Body control in media-normalizing politics within the context of the Brazilian presidential candidate Luiz Inácio Lula da Silva's electoral campaign in 2002 is analyzed and discussed. Photographs exhibited by three Brazilian weekly reviews, Época, IstoÉ and Veja, are analyzed according to French Discourse Analysis, mainly under the aegis of Foucault's investigations. An analysis of the candidate's photographic images reveals the social media's concern in presenting Lula's campaign through a representation featured by contrasting expositions. In fact, the 2002 election campaign is contrasted to that of former electoral periods. The normatization for a docile representation policy in the media comprises a regular 'behavioral norm' and a 'gesture norm'when broadcasting Lula's dociled body. The denunciation of body docilization by the social media also questioned the Brazilian Labor Party campaign as a possible decharacterization of Lula and his party to guarantee positive results in the elections. However, the historical review of body treatment and the contemporary overlaying of politics and the media show that the process of modifying Lula's presidential campaign was an adaptation stance towards the needs of politics being more immersed in the communication media.
■ ABSTRACT: Foregrounded by the theoretical and methodological framework of the French Discourse Analysis, the current study embodies the Foucauldian idea of History as a discontinuous set of temporalities and recovers the discourse of the most important event in Brazil during 2010, when Dilma Rousseff was indicated as the presidential candidate of the Workers' Party (PT), as the successor of Luis Inácio Lula da Silva. Facts and events that constituted the conditions of possibility for the presidential race during the period are discussed, while the power relations that delineate the political and media discourse are problematized, as our paper analyzes the regularities/dispersions that guide Dilma's and Lula's discourses within a 208-issues archive of the weekly magazines CartaCapital, Época, IstoÉ and Veja published during the election year. Results show the production of a discursive effect of a Lula-Dilma co-presence, which, in three of the magazines, show a lack of qualification of the candidate's image, as a product manufactured for electoral purposes. On the other hand, in CartaCapital, as dispersion, the discursive effect highlights the partnership of the two subjects as essential for the continuity of the Worker's Party policy.■
Resumo A partir da veiculação de notícia sobre o estupro de uma criança de 9 anos na aldeia Bororó, em Dourados-MS, este artigo problematiza a forma como a diversidade cultural dos povos indígenas é textualizada no telejornal local MS Record. Sob a perspectiva discursiva de orientação francesa, aliada ao estudo de práticas sociais, analisa o modo como a mídia televisiva, ao colocar em questionamento aspectos da identidade cultural indígena - mediante sua suposta unicidade e legitimidade - promove um ataque aos direitos humanos e à diversidade, sobretudo pela contestação de “privilégios” dados aos indígenas. Entre as relações de poder inerentes ao discurso jornalístico e a historicidade do acontecimento em estudo, há o apagamento do próprio crime, relacionado à (falta de) indianidade. Em última instância, há a disseminação de um discurso preconceituoso e discriminatório sobre os indígenas, sobre a forma como são entendidos pela justiça e pelos órgãos de proteção a esses povos.
À luz dos Estudos Discursivos Foucaultianos, meu objetivo, neste texto, é problematizar a irrupção de um enunciado-formulação determinado historicamente, representativo de condicionamentos dos corpos e das vidas no tempo-espaço recortado – a #ficaemcasa. Defendo que sua circulação, nas dizibilidades digitais, personificou o funcionamento de dupla tipologia de poder, no Brasil pandêmico. As análises desenvolvidas situaram a produção de um efeito de rarefação de duas vontades de verdade. Isso porque o debate regular naturalizou, como únicos, dois lugares excludentes do viver: a manutenção da economia e/ou da saúde.
Testemunhamos o crescente avanço da ciência e da tecnologia e as modificações que a informatização da comunicação tem provocado em vários setores da vida humana e, inevitavelmente, no campo do saber, ressignificando os papéis da escola e dos sujeitos da educação. Desse modo, a educação, enquanto ação de transformação social e de importante missão de ensinar a viver, precisa repensar seus ritos e sistemas antiquados e avançar no sentido de romper com o sistema de ensino mecanicista e fragmentado por meio de pedagogias tradicionais, as quais visava a instrução e o adestramento dos estudantes.
Devido ao isolamento social, instituído em combate à disseminação da Covid-19 (SARS-Cov-2), grande parte das atividades escolares foi transferida para a esfera online, sob a regência do Ensino Remoto de Emergência (ERE). Cientes da historicidade de tal movimento e embasadas tanto na Análise do Discurso de linha francesa, quanto no método arqueogenealógico foucaultiano, nosso propósito geral é problematizar como o ensino remoto foi discursivizado, no Twitter, por alunos. Para a análise de sequências enunciativas publicadas entre os anos de 2020 e 2021, consideramos que, no interior das redes sociais, a legitimação dos dizeres dos professores é afetada, tendo em vista as condições de circulação das postagens. Além disso, os desafios impostos pelo período de adequação ao distanciamento atualizaram seus mecanismos, produzindo efeitos de objetivação (FOUCAULT, 1995) do sujeito docente, a partir de sua relação com as tecnologias. Assim, pelas alterações próprias ao contexto pandêmico, as modificações nas instituições de sequestro (FOUCAULT, 2013) provocaram rupturas na posição dos docentes, e a publicização das materialidades apontam novas formas de vigilância no cotidiano pedagógico.
A expressão análise linguística é usada frequentemente para designar tanto a análise de recursos gramático-textuais a partir de uma perspectiva que leva em conta a construção dos sentidos nos textos quanto para denominar processos analíticos de fatos e fenômenos da linguagem sob perspectivas distintas da ciência linguística. Sua heterogeneidade de emprego permite, e frequentemente o faz, o surgimento de dúvidas e inquietações várias nos estudantes de Letras e em professores da área quanto a sua real especificidade e possibilidade de uso em pesquisas.Com "Modelos de análise lingüística", as organizadoras Beatriz Daruj Gil, Elis de Almeida Cardoso e Valéria Gil Condé oferecem uma obra de extrema relevância, especialmente para a formação de professores, já que demarca, na prática, o funcionamento dessas análises a partir de gêneros discursivos diversos. Dividido em três partes, "Gramática e léxico", "Discurso" e "Filologia", o livro é constituído por quatorze artigos-capítulos por meio dos quais seus autores nos presenteiam com textos, exemplos, exercícios e sugestões de leitura que recuperam perspectivas diferentes de analisar o elemento linguístico. Na primeira parte, "Gramática e léxico", a entrevista, o romance, os diálogos/elocuções formais, a poesia e a canção de consumo são abordados a partir de investigações acerca de questões fonológicas, sintáticas, morfológicas e lexicais.Com o primeiro artigo, "A entrevista: o sistema fonológico do português falado no Brasil e suas variantes fonéticas", Rosane de Sá Amado exemplifica um modelo de descrição e análise linguística em que contrasta o modelo fonético adotado, tradicionalmente, na capital paulista, e o adotado em uma cidade nordestina situada no interior do Piauí. Nesse texto, o leitor poderá encontrar, ainda, considerações que vão desde o trabalho estrutural com os fonemas, à luz da
RESUMO. Este artigo discute, sob a perspectiva da Análise do Discurso (AD) de linha francesa, as transformações que configuram não a utilização do corpo político empírico, mas a corporeidade, isto é, a sua discursivização -tal como ela é engendrada nas páginas da mídia impressa brasileira. Para isso, analisamos a forma como o perfil político de Dilma Rousseff foi materializado nos fios discursivos dos semanários de atualidades durante as eleições presidenciais de 2010. A fim de viabilizar o processo teórico-analítico desse cenário, constituímos um arquivo formado pelas 208 edições das revistas CartaCapital, Época, IstoÉ e Veja, publicadas no ano eleitoral. Dentro do quadro teórico adotado, cujos fundamentos baseiam-se principalmente no método arqueogenealógico de Michel Foucault, os resultados mostram que as práticas discursivas dos semanários focalizaram metamorfoses que o corpo da petista teria sofrido para figurar como representante de seu antecessor, produzindo um 'policorpo' (Santos, 2014), o qual foi potencializado pela dizibilidade de mecanismos tecnológicos imateriais e inumanos, mas perspicazes na midiatização de uma 'candidata-corpo' (Santos & Romualdo, 2013), que foi denunciada pela imprensa como produto eleitoral.Palavras-chave: eleições presidenciais, discurso político-midiático, policorpo, corporeidade.The production of a 'politicized body' for Dilma Rousseff during the 2010 Brazilian presidential elections: a discourse analysis of the Brazilian weekly magazines ABSTRACT. Transformations that do not enhance the use of the empirical political body but corporeity are discussed from the point of view of the French Discourse Analysis. In other words, their discursiveness produced by the Brazilian printed media is investigated. The manner Dilma Rousseff's political profile was materialized within discourses of weeklies during the 2010 Brazilian presidential elections is analyzed. A file comprising 208 issues of the weeklies Carta Capital, Época, Isto É and Veja published during the election year was prepared to foreground the theoretical-analytical process of the scenario under analysis. Within the theoretical background mainly based on Michel Foucault's archeogenealogical method, our results reveal that discursive practices of the weekly magazines focused on the metamorphoses that the body of the Labor Party candidate has undergone to figure as the representation of her antecessor. Consequently, a politicized body (Santos, 2014) was produced, potentialized by the 'wordability' of immaterial and nonhuman technological mechanisms, although thought-provoking within the media-transformed 'candidatebody' (Santos & Romualdo, 2013), denounced by the press as an electoral product.Keywords: presidential elections, politics-media discourse, politicized body, corporeity. IntroduçãoEste artigo discute as 'metamorfoses' (Courtine, 2006) que configuram não o corpo político, enquanto unidade empírica, mas a sua corporeidade, isto é, a sua discursivização, tal como ela é engendrada, na contemporaneidade, pelos veículo...
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