Objetivo: Determinar a qualidade de vida dos pacientes submetidos a transplante penetrante de córnea por meio do teste VF-14 e correlacioná-la com a acuidade visual (AV) pós-operatória. Método: Cinqüenta e oito pacientes submetidos a transplante penetrante de córnea (mínimo de 1 ano após a operação) foram avaliados por meio do teste VF-14. Informações sobre o exame oftalmológico foram coletadas dos prontuários. A análise estatística utilizada foi a regressão linear e t de Student. Resultado: A média das pontuações do VF-14 foi 69,3. As maiores pontuações obtidas foram para atividades como cozinhar (90,9), jogar (baralho, dominó) (88,0) e realização de trabalhos manuais (83,9). As menores, por sua vez, foram para dirigir veículos motorizados (à noite, 22,5 e durante o dia, 40,9). Os resultados foram estatisticamente significativos (p<0,01) e a regressão linear mostrou fraca correlação entre as pontuações obtidas e as AV pós-operatórias (r=0,41). Conclusão: A correlação entre a qualidade de vida e a acuidade visual pós-operatória mostrou-se fraca. Sugerimos modificações neste questionário, de modo a incluir atividades mais condizentes com o dia-a-dia de nossos pacientes. Assessment of quality of life after penetrating keratoplasty
Objetivo: Estabelecer os agentes mais comumente isolados nas ceratites, conjuntivites e endoftalmites no Laboratório de Microbiologia da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, assim como determinar o perfil de sensibilidade destes agentes aos antibióticos. Métodos: Realizamos estudo retrospectivo analisando todos os prontuários oftalmológicos do banco de dados do Laboratório de Microbiologia da Santa Casa de São Paulo. Foram coletados os dados de todos os pacientes submetidos à colheita de material ocular nos últimos 5 anos (1994)(1995)(1996)(1997)(1998)(1999). Selecionamos para o estudo apenas os pacientes com diagnóstico clínico de conjuntivite, ceratite e endoftalmite. Os respectivos antibiogramas foram realizados e somente dados de antibiótico com aplicação em oftalmologia foram analisados. Resultados: Dos 568 casos pesquisados, foram encontrados 282 casos de ceratite bacteriana (49,6%), 214 de conjuntivites (37,7%), 72 de endoftalmites (12,7%). Obtivemos cultura negativa em 333 casos (58,9%). O agente mais freqüentemente isolado foi S. aureus (73 casos; 31,0%). Nas conjuntivites, o segundo agente mais freqüente foi Candida sp (6,6%) e 38,3% das culturas foram negativas. Nas ceratites, Pseudomonas aeruginosa apresentou 3,9% de positividade. Nas endoftalmites, nas quais houve apenas 32% de positividade, o segundo agente mais freqüente foi o S. pneumoniae (4,2%). Conclusão: Culturas negativas foram achado mais freqüente. Quando nos deparamos com uma infecção ocular, as chances de o causador ser S. aureus são muito grandes, portanto antes mesmo de se obter o resultado da cultura, tratamento que inclua S. aureus pode ser indicado.
INTRODUÇÃOO termo atopia é usado para descrever a reação alérgica em indivíduos com predisposição genética a doenças que demonstrem positividade na reação de Prausnitz-Kustner. A existência de atopia, encontrada em 15% da Objetivo: Traçar o perfil do paciente portador de alergia ocular baseado nos seus dados epidemiológicos, na sua resposta ao tratamento e nas complicações de sua doença. Métodos: Foram analisados 172 prontuários dos pacientes com diagnóstico de ceratoconjuntivite alérgica primaveril (CCP), atópica (CCA), sazonal (CAS) e perene (CAP) e que tiveram seguimento mínimo de 6 meses no Ambulatório de Alergia Ocular do Departamento de Oftalmologia da Santa Casa de São Paulo. A análise estatística foi feita pelo método da variância e qui-quadrado. Resultados: A alergia ocular mais freqüente foi a CCP (n=95; 55,2%); com predominância do sexo masculino (n=117; 68,1%). A idade média foi 11,7 anos (± 8,7 anos). Também foi a doença que mais acometeu a visão, sendo que 52,7% tiveram AV = 1,0; dos pacientes com ceratoconjuntivite atópica, 54,4% tinham AV=1,0, daqueles com conjuntivite alérgica sazonal, 75% e daqueles com conjuntivite alér-gica perene, 100% tinham AV=1,0. 96,8% dos portadores de ceratoconjuntivite alérgica primaveril apresentaram maior freqüência das crises no calor, e 91,4% dos portadores de ceratoconjuntivite alérgica atópica no frio. As alterações corneais foram mais freqüentes nos pacientes com ceratoconjuntivite alérgica primaveril, com ceratite presente em 57 pacientes (60,0%). Entre as medicações usadas, 21,6% (n=45) precisaram de corticosteróides, sendo que 36,8% destes pacientes portavam conjuntivite alérgica perene (n=35). O cromoglicato dissódico foi, dentre as demais medicações, a que em mais pacientes pareceu controlar os sintomas, com algum sucesso, em todas as formas de alergia ocular. A ressecção de papilas gigantes com transplante autólogo de conjuntiva foi feita em oito pacientes, sendo sete deles portadores de ceratoconjuntivite alérgica primaveril e um de ceratoconjuntivite alérgica atópica. Conclusões: Ceratoconjuntivite alérgica primaveril é o tipo de conjuntivite alérgica mais freqüente em nosso serviço. A droga mais eficaz na nossa experiência parece ser o cromoglicato dissódico, sendo que os corticosteróides são potentes agentes antiinflamatórios que, nestes pacientes, muitas vezes são as únicas drogas capazes de fazer cessar as crises. RESUMODescritores: Conjuntivite alérgica/epidemiologia; Conjuntivite alérgica/complicações; Conjuntivite alérgica/quimioterapia; Ceratoconjuntivite/quimioterapia; Cromoglicato dissódico/uso terapêutico; Cromoglicato dissódico/administração & dosagem
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