A Síndrome de Guillain-Barré (SGB) é uma polineuropatia aguda imunomediada, também determinada como polirradiculoneuropatia idiopática aguda, dada por um distúrbio autoimune adquirido. Esta síndrome é marcada pela perda da bainha de mielina e dos reflexos tendinosos, englobando as polineuropatias agudas imunomediadas, as quais podem ser subdivididas em dois tipos: desmielinizantes e axonais, a qual pode ser desencadeada por um gatilho imunológico por etiologia viral, bacteriana, fúngica ou genética. Quando se trata da SGB por etiologia pelo SARS-COV-2, há relatos na literatura de pacientes acometidos que desenvolveram manifestações neurológicas na síndrome pós-COVID-19, determinada pela apresentação de sintomas por mais de três meses após a fase aguda da doença. Neste sentido, este artigo tem como objetivo descrever as principais manifestações clínicas, diagnóstico e tratamento para os pacientes acometidos pela SGB na síndrome pós-COVID-19. Realizou-se uma revisão retrospectiva, bibliográfica nas bases de dados do MEDLINE/PubMed e LILACS, através dos descritores/palavras-chave e operador booleano: "Infecções por Coronavirus" AND "Síndrome de Guillain-Barré". Formam localizados 86 artigos e após aplicados os critérios de inclusão e exclusão, foram incluídos oito artigos de relato de caso para análise. O sexo mais acometido foi o masculino (75%), com idade média em 52 anos com mínima de 21 anos e máxima em 66 anos. Os sintomas de apresentação para COVID-19 variaram desde assintomáticos (12,5%) a sintomáticos (87,5%) com presença de tosse (75%), febre (62,5%) e outros. A primeira manifestação neurológica pós-COVID-19 foi em 13 dias, sendo as manifestações neurológicas principais como paralisia facial periférica bilateral, disartria e arreflexia. Ao analisar o líquido cefalorraquidiano, obteve-se presença de dissociações albuminocitológica (87,5%) e bandas olioclonais (12,8%). Quando realizada eletroneuromiografia, os subtipos neurofisiológicos encontrados foram classificados em sua maioria pela neuropatia desmielinizante (50%), com sua variante principal para SGB para sensitivomotora clássica (62,5%). A maior parte dos pacientes, após diagnóstico da variante principal para SGB (87,5%), foram submetidos a tratamentos com imunoglobulina endovenosa (75%) e plasmaferese (12,5%), com evolução clínica favorável e posterior alta hospitalar.
Objetivo: Analisar evidências científicas sobre perfil clínico, prevalência e mortalidade de pacientes adultos hospitalizados com doença hepática crônica (DHC) infectados com SARS-COV-2. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica no método revisão integrativa de literatura, realizado em fevereiro de 2021, nas bases de dados MEDLINE/PubMed, EMBASE e LILACS, por meio dos descritores/MESH: "COVID-19" AND "chronic liver disease", combinados com o operador booleano "AND". Foram critérios de inclusão: artigos originais disponíveis na íntegra, completos, publicados entre 2019 e janeiro de 2021, nos idiomas português, inglês e/ou espanhol, e temática condizente. Os critérios de exclusão foram: artigos incompletos, duplicados, sem relação com o tema, em pre-proof, teses, dissertações, monografias e manuais. Resultados: Foram incluídos sete artigos. Foram analisados 1693 pacientes adultos hospitalizados infectados com SARS-COV-2 e obteve-se frequência variando entre 0,79% e 50%, em comparação a população hospitalizada infectada com COVID-19 com e sem DHC. O perfil clínico dos pacientes com DHC e COVID-19 teve predominância masculina, média de idade: 55 anos, doença hepática gordurosa não alcoólica como DHC prévia e hipertensão como comorbidade principal. Os sintomas mais relatados foram tosse(80,8%), presença de infecção(73,1%), expectoração(26,9%), dispneia(25%), mialgia ou fadiga(13,5%). As principais alterações laboratoriais e de imagem incluíram elevação nas enzimas hepáticas, linfopenia, opacidades difusas e padrão de vidro fosco. A mortalidade foi mais significativa em pacientes DHC e COVID-19 imunossuprimidos variando entre 1,78% e 8,1%. Conclusão: Os dados propõem uma tendência de perfil clínico, prevalência e mortalidade, porém há necessidade de outros estudos coorte ou ensaios clínicos randomizados com amostras maiores para confirmar hipóteses.
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