A estratégia de marca própria é adotada por redes varejistas que procuram obter vantagem competitiva por meio da comercialização de produtos que recebem suas marcas. Inicialmente, os produtos de marcas próprias possuíam a imagem de produtos baratos e de baixa qualidade. Porém, com a evolução do seu conceito, algumas redes estão utilizando estratégias de segmentação de suas marcas, oferencendo produtos exclusivos, de qualidade superior, com preços mais elevados e com grau de inovação. Nesse contexto, o objetivo deste artigo é descrever a dinâmica do processo de desenvolvimento de produtos para o caso das marcas próprias, comparando as práticas adotadas pelos agentes da cadeia produtiva e verificando como ocorre o processo de inovação desses produtos. O artigo baseia-se no estudo multicaso realizado em uma das três maiores redes de supermercados no Brasil e em três fornecedores de marcas próprias do setor alimentício. Como resultado, este artigo caracteriza o processo de desenvolvimento de produtos de marca própria e traz apontamentos sobre as estratégias atuais e perspectivas futuras para esse mercado.
ResumoO artigo analisa as estratégias de marcas próprias especificamente para o varejo supermercadista, considerando casos de redes inglesas e brasileiras. Após a revisão de literatura, realizaram-se entrevistas semiestruturadas em seis varejistas na Inglaterra e no Brasil e dados secundários foram coletados, seguidos de análise documental e análise de conteúdo. As diferenças entre os dois países são decorrentes da estrutura do varejo, do tempo de existência das marcas próprias, de perfil e hábitos/preferências dos consumidores. Fatores relacionados a cultura, legislação, economia e a forma de construir/gerenciar o portfólio de produtos descrevem as demais diferenças. Em ambos os países há a preocupação na utilização de diferentes formatos de loja para atender segmentos de mercado distintos, percebe-se a importância de estratégias de posicionamento, segmentação, marcas, sortimento, localização, imagem, ambiente de loja e composto de marketing, além da preocupação com seleção e avaliação de fornecedores de marcas próprias. Implicações incluem sugestões para varejistas supermercadistas. Palavras-chave IntroduçãoNo cenário atual torna-se difícil para as organizações construírem e manterem uma vantagem competitiva sustentável, um diferencial que lhes garanta posição de destaque em relação aos demais concorrentes no longo prazo. A adoção de estratégia de marcas próprias pode ser um diferencial para o varejo supermercadista.As marcas próprias conquistaram seu espaço no mercado tão logo as empresas passaram a agregar valor às suas marcas, por meio do desenvolvimento de atividades mercadológicas. A compra da marca própria aumentou na medida em que os clientes adquiriram conhecimento dos atributos da marca e perceberam como sendo reduzido o risco da compra de alguns produtos (BATRA; SINHA, 2000). Os clientes gradativamente têm aceitado a ideia dos distribuidores desenvolverem marcas premium, exclusivas e de qualidade superior e que não são necessariamente mais baratas que as marcas tradicionais de fabricantes (CONN, 2005). O sucesso da estratégia de marcas próprias no varejo está condicionado à eficácia no gerenciamento dos elementos de marketing que a compõem.Pesquisas específicas sobre a importância e adoção de marcas próprias para garantir competitividade para o varejo e outros temas relacionados a essa estratégia foram realizadas nos últimos anos, especialmente nos Estados Unidos e na Europa (LAAKSONEN; REYNOLDS, 1994;HOCH, 1997;BURT, 2000;CHINTAGUNTA et al., 2002;GARRETSON et al., 2002;DATTA, 2003;KENT, 2003;MIRANDA;JOSHI, 2003;DAVIES;BRITO, 2004;AILAWADI;KELLER, 2004; FEARNE et al., 2005;VAHIE;PASWAN, 2006). No Brasil, alguns autores têm se debruçado sobre o tema,
Purpose The purpose of this paper is to present an analysis of the cognitive relationship between personal values of buyers and attributes of automobiles. Design/methodology/approach In total, 60 interviews were performed with buyers of sporty and compact cars. The qualitative laddering technique guided data collection and analysis, resulting in two cognitive value maps (HVM). The results were interpreted based on three theoretical approaches: Schwartz (1994), Allen (2000) and Gutman (1982). Findings The dominant chains from the two models indicate connection between “design and hedonism,” “internal finishing and hedonism” and “security items and safety as a value.” Therefore, these customers are predominantly characterized by individualistic values: by the pursuit of personal pleasure and concern for personal safety. Research limitations/implications Due to qualitative techniques having been used, future research could validate some presented results through surveys based on the connections between the set of attributes and values presented in this research. Practical implications Results from this study can help to develop segmentation and advertising strategies, as well as marketing aftermarket actions based on the psychographic profile provided by the HVMs. They may also assist integration between the initial and final phases of new vehicles’ development which have concepts similar to those studied here. Originality/value The extant literature provides few studies with the specific objective of identifying connections between vehicle attributes and the personal values of the consumers. This paper presents an interpretation of the cognitive relationships between vehicle attributes and personal values through three theoretical perspectives, providing multidimensional profiles to explain consumers’ values.
PurposeThe objective of this study is to analyze how cross-functional integration contributes to the development of market-oriented strategies in the context of food and beverage manufacturers in Latin America.Design/methodology/approachA multi-case study was conducted in two multinational companies in Costa Rica and Brazil. Twenty-four semi-structured interviews were carried out with managers, leaders and supervisors.FindingsThe results showed four market-oriented processes: product launch, product delivery, customer complaints solution and improvement and innovation projects. Within these processes, 12 integration factors that impact market orientation were characterized. They also indicate that the concepts of market orientation and cross-functional integration should be integrated in the organizational culture to facilitate the understanding of the different needs and levels of urgency.Originality/valueThe studied literature does not emphasize the way integration is operationalized to allow organizations to be market oriented. According to our findings, responsive strategies depend on the integration of various internal functions to generate market intelligence. Managers must realize that when the workers are motivated and informed, they become more willing to take on a group vision and commit to organizational goals. This paper presents seven propositions on the operationalization of market orientation through cross-functional integration.
Este artigo apresenta uma análise da estrutura de valores pessoais de consumidores de automóveis em São Paulo (SP), estabelecendo uma comparação entre dois modelos: um esportivo e outro compacto. Foram realizadas 30 entrevistas com compradores desses modelos. A técnica qualitativa Laddering orientou a coleta e a análise. Esses consumidores buscam alguns valores pessoais em comum: prazer, autorrealização e vida excitante. O consumidor do modelo esportivo exerce uma avaliação utilitária; já a avaliação do compacto é simbólica e utilitária. As cadeias dominantes do modelo esportivo são homogêneas em relação aos tipos de valores pessoais; já o modelo compacto denota heterogeneidade evidenciando processos decisórios mais complexos.
This paper aims to evidence the cognitive structure of values of customers of regional brand from the South of Minas Gerais and Triângulo Mineiro regions. It aimed to identify perceptions about attributes, consequences, values and connections among these elements through a hierarchical map of values (HVM). The laddering technique helped in the collection, analysis and interpretation of field data. Thirty four in depth interviews were conducted in 7 retail stores, from the cities of Uberlândia and Lavras, in 2008. Results show that the brand's regional aspect consists in a buying determinant. The HVM shows that personal values, such as: well-being and self-accomplishment might be reached through attributes perceived in the brands. Such perception is shown, mainly, in the chains which originate in the attributes: 'from the region', 'sensorial characteristics', 'pure food' and 'cheaper product'. These chains may bring important orientations to marketing practice in such industry.
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