Em nosso editorial mais recente, foi orgulhosamente saudado o ingresso dos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia no seleto grupo de periódicos acolhidos pela SciELO, a "Scientific Electronic Library Online" (Biblioteca Científica Eletrônica em Linha), uma realização da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (F.A.P.E.S.P.) e do Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (BIREME). Recém-criada (1997) e operando regularmente desde o ano seguinte, a rede SciELO é um modelo para a publicação eletrônica cooperativa de periódicos científicos na Internet. Especialmente concebida para responder às necessidades de comunicação científica nos países em desenvolvimento, particularmente da América Latina e Caribe, mas já se estendendo aos países da península ibérica, a SciELO proporciona uma solução para assegurar a visibilidade e o acesso universal à literatura científica de nossas comunidades, contribuindo para o resgate de suas "ciências perdidas". Com justo respeito, representa um dos mais expressivos e vitoriosos modelos de organização e eficiência na promoção e reconhecimento internacional de publicações científicas meritórias.Com efeito, os temas das indexações, da visibilidade das publicações, da "ciência perdida", o de uso de índices bibliométricos, atualíssimos, tornaram-se relevantes para autores e vitais para as revistas científicas. Um exemplo dessas importâncias vem da ênfase que lhes é dada por nossas Universidades (para a avaliação de desempenhos acadêmicos) e pelas agências de fomento à pesquisa científica nacional (para avaliação dessas instituições e de seus docentes). Por outro lado, há vigorosos questionamentos sobre como a assunção dessas noções de validação de trabalhos tem sido pouco criticada por seus aplicadores. De fato, tanto pela relativa novidade com que se faz uso desses conceitos e critérios, quanto pelas conseqüências originadas das complexidades de seus gerenciamentos, o assunto é, no mínimo, polêmico, além de extenso. Quando cursos de pós-graduação ficam monitorados por "fatores de impacto", "publicações indexadas" e que tais; quando acadêmicos também passam a ter suas competências e desempenhos universitários medidos por idênti-cos parâmetros; quando os valores de órgãos de publicação tornam-se igualmente subordinados ao império desses quesitos, parece oportuníssimo ampliar a discussão sobre eles. Mas pela amplitude dos assuntos, digressões sobre "fatores de impacto" e demais índices bibliométricos devem ficar para oportunidade posterior, começando-se agora com um aprofundamento sobre as "indexações" e publicidades dos artigos, seus autores e periódicos em "bases de dados." Convém então uma reintrodução preparatória aos não iniciados nessa terminologia biblioteconômica, com um esboço dos principais aspectos temáticos. EDITORIAL Ainda sobre indexaçõesHarley E. A. Bicas, Edna T. Rother, Maria Elisa R. Braga A bibliometria é parte de uma metaciência, a cienciometria, concebida por um historiador do conhecimento, Derek de Solla Price, que propôs leis de...
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