A pandemia causada pela COVID-19 afetou, em escala mundial, a rotina de diversos estudantes. Para este grupo, frequentemente acometido por transtornos mentais, o distanciamento social teve maior impacto na saúde mental. A necessidade de isolamento social impossibilitou a permanência das aulas presenciais, modificando hábitos sociais e alimentares. Nesse cenário, o estresse, o sofrimento psicológico e o sono irregular, atuam como agentes modificadores do comportamento alimentar, levando à adoção de condutas lesivas à saúde, como mecanismo compensatório. No entanto, as pesquisas voltadas a esse público ainda são escassas, diante disso, este estudo tem como objetivo avaliar o comportamento alimentar de estudantes de instituições de ensino público federal, situadas no interior do estado do Ceará. Metodologia: Os participantes da pesquisa responderam um questionário online autoaplicável contendo perguntas referentes ao consumo de vegetais, frutas, leite e iogurtes no período anterior e durante a pandemia. Resultados: Os achados revelaram uma elevação da frequência e consumo de vegetais, frutas, leites e iogurtes durante o período de distanciamento social. Conclusão: Neste estudo podemos identificar uma melhoria nos hábitos alimentares dos estudantes, sendo caracterizado pela elevação da frequência e consumo de vegetais e frutas, sob a forma de saladas cruas ou cozidas, bem como o consumo de leite e iogurtes. Essa modificação do padrão alimentar pode ser resultante da maior disponibilidade de tempo para o preparo de refeições, retorno ao ambiente familiar e a utilização da alimentação como ferramenta essencial para o fortalecimento da saúde e do sistema imunológico.
O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) consiste em um grupo de alterações do desenvolvimento neurológico e acomete, em nível global, cerca de 1 a cada 160 crianças. Os distúrbios motores são encontrados em até 79% dos indivíduos com autismo, e estão correlacionadas ao desempenho da linguagem e o comportamento social. Este estudo buscou responder a seguinte questão: As habilidades motoras podem estar correlacionadas ao desenvolvimento da linguagem expressiva no autismo? A pesquisa foi realizada no nas bases de dados Scielo, Pubmed, Lilacs, Scopus e Web Of Science. Foram utilizados termos em inglês, padronizados e extraídos dos Descritores em Ciências da Saúde (DECS) e do Medical Subject Headings (MeSH). Foram incluídos artigos originais, publicados em periódicos nacionais e internacionais nos anos de 2015 a 2020, nos idiomas inglês e português. A pesquisa resultou em 12.822 artigos, sendo incluídos 7 artigos após a seleção. Os caminhos percorridos até o desenvolvimento e a manifestação dos déficits motores e da linguagem no autismo ainda constituem uma lacuna para a ciência, no entanto, a literatura científica explorada permite estabelecer uma potencial relação de interferência bilateral entre esses fatores, permitindo amplificar o universo de investigações na abordagem motora destes déficits.
O ritmo acelerado da propagação do coronavírus levou ao governo de diversos países adotarem medidas de distanciamento social. Essa estratégia gera alterações emocionais que modificam o padrão de consumo, levando a ingestão excessiva de alimentos e bebidas com baixa qualidade nutricional, esse padrão parece ser intensificado entre estudantes. Considerando a vulnerabilidade deste público, este estudo tem como objetivo investigar e avaliar os impactos da pandemia no consumo de bebidas entre estudantes do ensino técnico e superior da rede federal de ensino. Metodologia: Os participantes da pesquisa responderam um questionário online autoaplicável contendo perguntas referentes ao consumo de bebidas no período anterior e durante a pandemia. Participaram do estudo 106 estudantes. Os dados foram analisados através da aplicação do teste qui-quadrado. Resultados: Os achados revelaram uma redução no consumo de bebidas alcoólicas, suco artificial e refrigerantes, em contraste houve uma elevação no consumo de sucos de fruta. Conclusão: Foi identificado uma melhorias no consumo de bebidas durante o período de distanciamento social entre os estudantes. No entanto, o aumento do consumo de bebidas prejudiciais à saúde, como o suco artificial, refrigerantes e bebidas alcóolicas, entre indivíduos que já apresentavam uma frequência de consumo elevada no período anterior a pandemia, podem revelar o cenário de vulnerabilidade vivido por estudantes no Brasil.
Introdução: Os enfermeiros da linha de frente enfrentam uma enorme carga de trabalho, fadiga de longo prazo, ameaça de infecção e frustração com a morte de pacientes de quem cuidam. Objetivo: Investigar as atuais evidências sobre o surgimento de quadros psiquiátricos em enfermeiros de Unidades de Terapia Intensiva atuantes durante a pandemia da Covid-19. Metodologia: Estudo de revisão integrativa com busca sistemática, realizada nas bases de dados PubMed, Embase, Cochrane Wiley, e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Os critérios de inclusão foram: (1) artigos eletrônicos, (2) disponíveis na íntegra, (3) nos idiomas português, inglês e/ou espanhol. Foram excluídos resumos, carta ao editor e estudos que não apresentaram relação com a temática. Resultados: Após aplicação dos critérios de elegibilidade, foram incluídos no estudo 21 artigos. Os principais fatores de risco encontrados foram: Trabalho em cuidados críticos voltados para pacientes com Covid-19, Uso de equipamentos de biossegurança, Infraestrutura hospitalar; Fornecimento inadequado de Equipamentos de Proteção Individual, Idade, gênero, estado civil, especialidade e proximidade com os pacientes Covid-19; Impossibilidade de atender às necessidades psico-socioemocionais dos pacientes e familiares; Dificuldade de externalizar suas emoções; Falta de experiência profissional e Medo de contrair o vírus e infectar outras pessoas. Os principais fatores de risco para os desfechos citados acima foram: Exaustão emocional; estresse psicológico; ansiedade; insônia; medo; raiva e frustração. Conclusões: Os enfermeiros que atuam na UTI durante a pandemia da Covid-19apresentaram quadros de alterações psiquiátricas, tendo como principais fatores causais o estresse emocional, gerado por inadequações estruturais e organizacionais nas instituições de saúde.
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