O presente artigo retoma os problemas de edição e recepção da obra de Emily Dickinson para pensar a também problemática seleção e tradução da obra da poeta estadunidense no Brasil. Seguindo a recontextualização proposta por Cristanne Miller (2012) e a teoria de tradução de André Lefevere (1992), objetivamos realizar uma leitura comparativa de duas estratégias brasileiras de tradução para o poema “I’m Nobody! Who are you?” (Fr260) – uma de Aíla de Oliveira Gomes (DICKINSON; GOMES, 1985) e outra de Augusto de Campos (DICKINSON; CAMPOS, 1986) –, a fim de pensar a relação entre tradução e recepção e, para além disso, questionar o canônico mito do isolamento poético de Dickinson.
In Women and Power: A Manifesto, Mary Beard presents her readers with a thorough analysis of the ways in which the silencing of women has been undertaken as a norm in Western history and how that practice has culminated in their exclusion from power.
The past two decades have produced extensive criticism of the Good Friday/Belfast Agreement’s (1999) progressivist logic in its proposal of a “fresh start” as the best way to honour the victims of the armed conflict that took place during the Troubles (1968-1998). In this paper, we argue that, by refusing to forget and to move on without exposing its grief, Anna Burns’s novel Milkman (2018) mourns the Troubles in the public arena, undoing the Agreement. With special interest in Burns’s narrator and protagonist who evades the reality of violence by “reading-while-walking”, we read Milkman as a gendered response to this enforced forgetfulness. If walking the city frames this young woman’s trauma within the collective trauma of the Troubles, it also offers the nomadic possibility of refusing the sectarian identities available to her.
Davi Pinho é mestrando em literaturas de Língua Inglesa na UERJ, bolsista CAPES. Pesquisa o legado da Era Vitoriana herdado pelas autoras modernas em literaturas de língua inglesa.
Ao fechar The Waves (1931) com o monólogo estendido de Bernard após uma narrativa absolutamente fragmentada pelas seis vozes que passam com seu dia simbólico, Virginia Woolf nos abre para uma nova possibilidade de leitura de sua obra prima: a de que toda sua narrativa seja sustentada por essa última seção e sua personagem central. O presente ensaio faz uma leitura de trás para frente do romance de Woolf, do momento do instante (presente) ao momento rememorado (passado), uma leitura em consonância com Bernard enquanto fio condutor da narrativa. Para fazer isso, traçamos um diálogo com o que Woolf cunhou como sua filosofia em Moments of Being (1971), sua teoria sobre os momentos de ser (being) e os de não-ser (non-being), e o tempo do instante que comprime o passado e o futuro em imagens segundo Santo Agostinho em suas Confissões. Bernard parece nos apresentar as ondas que nos vem de nós mesmos, nossas memórias e desejos, num movimento de inevitável quebra que gera o humano.
Resumo: Sylvia Plath, em The Bell Jar, explicita a luta ainda presente no inconsciente da mulher moderna entre o Anjo do Lar e a femme fatale. O que pretendo discutir são os mecanismos que Plath utiliza para demonstrar a incompatibilidade de sua heroína com ambos os papéis de expressão feminina e sua conseqüente jornada rumo à abjeção que Kristeva nos fala, passando pelo desejo da morte e a neurose.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.