Este artigo visa analisar as principais mudanças introduzidas pela Reforma da Política Agrária Comum (PAC) da União Europeia, aprovada no final de 2013, pelo Parlamento Europeu, para o período de 2014 a 2020. De acordo com o texto aprovado, a PAC terá um orçamento menor que o dos sete anos anteriores e três países a mais (agora, depois do ingresso da Bulgária, Romênia e Croácia, são 28 países membros). Ademais, de um orçamento 12% menor em valores nominais, há que se observar uma mudança significativa na orientação geral da política: de uma prioridade setorial para a territorial. Na verdade, nossa hipótese é de que estamos diante de uma reforma que representa um trânsito do protagonismo de uma política de tipo setorial, dirigida à gestão da dimensão produtiva do setor agrário com as ajudas diretas, para a qual se dirigem as críticas mais contundentes, a uma outra, territorial, orientada à gestão de territórios rurais, que busca viabilizar processos de desenvolvimento rural e remunerar os agricultores pela produção de bens públicos. Portanto, além de avaliar a importância para a Europa em ter uma PAC, ainda que não satisfaça mais a maioria dos agricultores, mas que atenda, em parte, às demandas de outros segmentos sociais, e mesmo da pressão internacional, pretende-se analisar os elementos da reforma numa perspectiva que vai além dos aspectos pontuais, ou seja, pretende-se traçar as linhas por onde se produz o trânsito de um política menos orientada ao setor e mais orientada ao território.

A gricultural co-operatives have attracted considerably more attention from scientists, particularly economists, in research on collective action in agriculture, than have federations of co-operatives. The wide bibliography on agricultural cooperatives contrasts with the scarcity of such material on the associations (federations) used by the co-operative movement to represent its interests and influence decision-making institutions. 1 This accounts for the lack of interest in federations of agricultural co-operatives, not only in the academic world, but also among farmers, many of whom have little understanding of the role and raison d'être of these claim-oriented associations.Economists have generally analyzed co-operatives from a rational choice point of view, in an attempt to understand their organizational rationale and their role in relation to the market. They have departed from both the formulation of transaction cost and market failure to analyze their external and internal dimensions. Cooperatives have also been analyzed sociologically, as processes of collective action expanding throughout the wider society and thus becoming a significant social phenomenon, regulated in some countries by special laws. Traditionally, while sociologists have emphasized the social function of co-operatives and their non-economic attributes, they have been unable to elaborate a unified view. The Danish sociologist Torben Bager has analyzed the dynamics of co-operatives as formal organizations affected in two dimensions: legitimacy efficiency and context action. He asserts that such dynamics "can only be understood properly through a bridging of rational choice and institutional approaches" 2 (Bager 1996, p. 7).Nevertheless, federations of co-operatives act in a political field of interest representation that is frequently influenced by the state through official decision-making institutions. In modern democracies, the state creates or promotes institutional frameworks to channel the participation of organized interest groups in decisionmaking processes. Co-operatives, as one such organized interest group, form federations in order to participate in these institutional frameworks. The state then imposes certain rules on the participants, which both order the field of representation and condition the organizational models. Sociologists, therefore, need to use neo-insti-

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O objetivo deste artigo é expor os traços mais significativos da nova programação estratégica da União Europeia (UE) (2014-2020), mostrando como são integrados os objetivos de desenvolvimento a uma perspectiva mais ampla, o da coesão. Para tanto, depois d

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