Background and objectives Because of its beneficial off‐target effects against non‐mycobacterial infectious diseases, bacillus Calmette–Guérin (BCG) vaccination might be an accessible early intervention to boost protection against novel pathogens. Multiple epidemiological studies and randomised controlled trials (RCTs) are investigating the protective effect of BCG against coronavirus disease 2019 (COVID‐19). Using samples from participants in a placebo‐controlled RCT aiming to determine whether BCG vaccination reduces the incidence and severity of COVID‐19, we investigated the immunomodulatory effects of BCG on in vitro immune responses to SARS‐CoV‐2. Methods This study used peripheral blood taken from participants in the multicentre RCT and BCG vaccination to reduce the impact of COVID‐19 on healthcare workers (BRACE trial). The whole blood taken from BRACE trial participants was stimulated with γ‐irradiated SARS‐CoV‐2‐infected or mock‐infected Vero cell supernatant. Cytokine responses were measured by multiplex cytokine analysis, and single‐cell immunophenotyping was made by flow cytometry. Results BCG vaccination, but not placebo vaccination, reduced SARS‐CoV‐2‐induced secretion of cytokines known to be associated with severe COVID‐19, including IL‐6, TNF‐α and IL‐10. In addition, BCG vaccination promoted an effector memory phenotype in both CD4+ and CD8+ T cells, and an activation of eosinophils in response to SARS‐CoV‐2. Conclusions The immunomodulatory signature of BCG’s off‐target effects on SARS‐CoV‐2 is consistent with a protective immune response against severe COVID‐19.
Esse artigo é fruto de uma pesquisa bibliográfica cujo objetivo foi o de refletir e analisar as correlações apresentadas no plano discursivo, a partir de estudos etnográficos e produções antropológicas, entre a Pombagira, a prostituição e as diferentes formas de feminino na Umbanda. Na primeira parte do artigo discute-se sobre a relação da entidade com o estereótipo da prostituta, as identificações e o papel que a Pombagira desempenha na vida das mulheres que se prostituem. A segunda parte do artigo aborda a imagem de mulher transgressora, independente e não submissa aos homens que está atrelada à entidade, debatendo sobre o enfrentamento desta às desigualdades de gênero e suas experimentações contrassexuais, em especial por meio de seus “filhos” LGBTs. Na terceira e última parte, discorre-se acerca das aproximações discursivas entre a Pombagira e Exú, abordando suas ambiguidades que borram binaridades generificadas. Por fim, considera-se imprescindível que análises sobre a entidade Pombagira estejam atentas às inúmeras possibilidades de um devir-minoritário, evitando assim episteminicídios cisheteronormativizantes.
BRAZ, Camilo; HENNING, Carlos Eduardo (Orgs.). (2017). Gênero, sexualidade e saúde: Diálogos latino-americanos. Goiânia: Editora da Imprensa Universitária. 178p.
UFMS), escritor, editor e dono de casa, tem atualmente doze livros de literatura publicados, sendo a maioria destes autopublicados pela da Não Sou Uma Editora. Além dos livros, possui um canal 1 no YouTube, em que publica vídeos sobre literatura e política, apresentando seus livros e comentando os de autoras e autores como Raquel de Queiroz, Lygia Fagundes Telles, José Saramago, Chico Buarque e Paul B. Preciado.Com grande influência de Paul Preciado, Leonardo Triandopolis Vieira tem uma escrita marcada por uma erótica que prescinde de uma ideia fixa e heternormativa sobre corpo, gênero e sexualidade; no lugar, adota uma escrita contrassexual, que, na proposta de Preciado (2019:411), "os corpos se reconhecem a si mesmos não como homens ou mulheres, e sim como corpos falantes, e reconhecem os outros corpos como falantes". Em acréscimo, também por influência de Paul, a literatura de Leonardo apresenta o gênero como prótese, "não se dá senão na materialidade dos corpos. É puramente construído e ao mesmo tempo inteiramente orgânico. [...] O gênero se parece com o dildo" (Preciado, 2019:416).Apesar de toda a literatura contrassexual de Leonardo Triandopolis Vieira ser marcada por
O presente artigo busca compreender o modo como pessoas travestis e transexuais, na busca de seus sentidos de saúde, tensionam e questionam os dispositivos transexualizadores. Foi assim que, por meio de uma pesquisa de campo de viés cartográfico, realizada junto a um Ambulatório Transexualizador localizado em Campo Grande (MS) e a uma reunião entre o Fórum LGBT/MS e a Secretaria Municipal de Saúde (SESAU), pudemos pensar tanto os mecanismos que restringem acessos, direitos e reconhecimento quanto as estratégias dos sujeitos trans para seu questionamento e subversão. Assim, a partir das observações e diálogos estabelecidos, foi possível perceber como as experiências trans, a partir do ponto de vista do saber-poder biomédico, ainda estão inseridas numa inteligibilidade cisgênera, binária e heteropatriarcal. Apesar disso, a resistência de sujeitos e coletivos trans é reveladora de que tal dispositivo está longe de ter a última palavra sobre seus corpos, suas vidas e sua saúde.
O artigo propõe, por meio do método cartográfico, uma análise das aproximações e distanciamentos que pessoas trans fazem do saber biomédico ao produzirem estratégias para a construção de seus corpos. Foram discutidas quatro imagens-cena e duas conversas sobre experiências corporais de pessoas trans, e uma entrevista realizada em um ambulatório transexualizador localizado numa capital de médio porte do centro oeste brasileiro. Constata-se que o saber biomédico continua a operar pela via da normalização e disciplinamento de corpos e sujeitos cujas identidades de gênero e corporalidades questionam o regime cisheteronormativo. Por outro lado (e ao mesmo), a existência e resistência de corpos e subjetividades plásticas e dissidentes que encontram no aparato biomédico apenas uma das múltiplas possibilidades disponíveis para a construção de seus corpos (trans)bordantes. Para xs autorxs, mais do que analisar as tecnologias ofertadas pela hegemonia (bio)médica, interessa analisar os arranjos micropolíticos traçados pelas pessoas em suas biocartografias.
A ciência é permeada por dificuldades e crises, seja nas pesquisas de campo ou nas reflexões teórico-metodológicas, que, ao invés de indicarem impossibilidades, alimentam as teorias científicas. Enquanto disciplina, a antropologia convive há tanto tempo com crises, em especial de autoridade, objeto e representação, que alguns autores consideram que exatamente por estar em uma perpétua crise, esta constitui-se como crítica e indisciplinada. Com a ideia de que crises e dificuldades podem gerar impulsionamentos metodológicos e reflexivos, na primeira parte do artigo discutem-se estratégias de escrita de três etnografias clássicas e três mais recentes; na segunda, analiso um seminário organizado e ministrado por travestis e transexuais, no qual demarcaram-se tensionamentos entre estas e pesquisadoras e pesquisadores cis. Ao final, considera-se que mesmo não havendo receitas prontas de como manejar crises metodológicas, produções antropológicas e transativistas podem contribuir para que tais crises gerem impulsionamentos reflexivos.
Resumo: O presente artigo, busca compreender o modo como sujeitos transexuais na busca de seus sentidos de saúde tencionam e questionam os dispositivos transexualizadores. Foi assim que, por meio de uma pesquisa de campo de viés etnográfico realizada junto a um Ambulatório Transexualizador localizado no Mato Grosso do Sul, à uma reunião entre o Fórum LGBT/MS e a Secretaria Municipal de Saúde (SESAU), e uma entrevista realizada com uma mulher trans dona de uma casa de prostituição de Campo Grande, pudemos pensar tanto os mecanismos que restringem acessos, direitos e reconhecimento quanto as estratégias dos sujeitos trans para seu questionamento e subversão. Assim, a partir das observações e diálogos estabelecidos, foi possível perceber como as experiências trans, a partir do ponto de vista do saberpoder biomédico, ainda estão inseridas numa inteligibilidade cisgênera, binária e heteropatriarcal. Ao mesmo tempo, as microresistências forjadas por esses sujeitos no interior das tecnologias cisheteronormativas dão conta das instabilidades, precariedades e limites dos dispositivos disciplinadores contemporâneos, atribuindo sentidos de saúde que não se restringem à lógica dos processos transexualizadores.Palavras-chave: Transexualidade(s). Saúde. Microresistências. Mato Grosso do Sul. INTRODUÇÃOMobilizadxs pelas provocações de Deleuze e Guattari (1996), que afirmam que a esquizoanálise (prática-teoria por eles inaugurada) incide apenas em linhamentos e na análise do desejo, questionando que linhas traçamos, remanejamos, interrompemos, prolongamos ou retomamos, propomos aqui que a análise das relações, tensionamentos
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.