Este estudo pretendeu analisar como a historiografia literária nacional registrou e ajuizou a obra poética de Joaquim Cardozo, buscando elucidar de que forma tais obras contribuíram para a leitura crítica desse poeta. Para tanto, foram analisadas sua figuração em algumas obras historiográficas que percorreram o modernismo brasileiro, e que, por um motivo ou outro, tiveram uma inserção bem ampla na crítica literária brasileira como A literatura no Brasil, dirigida por Afrânio Coutinho (1959), a História da literatura brasileira, de Massaud Moisés (1989), a História da literatura brasileira, de Luciana Stegagno-Picchio (1986), e a História da literatura brasileira, de Carlos Nejar (2007).
Este trabalho tem o objetivo de examinar o exercício da ironia socrática no Livro do desassossego, de Fernando Pessoa, a partir da discussão teórica de Kierkegaard, apontando para conceitos como a negatividade infinita absoluta
A lírica de Hilda Hilst já foi objeto de inúmeros estudos que notaram sua interlocução com outros autores, especialmente no que se refere às poéticas clássicas e medievais. Entretanto, ainda se faz necessário verificar as relações que Hilst estabeleceu com poetas brasileiros que lhe foram contemporâneos. Nesse sentido, os movimentos intertextuais que ela apresenta com alguns poemas de Vinicius de Moraes se fazem notar com mais intensidade. Propõe-se aqui analisar como Hilst em Cinco elegias dialoga com a obra homônima de Vinicius, com o intuito de entender como essa releitura contribui para um processo de afirmação autoral na poeta.
Na poesia de Ricardo Domeneck, o acaso é apresentado em nuances originais. Mais do que a afronta a uma razão já desdita, mais do que o desconhecido que ameaça a ordem estabelecida, nesta obra o acaso é o contingente possível no exercício de uma escrita estruturalmente projetada. A poesia, tal como o acaso, não virá somente de um resultado ou um consequente de uma ação, mas de um leque de probabilidades e acidentes que estão vinculados ao desejo, ao sujeito, ao tempo e à própria liberdade da forma. Assim, “o alheio e o não alheio” se tensionam, e o resultado é uma poesia de cortes bruscos, de dispersões na tentativa de representar o humano em seu tempo.
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