A mandíbula é o único osso móvel da face e participa de funções básicas como mastigação, fonação e deglutição, além de participar da manutenção da oclusão dentária ocupando juntamente com a maxila a maior porção óssea do esqueleto facial 1 .Devido a sua topografia, anatomia e projeção no terço inferior da face, é freqüentemente atingida por traumas podendo resultar em fraturas, principalmente em acidentes de trânsito, agressões, quedas ou acidentes esportivos 10 .As fraturas mandibulares podem levar à deformidades, sejam por deslocamentos ou perdas ósse-as não-restauradas, com alterações de oclusão dentária ou da articulação temporomandibular (ATM). Quando não identificadas ou tratadas adequadamente, estas lesões podem levar à seqüelas graves, tanto estéticas como funcionais 1,6,11 .Este estudo tem como objetivo avaliar 166 pacientes consecutivos com fraturas de mandíbula atendidos e tratados no setor de Trauma de Face da disciplina de Cirurgia Plástica da UNIFESP-EPM, distribuídos conforme o sexo, idade, etiologia, localização das fraturas, técnicas de tratamento e complicações pós-operatórias. PACIENTES E MÉTODOForam estudados 166 pacientes consecutivos, vítimas de trauma mandibular (em um total de 267 fraturas), atendidos e tratados na disciplina de Cirurgia Plástica da UNIFESP/EPM no período de janeiro de 1991 a março de 1996.Os pacientes foram analisados através do levantamento de prontuários, avaliação das radiografias do pré e pós-operatório e através das Fichas de Trauma, específicas do setor de Trauma de Face da Cirurgia Plástica da UNIFESP / EPM. Foram então agrupados segundo o sexo, faixa etária, lesões associadas, tratamento e complicações pós-operatórias. RESULTADOSDo total de pacientes, encontramos 135 homens (81,3%) e 31 mulheres (18,7%), em um índice masculino/feminino de 4,3:1 (gráfico 1).A faixa etária variou de 1 ano e 4 meses a 59 anos (média de 27,11). As idades foram agrupadas em décadas, e a faixa etária mais acometida foi dos 20 aos 29 anos (42,8%), e a menos dos 50 aos 59 (4,8%) (gráfico 2).A etiologia mais freqüente de fraturas de mandíbula neste estudo foi relacionada aos acidentes de trânsito (81 casos -48,8%), em que 41,6% envolviam veículos de transporte e 7,2% atropelamento; seguido das quedas (44 casos -26,5) e agressões (39 casos -23,5%). Somente dois pacientes sofreram acidentes esportivos (gráfico 3). As diferentes etimologias dos acidentes de trânsito e agressões encontram-se na tabela 1.Foram identificadas 267 fraturas nos 166 pacientes tratados (1,6 fraturas/paciente), sendo que 86 pacientes (51,8%) apresentavam fraturas úni-cas e 80 pacientes (48,2%) fraturas múltiplas, com média de 2,2 fraturas/paciente no último grupo.A região do corpo da mandíbula foi a mais atingida (76 fraturas -28,5%), seguida do côndilo (71 fraturas -26,6%), região sinfisária (53 fraturas -19,9%), ângulo (38 fraturas -14,2%), e alveolar isoladamente (5 fraturas -1,9%). A região menos atingida foi o processo coronóide (3 fraturas -1,1%) (figura 1).Correlacionamos as fraturas de mandíbula com outras le...
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
334 Leonard St
Brooklyn, NY 11211
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.