The Invention of the Brazilian Northeast was first published in Brazil in 1999 to critical acclaim. It is now in its fourth edition in Brazil, an impressive accomplishment for an academic study. The book is considered, in the words of Christopher Dunn, "a modern classic of Brazilian cultural history." Jerry Dennis Metz's excellent translation provides the opportunity for non-Portuguese readers to embark on a worthwhile intellectual journey with Durval Muniz de Albuquerque Jr. A well-regarded Brazilian historian-who has published extensively on the popular and artistic imaginaries, intellectual discourses, as well as on masculinities and queer studies-Albuquerque in this book offers an innovative historical examination in compelling prose that engages the reader from the very beginning of the book. In his Foreword to the English edition, James N. Green calls the book a
Baseado no fato de que o aprendizado da história, de que o conhecimento de versões sobre o passado não se dá apenas no interior da instituição escolar, que outras pedagogias atuam na sociedade e se utilizam de versões do passado para a formação das consciências e sensibilidades de homens e mulheres, o texto parte da trajetória de vida do poeta e professor português António Corrêa d’Oliveira e se interroga sobre os usos que fez da história não apenas em sua obra, mas em sua vida. O texto tenta mostrar, acima de tudo, como a própria vivência da história, as próprias experiências sociais, culturais e temporais que sofrem os sujeitos conformam dadas maneiras de pensar e lidar com o histórico. Neste caso, mostramos a relação intrínseca entre uma consciência e uma sensibilidade saudosista e dadas maneiras de ensinar e de aprender a história.
Resumo: O texto aborda o lugar dado ao negro e a contribuição africana para a história e a chamada cultura brasileira pelo erudito potiguar Luís da Câmara Cascudo. Tomando como objeto de análise seus escritos sobre a contribuição africana para a formação da sociedade brasileira, notadamente o livro Meleagro, procuramos analisar as imagens e os enunciados que, constantemente, estão associados ao negro e à cultura africana nas obras de Cascudo, como ele tende insistentemente em desafricanizar ou branquear a cultura brasileira, notadamente o que nomeia de cultura popular ou folclore. O texto tenta também entender o lugar de fala do erudito potiguar e o que o leva a ter esta visão sobre a participação dos africanos na constituição social do país e de seus costumes.
A partir de diálogos estabelecidos com obra Roland Barthes por Roland Barthes (2017), o presente artigo aborda a potência carnal que corporifica a escrita biográfica. Trata-se, então, de refletir sobre a aproximação entre carne e letra, apontando os espaçamentos entre elas, sobretudo no momento de escrever a biografia histórica de uma trajetória que habitou fora do texto. Assim, o debate aqui apresentado se interessa em trazer à tona, para a escrita biográfica, a dimensão espaço temporal e carnal da existência.
A morte colhe a Érico Veríssimo em plena escrita de sua autobiografi a. O seu Solo de Clarineta queda-se interrompido, silenciado por este encontro inevitável para todos os humanos. 1 Em conversa com Flávio Aguiar já demonstrara o temor de que lhe faltasse tempo para concluir suas memórias. 2 Memórias que, durante muito tempo, jurou que não iria escrever, por temer resvalar para uma ridícula autovalorização. 3 Mas, incomodado com as várias versões que circulavam sobre sua vida, resolve contar a sua própria história, como uma errata das várias versões de si mesmo. 4 Nesta resolução, o medo de que após sua morte viessem a prevalecer estas biografi as não autorizadas. Nesta resolução, o medo e a presença da morte, desta morte ferramenta, como nos diz Blanchot, esta que é sempre vizinhança e ausência, mas que permite e autoriza a obra, que permite o texto biográfi co e autobiográfi co. 5 É preciso ainda não estar morto para poder escrevê-los, mas é preciso sentir-se já morto, com a vida concluída, fechada, para poder iniciar a escrita, para poder tomar a decisão de escrever. Discurso de despedida, como o próprio Érico chega a admitir, embora para denegar esta idéia rapidamente, como sendo mórbida 6 , a autobiografi a encena este jogo perigoso com a morte, e através dele busca ligar uma vida a história, busca dar uma forma memorável a um nome que recobriu, durante um espaço de tempo, a existência de um corpo, um conjunto disperso e incontável de ações, de práticas, de acontecimentos, de pensamentos, de vivências, de relações, de feitos e defeitos. Biografar, escrever uma vida, dizer o que ela foi, desvendar-lhe o segredo, dizer sua verdade, é possível? Memorizar uma vida individual, dar-lhe uma história, é recuperar o que foi o seu Eu? Érico Veríssimo ao longo de sua autobiografi a parece oscilar entre respostas distintas para estas perguntas. Afi rma
O corpo com deficiência foi destinado, historicamente, a um lugar de segregação, sendo negada aos sujeitos, participação plena na sociedade e condições igualitárias de desenvolver suas potencialidades em diferentes aspectos da vida, dentre eles o campo da sexualidade. Desse modo, o discurso da inclusão faz proliferar visibilidades de ordem biopolítica que promovem um efeito de sentido de normalização para os sujeitos. Sob essa perspectiva, este trabalho tem como objetivo analisar o discurso da inclusão social do sujeito com deficiência que circulou na revista Sentidos e em redes sociais digitais, como o blog Pedagogiando, que reproduz os dizeres do discurso da revista para dar mais visibilidade e fazer circular sentidos sobre a sexualidade do sujeito com Síndrome de Down. Como respaldo teórico, usamos a Análise do Discurso de vertente francesa, na articulação das contribuições de Michel Pêcheux e de Michel Foucault. Destacamos o dispositivo da sexualidade como lugar de inscrição de posições-sujeito e de produção de subjetividades. É possível destacar que há, nesse discurso midiático, uma ordem do olhar que normaliza os sujeitos, por isso, o dispositivo da sexualidade emerge promovendo, através da relação corpo e cuidado de si, os modos de subjetivação. As relações de poder e saber agem como estratégias de governo de si e do outro, objetivando e subjetivando os sujeitos com deficiência através das práticas ligadas ao dispositivo da sexualidade, como amor, namoro e sexo, as quais oportunizam a construção de um sujeito de desejo, que entra na ordem discursiva da sexualidade.
Neste artigo, investigamos a construção de um imaginário da infância na poesia de Manuel Bandeira por meio da análise do poema “Evocação do Recife”, escrito em torno de 1925, e de sua presença em outros poemas posteriores do autor como “Profundamente” e “Vou-me embora pra Pasárgada”, ambos compilados na obra Libertinagem, de 1930. Em nossa abordagem, destacamos a ligação indissolúvel entre este “mundo da infância” criado pela poesia de Bandeira e o imaginário do patriarcalismo freyreano, ou seja, o “mundo dos avós” que Gilberto Freyre tentava recuperar em seus escritos para o Diário de Pernambuco durante os anos 1920.
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