Realizamos um estudo qualitativo desenvolvido em dois grandes hospitais gerais da capital alagoana, no período de janeiro a julho de 2011, objetivando analisar as pacientes com lúpus atendidas ambulatorialmente quanto aos seus conhecimentos sobre a doença, o impacto desta no seu dia a dia e as suas relações familiares após o diagnóstico. Foram entrevistadas 12 pacientes, todas do sexo feminino, com idade entre 16 e 55 anos. Usamos um roteiro de entrevista aberta, seguindo roteiro previamente elaborado. As entrevistas foram gravadas e transcritas na íntegra para apreciação manual embasada na análise de conteúdo temático. Os resultados mostraram que o lúpus é uma doença impactante para suas portadoras e familiares, mas que nem sempre é vista de modo completamente negativo. O conhecimento está relacionado ao nível educacional, e suas relações familiares favorecem o bom prognóstico da doença.
Objetivou-se identificar o número de internações por Lúpus no estado de Alagoas no período de 2002 a 2007 com a análise de alguns aspectos relevantes. O Banco de Dados do Sistema Único de Saúde (DATASUS) foi utilizado como fonte de dados. As variáveis abordadas foram retiradas da Ficha de Autorização Hospitalar (AIH) e analisadas no programa EPI INFO 3.5.1 através de medidas estatísticas de frequência. Nesse período, 578 pacientes com Lúpus foram internados no estado de Alagoas, prevalecendo o sexo feminino (90,3%) e a média de idade de 24,36 anos. Quanto à procedência dos pacientes com Lúpus, a maioria era da mesorregião Leste, tendo destaque a cidade de Maceió (capital do estado), origem de 50,71% dos pacientes. A capital possuiu também o maior número de internações (94,3%). A especialidade que realizou maior quantidade de diagnóstico principal e admissão de pacientes com Lúpus foi a Clínica Médica (92,05%), sendo todas essas informações compatíveis com estudos semelhantes realizados em outros estados brasileiros. O mês de maior número de internações foi março, e o período de permanência de internação dos pacientes teve média de 7,24 dias. O custo médio por paciente foi de R$121,77; por dia de internação de R$16,80; e por ano de R$115,18, sendo esses dados divergentes daqueles encontrados na literatura, que mostra um custo em se manter o paciente com Lúpus por ano no Brasil de R$ 999,00, valor significativamente superior. Foram a óbito 14 (2,4%) dos pacientes estudados. Houve prevalência do diagnóstico principal de Lúpus Eritematoso Disseminado não especificado (45,33%).
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.