A condução de estudos clínicos envolve uma complexidade de atividades que devem ser rigorosamente observadas e seguidas, principalmente no que se refere à segurança e proteção aos sujeitos de pesquisa, às boas práticas clínicas e aos aspectos regulatórios. E a maneira mais apropriada de contemplar as atividades relacionadas aos aspectos referidos é por meio da elaboração dos Procedimentos Operacionais Padronizados -POP, um componente vital em qualquer sistema de gerenciamento de qualidade 1,2 . O POP é o "procedimento que busca fazer com que um processo, independente da área, possa ser realizado sempre de uma mesma forma, permitindo a verificação de cada uma de suas etapas. Ele deve ser escrito de forma detalhada para a obtenção de uniformidade de uma rotina operacional, seja ela na produção ou na prestação de serviços" 3 . Basicamente, a importância do estabelecimento de POPs em um centro de pesquisa reside em: melhor preparo na condução de estudos clínicos, garantia de processos consistentes, treinamento, profissionalismo e credibilidade, garantia da qualidade por meio da padronização, rastreabilidade do processo, tanto internamente (revisões e atualizações) como em inspeções e auditorias, harmonização dos processos em pesquisa clínica na instituição.A elaboração de um POP fundamenta-se basicamente em fazer o mapeamento de um processo específico contemplando todos os passos para a realização deste; para isso, é indispensável o envolvimento dos responsáveis pela execução das tarefas, assim como a análise de cada passo a fim de verificar qual é o mais fácil e eficiente a ser seguido 1 . Uma série de passos está envolvida na elaboração de um POP, mas antes de tudo é fundamental o desenvolvimento de um formato padrão, ou seja, um POP de como fazer um POP.Ao escrever um POP, alguns itens devem ser contemplados em seu formato, tais como: cabeçalho contendo o tipo do documento, título, código, logotipo da empresa ou instituição, área responsável, responsáveis pela elaboração, aprovação e autorização, objetivos, abrangência ou aplicabilidade, responsabilidades, abreviações e definições, descrição dos procedimentos, referências e anexos; paginação, versão e número da última revisão podem estar no rodapé 3 A ginecomastia pré-puberal com transmissão dominante, entidade rara, também chamada síndrome de excesso de aromatase, está relacionada à aromatização extraglandular de andrógenos. A aromatase, enzima chave para a síntese de estrógenos, é codificada pelo gene aromatase p450 (CYP 19). Alguns autores descreveram as características clínicas, hormonais, bioquímicas e genéticas em uma única família com sete homens afetados antes do início da puberdade, em três gerações. Ainda foram descritos os efeitos terapêuticos dos inibidores da aromatase. A cultura de células de pré-adipocitos do tecido gorduroso mamário e dos linfócitos periféricos não revelou aumento da atividade aromatase. Portanto, o tecido
A banalização da cesárea, em sua acepção ampla, desloca para planos ínfimos de importância as manobras e as técnicas 1 existentes para reverter quadros de possível depressão fetal, durante o trabalho de parto, recursos esses elaborados para se concretizar um parto por via vaginal. O aprimoramento da tecnologia de vigilância do bem-estar fetal 2 , aplicada durante esse curto período da gestação, facilitou sobremaneira a instituição de cuidados preventivos e terapêuticos porque as ferramentas disponibilizadas permitem a detecção precoce dos desvios agudos na fisiologia feto e uteroplacentária. Entretanto, observa-se que, ao avesso de se aproveitarem dessas vantagens para o estabelecimento de medidas corretivas, ao reconhecerem quaisquer irregularidades, os obstetras brasileiros utilizam-nas como subterfúgio para a indicação imediata da via abdominal de nascimento, a despeito das eloqüentes taxas de falsos-positivos (até 80%) exibidas pelos testes aplicados 2 . Embora essas anormalidades do trabalho de parto sejam responsáveis por número irrisório de casos com desfecho tão crítico e sua ocorrência seja pouco freqüente, a paralisia cerebral 3 e outras seqüelas neurológicas pós-natais são preocupações constantes nas atividades em Centro Obstétrico. De fato, as complicações profissionais resultantes disso, na esfera civil e judicial implicam grande ônus emocional e, às vezes, econômico. Em face disso, é oportuno, mesmo que soe anacrô-nico e de pouca factibilidade, enfatizar as medidas fundadas para a correção da hipoxia intraparto. Por óbvio, é desnecessário salientar que uma instrumentalização mínima é obrigatória. Nesse sentido, a cardiotocografia (CTG) é soberana para a monitorização da freqüência cardíaca fetal (FCF) e compõe a metodologia primária para essa finalidade, empregada na maioria dos centros obstétricos dos países desenvolvidos e nos centros nacionais mais bem estruturados. Nos resultados não-tranqüilizadores desse exame, idealmente pode-se complementar a análise da vitalidade fetal por meio da gasometria 4 , oximetria ou pela eletrocardiografia fetal 2 . Se, porventura, existirem fortes indícios de hipoxia fetal, mesmo na indisponibilidade de métodos complementares à CTG, deve-se instituir os procedimentos de ressuscitação intra-uterina constituídos por: a) reposicionamento materno, nas situações de inadequações hemodinâmicas maternas e mal posicionamento do cordão umbilical (desacelerações variáveis da FCF); b) redução da atividade uterina, suspendendo a infusão de ocitocina ou ministrando uterolíticos; c) infusão de fluido intravenoso, seja solução fisiológica ou de ringer-lactato, mesmo não havendo evidências de déficit volumétrico materno; d) administração de oxigênio, de preferência, por meio de máscaras especiais, tipo non-rebreather facemask; e) amnioinfusão para corrigir os efeitos das compressões funiculares; f) suspensão temporária dos esforços expulsivos (puxos) até a recuperação da reserva fetal em oxigênio 1 . Nada a obstar à inexistência de consenso a respeito da eficácia de cada medida d...
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