El objetivo de este artículo es describir el proceso de implementación y el funcionamiento de un grupo de oyentes de voz, pacientes diagnosticados de esquizofrenia, en un servicio de salud mental en Brasil. Es un relato de experiencia. Este grupo fue creado en 2015 y tiene lugar en un Centro de Atención Psicosocial (CAPS) en la ciudad de Ribeirão Preto - São Paulo, Brasil. Es un grupo abierto, con periodicidad semanal, de una hora de duración, siendo un espacio donde las personas pueden hablar libremente de sus vivencias con las voces. Participan en los encuentros personas que escuchan voces, sus familiares, profesionales y estudiantes del área de salud. En los encuentros grupales se comparten los significados atribuidos a la experiencia, se utilizan estrategias para afrontar situaciones más desafiantes, experiencias de sufrimiento y superación. El grupo también se constituye como una herramienta para construir vínculos y redes de apoyo, además de ser un espacio de encuentro de historias de vida. Así, el grupo ha ofrecido la posibilidad de nuevos diálogos, nuevos significados y posiciones respecto a la audición de voces, siendo considerado como un espacio de respeto y reciprocidad para los oyentes de voces. Siguiendo los supuestos del Movimiento de Oyentes de Voz, se presenta como una innovación para la atención en los servicios de salud mental.
A experiência de ouvir vozes é comum na população em geral e muito encontrada em usuários de serviços de saúde mental. Tradicionalmente, o tratamento psiquiátrico concentra seus esforços na eliminação destas, dando pouca atenção para a experiência em si. Mesmo com o uso de medicamentos, muitas pessoas continuam a ouvir vozes e não encontram espaço para conversar e refletir sobre esta vivência. O objetivo deste artigo é descrever a experiência de trabalho com um Grupo de Ouvidores de Vozes e analisar como ouvidores vivenciam o fenômeno das vozes e a experiência com o grupo. Foi realizado relato de experiência de proposição e participação de um Grupo de Ouvidores de Vozes e conduzida análise temática de 10 relatos de memória de encontros grupais. O grupo descrito é aberto, acontece semanalmente e tem uma hora de duração. Conta com a participação de ouvidores e profissionais. Os ouvidores mais antigos no grupo responsabilizam-se pela realização do contrato grupal. Nos encontros são compartilhados os relacionamentos com as vozes, desde o relato de suas características, até as estratégias que vão sendo desenvolvidas para melhorar o relacionamento com elas. O grupo também foi apontado pelos ouvidores com um espaço de construção de redes de apoio, para além dos momentos dos encontros grupais. Para os profissionais, tem colaborado para se aproximarem das experiências dos usuários do serviço, auxiliando-os a serem agentes que colaboram na trajetória de superação dos ouvidores.DOI http://dx.doi.org/10.21452/2594-43632018v27n61a01
Se quer seguir-me, narro-lhe; não uma aventura, mas experiência, a que me induziram, alternadamente, séries de raciocínios e intuições. Tomou-me tempo, desânimos, esforços. Dela me prezo, sem vangloriar-me. Surpreendo-me, porém, um tanto à-parte de todos, penetrando conhecimento que os outros ainda ignoram. O senhor, por exemplo, que sabe e estuda, suponho nem tenha idéia do que seja na verdadeum espelho? Demais, decerto, das noções de física, com que se familiarizou, as leis da óptica. Reporto-me ao transcendente. Tudo, aliás, é a ponta de um mistério. Inclusive, os fatos. Ou a ausência deles. Duvida? Quando nada acontece, há um milagre que não estamos vendo"
There is a high prevalence of drug use among psychiatric patients, favoring worse prognosis and situations of vulnerability. The aim of this study was to understand the perception and management of mental health professionals related to the use of drugs among people receiving psychiatric care. Semi-structured interviews were conducted with 16 professionals. Through thematic analysis, three categories were constructed: (1) Identification of drug use, performed with some difficulty through self-reports, collected by doctors and nursing assistants, being the essential link; (2) Actions taken to manage drug use situations, focusing on abstinence counseling and many referrals; (3) Presence of moral discourses in the care offered. The team reports difficulties in dealing with situations of drug use among patients, from identification to management. The different ways of dealing with consumption were related to how the professional understands the use of drugs.
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