A chegada do primeiro fi lho confi gura-se como uma fase de muitas mudanças na vida da mulher. No âmbito psicológico, destacam-se os aspectos emocionais envolvidos com a gestação, o parto, o puerpério e a relação mãe-bebê. Este estudo buscou conhecer os sentimentos maternos acerca da gestação, do nascimento e da relação mãe-bebê em mulheres que vivenciaram a experiência da maternidade pela primeira vez. Participaram do estudo seis mães primíparas cujos bebês estavam na faixa etária de sete a doze meses e eram participantes do Programa da Criança de uma Unidade Básica de Saúde de uma cidade do interior do Rio Grande do Sul. A pesquisa teve caráter qualitativo, sendo utilizado como instrumento entrevistas semiestruturadas. Através da análise qualitativa de conteúdo foram identifi cadas as seguintes categorias temáticas: "Deu positivo: tô grávida" e Relação mãe-bebê: um processo de descobertas. Os resultados apontaram a presença de sentimentos como alegria, negação, surpresa e angústia frente à confi rmação da gestação. O período gestacional foi marcado por instabilidade emocional e irritabilidade, além de sentimentos de insegurança em relação à maternidade. No que diz respeito à relação mãe-bebê, esta foi descrita pelas mães como sendo uma vivência gratifi cante e afetuosa. Além disso, houve um reconhecimento das difi culdades e deveres envolvidos no exercício da maternidade. Por fi m, destaca-se a primeira experiência de maternidade como um momento intenso na vida da mulher, no qual é importante poder contar com o apoio de pessoas em quem ela confi e e com quem se sinta segura.
O diagnóstico de câncer infantil é um evento extremamente difícil e impactante, capaz de causar consequências físicas e emocionais, inclusive para as mães. Trata-se de uma pesquisa qualitativa que objetivou investigar as vivências de mães de crianças em tratamento oncológico. Participaram 10 mães de crianças em tratamento oncológico que frequentam uma casa de apoio localizada na região norte do Rio Grande do Sul. As entrevistas foram analisadas por meio da análise de conteúdo de Bardin. Os resultados mostraram que o diagnóstico causa grande impacto e uma sensação de impotência diante da doença, ocasionando sentimentos de tristeza, medo e insegurança. As mães alteraram sua rotina em função dos cuidados com seus filhos e a casa de apoio exerceu papel fundamental no acolhimento e suporte. Sugere-se acompanhamento psicológico individual e grupo de apoio para as mães, a fim de auxiliá-las nesse período delicado e de sofrimento em suas vidas.
RESUMO O Transtorno da Acumulação (TA) caracteriza-se pela aquisição de itens desnecessários, dificuldade em se desfazer de objetos e a desorganização do ambiente de convívio. O estudo de caso analisa as características de personalidade e os sintomas psicológicos comórbidos em uma paciente com diagnóstico de TA. Para o levantamento de dados, utilizou-se uma entrevista semiestruturada, o Questionário dos Esquemas de Young (QEY-S2), o Inventário dos Estilos Parentais de Young (IEP), o Inventário de Depressão e Ansiedade de Beck (BDI-II e BAI, respectivamente), o Inventário de Sintomas de Stress de Lipp (ISSL) e o Método de Rorschach. Nos resultados, observou-se a presença de Esquemas Iniciais Desadaptativos (EIDs) pertencentes ao domínio de desconexão e rejeição, sugerindo uma conexão entre os sintomas do TA e experiências emocionais negativas vivenciadas pela paciente durante a infância. Futuramente, recomenda-se a realização de novos estudos com delineamento transversal no intuito de substanciar os resultados obtidos pela presente pesquisa. Palavras-chave: transtorno da acumulação, depressão, ansiedade, esquemas iniciais desadaptativos. ABSTRACT-Psychological symptom evaluation in accumulation disorder: A case study Accumulation disorder (AD) is characterized by the acquisition of unnecessary items, difficulty in disposing objects, and disorganization of the convivial environment. The case study analyzes personality characteristics and comorbid psychological symptoms in a patient diagnosed with AD. For data collection, a semi-structured interview was used, the Young Schema Questionnaire (YSQ-S2), the Young Parenting Styles Inventory (PSI), the Beck Depression Inventory and the Beck Anxiety Inventory (BDI-II and BAI, respectively), the Lipp Stress Symptoms Inventory (LSSI), and the Rorschach Method. In the results, we observed the presence of Early Maladaptive Schemas (EMS) belonging to the disconnection and rejection domain, suggesting a connection between AD symptoms and negative emotional experiences experienced by the patient during childhood. In the future, new studies with a cross-sectional design are recommended in order to substantiate the results obtained by the present research.
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