RESUMO: Em sua teoria de “formação literária”, Antonio Candido condiciona a existência de uma literatura “como sistema” a cinco fatores “em interação dinâmica”, divididos em dois grupos. Os dois “denominadores internos” são uma língua comum e temas que expressem os anseios e a identidade de uma coletividade. Os três “denominadores psicossociais” consistem em autores conscientes de seu papel, um público para as produções desses autores e uma linguagem literária que se traduza em obras. No contexto deste trabalho os denominadores internos são a variante australiana do inglês e as temáticas rurais relacionadas ao outback australiano e seus habitantes. Henry Lawson é apresentado como um autor engajado com as questões identitárias da Austrália por meio de sua obra ficcional e poética, o que lhe rendeu imensa popularidade entre o público leitor e um lugar de destaque no cânone australiano. Procura-se, assim, analisar as particularidades da interação entre os elementos formadores da literatura australiana, localizando o momento de formação dessa literatura na segunda metade do século XIX, especialmente na década de 1890. PALAVRAS-CHAVE: Antonio Candido, formação da literatura, literatura australiana.
Henry Lawson (1867-1922) occupies a central position in the so called "Australian bush tradition". Lawson's poems, essays and short stories have contributed to the specific perception of "Australianess" that famously characterised the 1890s but has left its marks in the way Australians see themselves today. This work examines the phenomenon of the appropriation of the English language by Lawson and his expert use of local aspects of English in short stories such as "The Drover's Wife" and "A Love Story". That appropriation can be verified in the author's adoption of "Australianisms" as well as in his writing style and the rhythm of his sentences, where the influence of popular literary modes, such as the "bush ballad" and the "yarn" can be detected. The combination of local themes and modes of expression with an objective, almost journalistic style outbalances mere provincial or parochial tendencies and makes of Lawon a precursor of the language of the modern short story even before it became mainstream in the rest of the world.
RESUMOShakespeare Apaixonado pode constituir-se uma excelente porta de entrada para o universo shakespeareano. O filme desmistifica a figura de Shakespeare como gênio inacessível, mostrando de maneira bastante original o período histórico, o contexto literário e o modus operandi do teatro elisabetano.Palavras-chave: Shakespeare, metodologia de ensino, cinema ABSTRACTShakespeare in Love can be an excellent entrance path into Shakespeare's world. The film reverses the notion of Shakespeare as an untouchable genius, showing the historical period, the literary context and the modus operandi of elisabethan drama from a very original perspective.Key words: Shakespeare, teaching methodology, cinema MEDO DE SHAKESPEAREVejamos quais poderiam ser, do ponto de vista de um público leigo, algumas idéias pré-concebidas a respeito de Shakespeare, idéias essas provindas do senso-comum e, assim sendo, capazes de intimidar possíveis leitores, dificultando o trabalho do professor de literatura ou de língua inglesa.Um primeiro empecilho, particularmente em se tratando de um falante de inglês como segunda língua, é o próprio inglês renascentista, o qual, ainda que reconhecível, costuma causar estranheza ao leitor contemporâneo.Também a forma poética dos textos pode afastar candidatos a leitor. Mesmo nas melhores traduções, tentar entrar no universo lingüístico de Shakespeare pode converter-se em uma árdua tarefa, pelo rebuscamento da linguagem e artifícios poéticos sofisticados.1 Déborah Scheidt é mestre em Letras -Literaturas de Língua Inglesa e professora no Centro Universitário Campos de Andrade (UNIANDRADE) e Faculdades Curitiba. REVISTA X -vol. 2 (2006)2 Outro fator que pode engrossar esta lista é que, apesar de Shakespeare ser repetidamente denominado de escritor "universal" ou seja, um exímio detector dos sentimentos humanos mais básicos -como o amor, a inveja, a cobiça, a amizade, a dúvida, a honra, o ódio, a deslealdade...-, suas peças foram escritas "sob encomenda" para um público e uma maneira de fazer teatro muito particulares. Por estarmos distanciados quase 500 anos desse público e desse teatro, podemos encontrar barreiras cognitivas ao fazer uma leitura das peças com olhos contemporâneos: o que fatalmente faria rir ou chorar uma platéia elisabetana, pode não corresponder perfeitamente ao que hoje consideramos cômico ou trágico. Também o que hoje nos parece inverossímil poderia ser perfeitamente lógico naquela época ⎯ e vice-versa.Por fim, muitas pessoas sentem-se propensas a evitar Shakespeare, intimidadas simplesmente pelo mito de gênio sagrado e inquestionável da literatura universal -e por conseqüência inacessível -que se construiu, ao longo de séculos e séculos de "bardolatria", ao seu redor. O NERVOSISMO DO PRIMEIRO ENCONTROÉ certo que prática de leitura, persistência e orientação adequada podem facilitar a transposição de tais dificuldades. Antes disso, porém, o desafio do professor consiste em preparar o terreno para o primeiro encontro do leitor com Shakespeare, utilizando-se de artifícios que não só diminuam ...
Neste trabalho a autora relata uma experiência com a autoavaliação na disciplina de Metodologia do Ensino de Língua Inglesa no Curso de Letras. São levantadas questões referentes à autoavaliação do ponto de vista dos Parâmetros Curriculares Nacionais e das Orientações Curriculares para o Ensino Médio (“avaliação formativa” e “avaliação formativa interativa”), bem como dos preceitos da aprendizagem “tradicional”, “independente” e “autônoma”. A seguir, apresentam-se exemplos de uma atividade avaliativa e de um roteiro de autoavaliação que foram realizados com os alunos. A análise dos resultados sugere que, se um estilo de autoavaliação totalmente autônomo talvez ainda não seja possível, a introdução gradual de uma autoavaliação orientada e voltada à realidade do grupo pode trazer resultados bastante positivos.
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