Resumo: Elemento fundamental da cultura contemporânea, a imagem exibida por telas de computadores pessoais, de televisores, telefones celulares e tocadores MP4 veicula informações, promove entretenimento, gera paradoxalmente distanciamento ou aproximação das pessoas e faz parte do cotidiano urbano. O videoclipe -materialização visual de canções "populares" em uma ambiance plena de signos voltados para os "jovens" -é um dos formatos que têm migrado de uma tela a outra e se renovado. Do ponto de vista da recepção, o videoclipe é assistido pela televisão, mas também pelo computador e pelos aparelhos portáteis. Na esfera da produção é feito profissionalmente, mas alternativamente por jovens amadores que partilham versões na Internet. Partindo dessas observações, o objetivo deste ensaio é refletir sobre o clipe musical, o imaginário sobre os jovens que ele porta e as possibilidades de mobilidade e de socialidade que envolve -especialmente no espaço das cidades.
Neste artigo analisamos os desdobramentos da campanha publicitária “Hope ensina”, estrelada pela modelo Gisele Bündchen para a marca de lingerie em setembro de 2011. Na campanha, a sensualidade da “mulher brasileira” é usada como recurso para amenizar más notícias. Criada pela agência Giovanni+DraftFCB, a campanha chamou a atenção da Secretaria de Políticas para as Mulheres, que solicitou ao Conar a suspensão da publicidade e manifestou ao anunciante seu repúdio à campanha. Em termos metodológicos, reunimos um anúncio e três comerciais que foram descritos e analisados à luz da leitura de Mauss, Goldenberg e Lipovetsky
O objetivo deste artigo é investigar a produção de sentidos sobre o corpo feminino a partir de um imaginário de gênero posto em evidência por meios de comunicação. Partindo de um referencial teórico que inclui Durand, Wunenberger e Breton, fazemos uma leitura da polêmica desencadeada pelo lançamento de produtos referentes à Copa do Mundo realizada no Brasil contendo imagens de caráter ambíguo sobre a mulher brasileira. A questão teve destaque na imprensa internacional instaurando um campo polifônico e polissêmico repleto de tensão. Metodologicamente, esta é uma pesquisa de natureza qualitativa orientada pelos princípios da sociologia compreensiva. Por meio de pesquisa documental de material midiático, assim como da leitura das falas, relacionamos mitos, imaginários e conflitos tendo em vista sua oposição e complementaridade. Finalmente, fazendo uso da distinção entre problema social e problema sociológico, buscamos compreender a situação em termos de interação social.
ResumoNa constituição dos imaginários urbanos, cidade e corpo se comunicam, veiculam mensagens e jogam um importante papel. Neste artigo, nos dedicamos a estudar o corpo que aparece como uma das imagens de uma cidade. Ao realizar esse exercício através da análise de uma série de cartões-postais das praias do Rio de Janeiro, buscamos romper com a naturalização desse corpo, do modo como aparece e dos locais onde é mostrado. Partindo de uma perspectiva semiológica e antropológica, lançamos mão de uma metodologia qualitativa para analisar imagens fotográficas reproduzidas nos postais e a realidade social que elas (re)constroem.Palavras-chave: Corpo; Imaginário; Cidade.
AbstRActIn the constitution of urban imaginary, city and body communicate, transmit messages and play an important role. In this article, we study the body that appears as one of the images of a city. When doing this exercise by examining a series of postcards from the beaches of Rio de Janeiro, we try to break with the naturalization this body, the way it is shown and where it appears. Starting from a semiological and an anthropological perspective, we use a qualitative methodology to analyze photographic images reproduced on postcards and the social reality that they (re)construct.
Obsoletos como objetos tecnológicos, os cartões telefônicos retrataram imagens do Rio de Janeiro, cumprindo mais do que uma função prática. Atualmente peças de colecionadores, esses cartões falam do imaginário da metrópole, como dos charmosos bondes cariocas retratados, outrora símbolos de uma cidade moderna e que nos levam a formular questões em torno de sua persistência, presente em sua versão atual, o VLT. Partindo dessas pistas, o artigo tem como objetivo discutir a recorrência de imagens e sua relação com o imaginário. A investigação revela-se importante pela tarefa de compreensão da fabricação do imaginário sobre a metrópole carioca. De natureza qualitativa, a metodologia empregada privilegia uma abordagem interpretativa de imagens e categorias de pensamento. Os resultados mostram que as imagens do bonde operam como mediadores entre o passado e o futuro, sendo ao mesmo tempo, signo de uma cidade que se embelezava no começo do século XX e que busca, nas primeiras décadas do século XXI, se reinventar.
O artigo estuda o fenômeno da subjetivação nas narrativas publicitárias de cosméticos para mulheres da empresa Salon Line. Mobiliza as categorias corpo, gênero, subjetividade e consumo como construções sociais. Trata-se de pesquisa exploratória, um estudo de caso desenvolvido a partir de amostra qualitativa por escolha, orientado por abordagem epistemológica compreensiva. A questão discutida diz respeito a como tais narrativas sugerem que a consumidora se individualize, introjetando, no entanto, uma norma que na realidade é exterior. Resultados preliminares deixam entrever que a suposta autonomia presente na publicidade omite o intricado processo de interiorização de normas exteriores.
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