O presente artigo ocupa-se com a análise exegética de Mc 13,24-27, sob o Método Histórico-Crítico, e, portanto, segue os passos clássicos do método, a saber: tradução, crítica literária, crítica da forma, crítica do gênero literário, crítica da redação, crítica das tradições e, por fim, o comentário exegético. O objetivo principal é analisar a expressão “ὁ υἱὸς τοῦ ἀνθρώπου/filho do homem”, a fim de compreender a reelaboração desta tradição pela comunidade marcana. A motivação se deu a partir das mudanças hermenêuticas que o epíteto sofre no decorrer da literatura bíblica até a sua consolidação, atribuída ao Cristo no Novo Testamento. Afinal, quais circunstâncias ou contextos influenciaram na reelaboração desta tradição, gerando uma leitura totalmente nova pelo autor do Evangelho de Marcos? O artigo mostra que o autor do Evangelho não estava alheio ao ambiente cultural que o circundava e sugere a releitura desta tradição como uma resposta à literatura de Enoque, corrente no século I.
O presente artigo objetiva analisar o uso de citações, alusões e ecos do Antigo Testamento na epístola de Paulo aos Romanos. Utilizam-se os critérios apontados por Richard Hays e G. K. Beale em suas obras. O estudo faz uma introdução acerca do uso do AT no NT, no epistolário paulino e, mais especificamente, em Romanos, apresentando um quadro contendo os textos onde Paulo faz uso do AT nesta epístola. As conclusões da pesquisa apontam que Paulo não fazia uso do AT de modo aleatório, mas proposital, a partir de um pensamento comum ao judaísmo do primeiro século. A pesquisa evidencia, ainda, a prevalência do uso da Septuaginta (LXX) em detrimento do Texto Hebraico (TH) e que, mesmo nos textos onde se faz referência direta ao TH, é possível relacioná-lo à LXX, configurando, desse modo, o uso corrente e prioritário desta versão das Escrituras em Romanos, o que também ocorre em outras cartas paulinas e livros do NT. O objetivo principal deste estudo é entender como e porque Paulo usou tão exaustivamente as Escrituras de Israel nesta que foi a maior de suas cartas.
Este trabalho tem por objetivo analisar as diferentes formas de tratamento, discussão e exibição do golpe civil-militar de 1964 no Brasil, assim como seu posterior desdobramento em 21 anos de uma ditadura que reprimiu e violentou a democracia, em diferentes livros didáticos, em uma tentativa de enxergar aproximações e distinções de acordo com cada autor e época discutida. A pesquisa busca demonstrar os usos e desusos do livro didático na sociedade, entendendo-o como importante estratégia de propagação de discursos ideológicos e regimes políticos. Como fonte primária, recorreu à análise de quatro livros didáticos encontrados no depósito de uma escola de Magé/RJ, publicados entre as décadas de 1970 e 2001 e que trazem, em seu conteúdo, debates sobre o período da ditadura militar no país. Concluiu que a ditadura militar usou os livros didáticos como meio de propaganda do regime, assim como deixou profundas marcas na didática do Ensino Básico brasileiro que, de diferentes formas, vão sendo superadas em nosso país.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.