Este trabalho, de natureza bibliográfica, tem o objetivo de discutir os efeitos da publicação do Curso de linguística geral, em 1916, notadamente da noção saussuriana de “valor linguístico”, sobre a teorização do linguista dinamarquês Louis Trølle Hjelmslev (1937, 1943, 1948, 1954). O ponto de partida desse retorno à teorização hjelmsleviana é a discussão acerca da concepção de representação da oralidade pela escrita. Hjelmslev, ao radicalizar a afirmação saussuriana de que a língua é uma forma e não uma substância, defende a inexistência de uma substância primeira/natural, argumento que contraria a ideia de que o som é o “liame natural” da língua e que, como consequência, problematiza a concepção elementar de representação do oral pelo escrito. Concluímos, com base na discussão empreendida, que Hjelmslev não é um tradutor das ideias saussurianas, mas fez do CLG uma leitura legítima e inovadora. ---DOI: http://dx.doi.org/10.22409/gragoata.2017n44a1021
Este trabalho, de natureza bibliográfica, tem o objetivo de discutir os efeitos da publicação do Curso de linguística geral, em 1916, notadamente da noção saussuriana de “valor linguístico”, sobre a teorização do linguista dinamarquês Louis Trølle Hjelmslev (1937, 1943, 1948, 1954). O ponto de partida desse retorno à teorização hjelmsleviana é a discussão acerca da concepção de representação da oralidade pela escrita. Hjelmslev, ao radicalizar a afirmação saussuriana de que a língua é uma forma e não uma substância, defende a inexistência de uma substância primeira/natural, argumento que contraria a ideia de que o som é o “liame natural” da língua e que, como consequência, problematiza a concepção elementar de representação do oral pelo escrito. Concluímos, com base na discussão empreendida, que Hjelmslev não é um tradutor das ideias saussurianas, mas fez do CLG uma leitura legítima e inovadora. ---DOI: http://dx.doi.org/10.22409/gragoata.2017n44a1021
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