diseases. Oral Dis. 2004;10(6):311-18.Uğar-Çankal D, Ozmeric N. A multifaceted molecule, nitric oxide in oral and periodontal diseases. Clin Chim Acta. 2006;366(1-2):90-100.Kinane DF, Preshaw PM, Loos BG, Working Group 2 of Seventh European Workshop on Periodontology. Host-response: understanding the cellular and molecular mechanisms of host-microbial interactions - consensus of the Seventh European Workshop on Periodontology. J Clin Periodontol. 2011;38(Suppl 11):44-8.Meira ALT, Todescan SMC, Azoubel E, Bittencourt S, Azoubel MCF. Uso de antimicrobianos locais em periodontia: uma abordagem critica. R Periodontia. 2007;17(1):83-9.Filter M, Freitas EM de, Périco E. Influência de diferentes concentrações dos fitorreguladores ácido 6-benzilaminopurina e ácido naftalenoacético na propagação vegetativa de Malva sylvestris L. Rev bras plantas med. 2014;16(1):47-53.Ferro D. Fitoterapia: conceitos clínicos. São Paulo: Atheneu; 2006.Moreira MJS, Ferreira MBC, Hashizume LN. Avaliação In Vitro da Atividade Antimicrobiana dos Componentes de um Enxaguatório Bucal contendo Malva. Pesq Bras Odontoped Clin Integr. 2012;12(4):505-9.Ecker ACL, Martins IS, Kirsch L, Lima LO, Stefenon L, Mozzini CB. Efeitos benéficos e maléficos da Malva sylvestris. J Oral Invest. 2015;4(1):39-43.Ribeiro ASC, Pinto ATM, Silva DJ, Peixoto ITA. Atividade antimicrobiana de diferentes colutórios fitoterápicos. Ensaios Cienc, Cienc Biol Agrar Saúde. 2015;19(4):178-183.Torres CRG, Kubo CH, Anido AA, Rodrigues JR. Agentes antimicrobianos e seu potencial de uso na Odontologia. Pos-Grad Rev Fac Odontol São José dos Campos. 2000;3(2):43-52.Costa G. Efeito do extrato da casca de uva Vitis Vinífera (GSE) na pressão arterial, no perfil lipídico e glicídico e no estresse oxidativo em ratos espontaneamente hipertensos [mestrado]. Rio de Janeiro: Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Centro Biomédico; 2008.Ishimoto EY. Efeito hipolipemiante e antioxidante de subprodutos da uva em hamsters [dissertação]. São Paulo: Universidade de São Paulo, Faculdade de Saúde Pública; 2008.Gris EF. Perfil fenólico e atividades antioxidante e hipolipemiante de vinhos de variedades Vitis vinifera cultivadas em São Joaquim-SC-Brasil [dissertação]. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias; 2010.Machado MM. Desenvolvimento de uma bebida nutracêutica a partir de resíduos da produção do suco de uva: avaliação de propriedades antioxidantes e fisio-bioquímicas [tese]. Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria; 2010.Rockenbach II, Silva GL, Rodrigues E, Gonzaga LV, Fett R. Atividade antioxidante de extratos de bagaço de uva das variedades Regente e Pinot Noir (Vitis vinifera). Rev Inst Adolfo Lutz. 2007;66(2):158-63.Bozan B, Tosun G, Özcan D. Study of polyphenol content in the seeds of red grape (Vitis vinifera L.) varieties cultivated in Turkey and their antiradical activity. Food Chem. 2008;109(2):426-30.Rockenbach II, Silva GL, Rodrigues E, Kuskoski EM, Fett R. Influência do solvente no conteúdo total de polifenóis, antocianinas e atividade antioxidante de extratos de bagaço de uva (Vitis vinifera) variedades Tannat e Ancelota. Ciênc Tecnol Aliment. 2008;28(Suppl):238-44.Rockenbach I, Gonzaga LV, Rizelio VM, Gonçalves AES, Genovese MI, Fett R. Phenolic compounds and antioxidant activity of seed and skin extracts of red grape (Vitis vinifera and Vitis labrusca) pomace from Brazilian winemaking. Food Res Int. 2011;44(4):897-901.Santos L, Morais D, Souza N, Cottica S, Boroski M, Visentainer J. Phenolic compounds and fatty acids in different parts of Vitis labrusca and V. vinifera grapes. Food Res Int. 2011;44(5):1414-18. Lachman J, Hejtmánková A, Hejtmánková K, Horníčková Š, Pivec V, Skala O et al. Towards complex utilisation of winemaking residues: characterisation of grape seeds by total phenols, tocols and essential elements content as a by-product of winemaking. Ind Crop Prod. 2013;49:445-53.Ahmadi SM, Siahsar BA. Analogy of physicochemical attributes of two grape seeds cultivars. Cien Inv Agr. 2011; 38(2):291-301.Ribeiro MEM, Manfroi V. Vinho e Saúde: uma visão química. Rev Bras Vitic Etnol. 2018;2(2):91-103.Ribéreau-Gayon P, Glories Y, Maujean A, Dubourdieu D. Handbook of enology. 2.ed. Chichester: Wiley; 2006.Lorrain B, Ky I, Pechamat L, Teissedre P. Evolution of analysis of polyhenols from grapes, wines, and extracts. molecules. 2013;18(1):1076-100.Yoo Y, Saliba A, Prenzler P. Should Red Wine Be Considered a Functional Food?. Comprehensive Reviews in Food Science and Food Safety. 2010;9(5):530-51.Çetin A, Sagdiç O. A Concise review: antioxidant effects and bioactive constituents of grape. Erciyes Med J. 2009;31(4):369-75.Xia EQ, Deng GF, Guo YJ, Li HB. Biological activities of polyphenols from grapes. Int J Mol Sci. 2010;11(2):622-46Rayyan M, Terkawi T, Abdo H, Abdel Azim D, Khalaf A, AlKhouli Z et al. Efficacy of grape seed extract gel in the treatment of chronic periodontitis: A randomized clinical study. J Investig Clin Dent. 2018;9(2):e12318.Barreto VL, Feitosa AC, Araújo TJ, Chagas FK, Costa LK. Acción antimicrobiana in vitro de dentí- fricos conteniendo fitoterápicos. Av Odontoestomatol. 2005; 21(4):195-201.Lorenzi H, Souza H. Plantas ornamentais no Brasil. Nova Odessa: Instituto Plantarum de Estudos da Flora; 2004.Ferreira A, Ferreira M, Anjos M. Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa. Curitiba: Positivo; 2009.Vasconcelos LC, Sampaio FC, Sampaio MC, Pereira Mdo S, Higino JS, Peixoto MH. Minimum inhibitory concentration of adherence of Punica granatum Linn (pomegranate) gel against S. mutans, S. mitis and C. albicans. Braz Dent J. 2006;17(3):223-27.Menezes SM, Cordeiro LN, Viana GS. Punica granatum (pomegranate) extract is active against dental plaque. J Herb Pharmacother. 2006;6(1):79-92.Barbosa M. Avaliação da atividade antimicrobiana “in vitro” da Punica granatum Linn. frente à Enterococcus faecalis isolados clinicamente [monografia de conclusão do curso]. Universidade Federal da Paraíba; 2010.Catão RMR, Antunes RMP, Arruda TA, Pereira MSV, Higino JS, Alves JA et al. Atividade antimicrobiana "in vitro" do extrato etanólico de Punica granatum linn (romã) sobre isolados ambulatoriais de Staphylococcus aureus. Rev bras anal clin. 2006;38(1):111-14.Jardini FA, Mancini Filho J. Avaliação da atividade antioxidante em diferentes extratos da polpa e sementes da romã (Punica granatum, L.). Rev Bras Ciênc Farm. 2007;43(1):137-47.Sastravaha G, Gassmann G, Sangtherapitikul P, Grimm WD. Adjunctive periodontal treatment with Centella asiatica and Punica granatum extracts. A preliminary study. J Int Acad Periodontol. 2018;5(4):106-15.Bhadbhade SJ, Acharya AB, Rodrigues SV, Thakur SL. The antiplaque efficacy of pomegranate mouthrinse. Quintessence Int. 2011;42(1):29-36.Ahuja S, Dodwad V, Kukreja BJ, Mehra P, Kukreja P. A comparative evaluation of efficacy of Punica granatum and chlorhexidine on plaque and gingivitis. J Int Clin Dent Res Organ. 2011;3(1):29-32.
Introdução: Os traumatismos são provenientes da ação de agentes mecânicos que ultrapassam a resistência dos tecidos, eles podem afetar a qualidade de vida das crianças negativamente. Objetivos: Avaliar a influência dos traumatismos dentários na qualidade de vida em crianças de 08 a 10 anos de idade, em escolas particulares de Patos-PB. Material e método: Este estudo teve caráter observacional, quantitativo, analítico e de corte transversal com uma amostra de 384 crianças. Previamente a coleta de dados foi realizado um estudo piloto para testar a metodologia proposta e a obtenção dos dados foi realizada mediante a aplicação do questionário CPQ8-10, seguido de exame clínico intraoral por duas examinadoras calibradas (Kappa intraexaminadores 0,86; Kappa Interexaminadores 0,84). Para análise dos dados foi utilizado o programa SPSS na versão 8.0, foram utilizadas técnicas de estatística descritiva e inferencial bivariada. Resultados: O sexo masculino teve maior prevalência de traumas (37,4%), assim como a idade de 10 anos (41,4%), a prevalência de traumatismo dentário foi de (31,8%), sendo os incisivos o grupo de dentes mais afetados (96,72%), o tipo de trauma mais prevalente foi a fratura de esmalte, as maiores prevalências nos domínios em crianças com traumas foram no baixo impacto, com exceção do domínio 4, a média do CPQ8-10 foi de 12,66. Conclusão: As crianças com traumatismo dentário tiveram impacto na qualidade de vida em todos os domínios, entretanto sem associação estatística, sugere-se que mais estudos sejam elaborados sobre o tema para que estratégias de prevenção contra traumas dentários sejam criadas.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.