Os pressupostos teóricos deste estudo baseiam-se primordialmente na interseção dos Estudos Culturais e seus desdobramentos nos estudos pós-modernos, pós-estruturalistas e teoria queer voltados para a educação, sexualidades, gênero e masculinidades sob a ótica das reflexões das relações escola, conhecimento/ saber e poder, currículo e cultura. Ao articularmos conjuntamente as contribuições dessas matrizes epistemológicas, nos foi possível estabelecer uma reflexão acerca da escola nos processos de materialidade dos corpos enquanto artefato performativo (BUTLER, 2010).
O artigo examina o filme “The Prom” (2020) para mostrar como o cinema tem funcionado, não apenas como forma de ativismo social, mas também, como produção de políticas de subjetivação. De caráter interdisciplinar, contribui para múltiplos campos acadêmicos incluindo estudos literários e culturais, estudos de mídia e comunicação, estudos de cinema arte contemporânea, teatro e estudos de performance, estudos de gênero e sexualidade.
O presente artigo tem como objetivo dar potência à lôka puta travesti Amara Moira, a partir das narrativas extraídas de sua obra E se eu fosse puta, 2018, que é um modelo potente para a subjetivação da loucura de uma puta travesti dentro de uma narrativa autobiográfica. Apresenta uma análise de uma narrativa de si, a qual explicita as dissidências sexuais e de gênero e sua necessária transgressão à heterocisnormatividade, trazendo corpos que expõem suas loucuras, seus desejos, suas alegrias e prazeres.
[Recebido em: 29 jul. 2021 – Aceito em: 30 out. 2021]
O ensaio interdisciplinar entende a “cena travesti” no Brasil enquanto estética travesti, prática profissional do travestismo, distante das questões identitárias e propõe a divisão desta cena em quatro ondas, fases, movimentos. Baseado nos estudos sobre o Teatro e a História, as autoras se debruçam sobre a primeira onda travesti de onde extraem relevantes características estéticas do Teatro de Revista que irão refletir, seja na segunda onda, seja no entendimento de gênero enquanto construção, invenção social normativa.
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A partir da ideia de que as funções de escrita acadêmica estão inscritas em práticas normativas e não podem existir para além das fronteiras das práticas convencionais, ou para usar um termo mais adequado, “heterossexuais”, a autora articula a noção de escrita queer para a produção científica em artes. A partir de uma abordagem metodológica que envolve a scavenger methodology (Halberstam), o conceito de “sublime no banal”, de Denilson Lopes (2007) e a “desaquendação” da colonialidade, o texto, ao investir em novas lógicas e abordagens inovadoras, encontra formas de resistir à normalização dos discursos dominantes na sala de aula e reivindica um sentido de agência na e através da escrita, que em última análise, funciona para silenciar vozes dissidentes.
Este trabalho busca um diálogo entre educação, cidadania e os direitos humanos na constituição das diversas identidades sexuais e de gênero. Sob a égide dos fundamentos do Estado Democrático de Direito, dos direitos fundamentais com Declaração Universal dos Direitos Humanos buscamos prevenir a violação e negação dos direitos da pessoa no âmbito escolar, no que tange a diversidade sexual e de gênero. Esperase que esse estudo promova reflexões acerca das normas regulatórias do sexo que sejam capazes de operacionalizar gênero, identidade de gênero e orientação sexual sob a égide diversidade e da diferença, bem como uma ação docente que faça cumprir o que estabelece o artigo 5º da Constituição: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”.
O artigo, fruto de pesquisa sobre as infiltrações da performance no teatro contemporâneo, produzido na encruzilhada entre Arte, Ciências Sociais e Humanas, busca explorar as relações entre o teatro, corpo e colonialidade, a partir do trabalho realizado em duas obras do artista espanhol Abel Azcona, a saber, “España os pide perdón” e “Empatía y Prostitución”. Para pensar a experiência da decolonialidade na arte, optamos por intelectuais de caráter heterogêneo e transdisciplinar, dentre os quais Paul B. Preciado, Suely Rolnik e Rancière. Espera-se constatar que Azcona, enquanto artista contemporâneo, acredita na arte como um instrumento transformador, útil para a revolução micropolítica pensada por Preciado e que as obras autobiográficas aqui abordadas possuem marcadores políticos que expressam uma profunda rebelião contra a sociedade.
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