Resumo Este trabalho reflete acerca das implicações paradigmáticas envolvidas na prática do Psicólogo Escolar nos dias de hoje, que tem sido modificada radicalmente ao longo de sua história voltando-se para uma prática relacional, baseada em um pressuposto do ser humano em construção histórica e social. Entretanto, quando este profissional adentra uma instituição educacional, depara-se com inúmeras dificuldades: falta de compreensão de outros profissionais da educação acerca do papel do psicólogo na escola; manutenção de uma prática excludente, individualista (o problema está no aluno ou na sua família), caracterizando um pensamento cartesiano e linear de causalidade. Porém, confrontando posturas, poderá criar espaços de reflexão junto aos sujeitos da escola, visando criar condições mais justas de existência. A partir do pressuposto histórico-cultural e da teoria sistêmica, apresentam-se formas de criação destes espaços de reflexão acerca dos problemas da escola, cujos resultados apontam para uma nova prática do profissional de psicologia escolar. Palavras-chave: Psicologia escolar; teoria sistêmica; psicologia histórico-cultural.
Refletindo acerca do papel do psicólogo escolar, este artigo apresenta uma intervenção sistêmica em uma das escolas do município de São José, Santa Catarina. Partindo da teoria sistêmica e da psicologia histórico-cultural, considerou-se a necessidade de ampliar a visão de “indivíduo dotado de problemas” para o entendimento dos sistemas diretos no qual o aluno vive: família e escola. Assim, famílias, professores e alunos participaram de alguns encontros com a psicóloga a fim de criar outros significados para a dificuldade apresentada na escola. O objetivo das intervenções foi circular a responsabilidade do “problema” entre os membros que participaram dos encontros. O artigo possibilita aos especialistas em educação novas maneiras de intervir nas escolas sem estigmatizar ou rotular o aluno.
RESUMO. Problematizando a constituição do sujeito a partir da análise de um episódio envolvendo dois bebês e uma professora, vídeo gravado em uma creche pública de Florianópolis/SC, procurou-se estudar a gênese dos processos de significação engendrados na situação analisada, observando a dinâmica das relações professora-bebês. Utilizando-se os aportes teóricos da psicologia histórico-cultural, mais especificamente as contribuições de Lev Semionovitch Vygotski, que considera a dupla dimensão do ser humano, sujeito e sujeitado, ressalta-se a importância do Outro no processo de significação e constituição do sujeito, sem deixar de lado a ativa participação do Eu, social e historicamente produzido. Palavras-chave: constituição do sujeito, processos de significação, Psicologia histórico-cultural.
O objetivo deste estudo foi identificar os fatores de risco e de proteção da prontidão escolar em crianças de cinco e seis anos de idade do Município de Rio do Sul/SC. Os participantes foram 130 crianças que estavam matriculadas em um dos sete centros de educação infantil públicos visitados e seus respectivos pais/mães. O suporte parental foi avaliado em quatro domínios: atividades engajadas, estímulos disponíveis, práticas parentais que promovem a ligação entre a família e a escola, e atividades previsíveis. A prontidão escolar foi avaliada através de quatro domínios, a saber, a identificação de cores e formas e formas copiadas, a descrição de figuras, a posição e o reconhecimento espacial, a identificação de números e a contagem e a identificação de letras e a escrita. A pesquisa correlacionou os estímulos presentes no microssistema familiar e a prontidão escolar das crianças. Os resultados reforçam a necessidade de as famílias se engajarem em atividades com os filhos e oferecerem estímulos materiais para que os filhos tenham maior prontidão escolar. Outros fatores que promovem a prontidão escolar são as variáveis relacionadas ao contexto familiar, como a escolaridade da mãe, a idade do pai (p<0,05) e a renda familiar, sendo que as crianças com escores mais altos de prontidão escolar tendem a ter mães com maior grau de escolaridade, pais mais jovens e famílias com maiores salários. Um fator de risco para a prontidão escolar a ser considerado são as famílias numerosas.
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