Este artigo versa sobre a atuação da American & Foreign Power (AMFORP) no Espírito Santo por meio da sua subsidiária local, a Companhia Central Brasileira de Força Elétrica (CCBFE), fornecedora dos serviços de eletricidade, transportes urbanos e telefonia. Por outro lado, analisa a reação regional efetivada pelo médico Américo Oliveira, que publicou uma série de artigos em A Gazeta. Esses documentos permitem a análise da cultura material da eletrificação capixaba; da reação regional mobilizada pelo médico Américo Oliveira e a sua transformação do contexto de 1946 até 1953, quando uniu a crítica moralista do tipo udenista ao nacionalismo. Utilizando a análise do discurso adaptada para historiadores e os conceitos de noções, crenças, projeto e propaganda de André R. V. V. Pereira foi possível indicar os atos comunicativos voltados para o convencimento público, onde os projetos nacionais e internacionais entraram em combate aberto.
<p>Esse artigo toma o jornal do Partido Comunista do Brasil (PCB), <strong>Folha Capixaba</strong>, no período de 1957 até 1961, como base para estudar as relações estabelecidas entre o poder de Estado, a direção da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), o Sindifer (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de Vitória) e os trabalhadores. Buscamos identificar as estratégias usadas por comunistas e trabalhistas como mediadores no interior desse arranjo de poder. Para tanto, discutimos com a literatura especializada e buscamos uma solução interpretativa que não seja unilateral no sentido dos mecanismos de controle ou cooptação, das dinâmicas internas das lideranças e das realidades vividas pelos ferroviários. Além disso, acompanhamos as circunstâncias mutantes de uma conjuntura complexa e rica, nas quais os atores por vezes se aliaram ou se afastaram, mas tendo sempre que dar respostas satisfatórias às pressões de suas bases e tendo em vista os limites estabelecidos. </p>
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