Objetivo: Avaliar o perfil e os fatores associados ao uso de anticoncepcionais orais combinados (AOC) em regimes de pausa (intermitente) ou estendido (contínuo) em mulheres férteis atendidas em um centro de planejamento familiar. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, realizado no Centro de Pesquisa e Assistência em Reprodução Humana (CEPARH), Salvador, Bahia. Resultados: Entre julho e setembro de 2017, 210 mulheres atendidas, consecutivamente, no CEPARH foram entrevistadas. Dessas, 69 (32,8%) fazem uso de algum AOC, das quais 32 (46,4%) utilizam-no em regimes estendidos. Mulheres que trabalham têm 1,89 vezes mais chances de usarem AOC do que as que não trabalham (IC95%: 1,04-3,42; p=0,039). Nenhuma diferença significativa foi observada nas características entre as que fazem uso de AOC em regime de pausa ou estendido (p>0,05). Conclusão: Os resultados indicam que mulheres que trabalham adiam a concepção e utilizam com mais frequência a pílula contraceptiva, independentemente da forma de administração (forma contínua ou intermitente). Ademais, não há nenhum fator que contribua, significativamente, para que as mulheres façam uso estendido das cartelas de AOC.
O objetivo deste estudo foi caracterizar o perfil dos casais inférteis submetidos à técnica de reprodução humana assistida (RHA) no município de Salvador, Bahia. Trata-se de um estudo de caráter retrospectivo, observacional, baseado em dados secundários, obtidos mediante consulta aos prontuários eletrônicos dos pacientes cadastrados em uma clínica particular de RHA durante o ano de 2017. As variáveis categóricas e quantitativas foram apresentadas em valor absoluto e relativo, média ± desvio-padrão, respectivamente. Posteriormente, analisadas por meio de um software estatístico. Dos 496 pacientes atendidos na clínica de reprodução, 360 (72,6%) foram diagnosticados com infertilidade. A causa compartilhada (n=224; 62,2%) foi mais prevalente do que a isolada por sexo. Entre as mulheres, observa-se que a idade avançada (30,8%) e endometriose (26,5%) representam as principais causas de infertilidade. Nos homens, a teratozoospermia (36,9%) e a varicocele (33,6%) foram os fatores que mais comprometeram a fertilidade. A qualidade do gameta feminino e masculino é severamente comprometida em pacientes que tem como causa de infertilidade a falência ovariana (62,5%) e oligoastenoteratozoospermia (56,5%), respectivamente. No entanto, observa-se que nas mulheres, a baixa qualidade embrionária está mais associada à obstrução tubária (47,7%), enquanto que nos homens, o mesmo fator associado a baixa qualidade seminal é também responsável pelo desenvolvimento insatisfatório dos embriões (69,2%). Por fim, conclui-se que a infertilidade acomete, em maior proporção, homens e mulheres simultaneamente. Nas mulheres, a infertilidade associa-se a idade avançada e endometriose, enquanto que nos homens a teratozoospermia e varicocele. Essas causas, além de impactarem na qualidade dos gametas, também afetam a qualidade e desenvolvimento embrionário.
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